Castro Pinto
João Pereira de Castro Pinto (Mamanguape, 3 de dezembro de 1863 — Rio de Janeiro, 11 de julho de 1944) foi um político, magistrado e professor brasileiro.[1]
Castro Pinto | |
---|---|
Castro Pinto | |
9° Governador da Paraíba | |
Período | 22 de outubro de 1912 até 24 de julho de 1915 |
Antecessor(a) | João Lopes Machado |
Sucessor(a) | Coronel Antônio da Silva Pessoa |
Senador pela Paraíba | |
Período | 1908 até 1912 |
Deputado Federal pela Paraíba | |
Período | 1907 até 1908 |
Dados pessoais | |
Nome completo | João Pereira de Castro Pinto |
Nascimento | 3 de dezembro de 1863 Mamanguape Paraíba |
Morte | 11 de julho de 1944 (80 anos) Rio de Janeiro Rio de Janeiro |
Progenitores | Mãe: Maria Ricarda Cavalcanti de Albuquerque Pai: José Pereira de Castro Pinto |
Alma mater | Faculdade do Recife |
Cônjuge | Alzira Soares de Castro Pinto |
Profissão | Político, Magistrado e Professor |
Castro Pinto fez os primeiros estudos no Colégio Rio Branco, na capital estadual, e o curso de Humanidades, equivalente ao Ensino Médio atual, no Liceu Paraibano.[1] Graduou-se em direito pela Faculdade do Recife, em 1886.[1] Filho de José Pereira de Castro Pinto e Maria Ricarda Cavalcanti de Albuquerque.[1]
Exerceu diversas funções na área jurídica e trabalhou também como jornalista. Antes de se eleger deputado à Assembleia Constituinte pela Paraíba, reeleito em 1886, foi promotor público em sua cidade natal e juiz federal substituto. Renunciou ao cargo para o qual foi eleito e passou a ser redator oficial do Senado.[1]
Exerceu a Promotoria em Pernambuco e no Ceará, até que, a convite de Pais de Carvalho, então governador do estado do Pará, assume a Chefia de Gabinete do Governo, além de dar aulas de Lógica no Ginásio Paraense e ser redator do jornal A Província do Pará.[1]
Castro Pinto, juntamente com outros intelectuais da época, ajudaram a fundar a Sociedade Abolicionista 25 de março, inaugurada no Teatro Santa Cecília, em Mamanguape, com fins de discutir as questões abolicionistas. Pinto foi um grande incentivador e orador da sociedade.[2][3][4]
Álvaro de Carvalho, regressando ao Governo da Paraíba, convida-o de volta à terra natal, nomeando-o professor de Matemática do Liceu Paraibano, embora Castro Pinto tivesse combatido sua primeira gestão. No ano seguinte à aceitação do cargo e ao retorno, Castro Pinto é eleito deputado federal (1906). Em 1908, torna-se senador e, em 1912, governador da Paraíba, por indicação do próprio Álvaro de Carvalho.[1]
Sua gestão foi marcada pela valorização das letras e das artes, com destaque para as atuações de Rodrigues de Carvalho e Carlos Dias Fernandes. Em julho de 1915, renuncia ao cargo e muda-se para o Rio de Janeiro, onde morre, em 1944.[1]
O principal aeroporto da Paraíba, em Bayeux, zona metropolitana de João Pessoa, recebeu seu nome, como homenagem. É patrono da Cadeira 33 da Academia Paraibana de Letras.
Academia Paraibana de Letras
editarÉ patrono da cadeira de número 33 da Academia Paraibana de Letras, que tem como fundador Samuel Duarte, atualmente é ocupada por Damião Cavalcanti.
Referências
- ↑ a b c d e f g h «PINTO, João Pereira de Castro» (PDF). CPDOC. Consultado em 15 de abril de 2021
- ↑ «Diario da Parahyba : Orgão de todas as classes (PB) - 1884 a 1885 - DocReader Web». memoria.bn.br. Consultado em 25 de abril de 2022
- ↑ Albuquerque, Marcos Cavalcanti de (2009). Mamanguape: apogeu, declínio e ressurgimento. [S.l.: s.n.] OCLC 878953963
- ↑ Souto, Pedro Nicácio (8 de fevereiro de 2021). «As últimas décadas da escravidão na Parahyba do Norte (1860-1910): escravizados, livres e o movimento abolicionista». Consultado em 25 de abril de 2022
Ligações externas
editar- «Mensagem apresentada à Assembléia Legislativa do Estado da Paraíba na abertura da 2ª sessão da 7ª legislatura pelo dr. João Pereira de Castro Pinto, Presidente do Estado, em 1 de setembro de 1913»
- «Mensagem apresentada à Assembléia Legislativa do Estado da Paraíba na abertura da 3ª sessão ordinária da 7ª legislatura, a 1 de setembro de 1914, pelo dr. João Pereira de Castro Pinto, Presidente do Estado»