João de Lemos

jornalista, poeta e dramaturgo português

João de Lemos Seixas Castelo Branco, (Peso da Régua, 6 de maio de 1819 — Maiorca, Figueira da Foz, 16 de janeiro de 1890), foi um jornalista, poeta e dramaturgo português.

João de Lemos
João de Lemos
Nascimento João de Lemos Seixas Castelo Branco
1819
Peso da Régua, Portugal
Morte 1890 (71 anos)
Maiorca, Figueira da Foz
Nacionalidade Portugal Portuguesa
Ocupação jornalista, poeta e dramaturgo

O «trovador» João de Lemos, como era conhecido desde o tempo de Coimbra, onde se formou em direito, pela publicação do jornal poético O Trovador, interessantíssimo repositório das produções poéticas dum grupo de moços estudantes. Além dele, alma e director dessa publicação, faziam parte do Trovador Luís da Costa Pereira, António Xavier Rodrigues Cordeiro, Luís Augusto Palmeirim, José Freire de Serpa, Augusto Lima e Couto Monteiro.[1]

D. Miguel I de Portugal, no exílio, tendo à volta um grupo de legitimistas mostrando o seu apoio. Vêem-se as seguintes individualidades, da esquerda para a direita: João de Lemos Seixas Castelo Branco; Dr. Carlos Zeferino Pinto Coelho; Conde de Avintes (Marquês de Lavradio); Conde de Bobadela; Marquês de Abrantes; José Izidoro Mouzinho; Francisco de Lemos; António Joaquim Ribeiro Gomes de Abreu; António Pereira da Cunha; Conde de São Martinho e António Pinto Saraiva. Londres, c. 1862

Ultra romântico e estrénuo miguelista, adepto furibundo do Ancien-Regime e da Monarquia absoluta que sempre ansiou, com todo o ardor que ressuscitasse, nasceu muito prosaicamente no Peso da Régua, em 1819, às vésperas, portanto, da Revolução de 1820. Mas toda a sua vida dedicou-a ele ao seu ideal político, tendo usufruído de grande prestígio dentro da corte dos talassas da época[2].

Colaborou em diversas outras publicações periódicas, de que são exemplo o jornal humorístico A Comédia Portuguesa[3] começado a publicar em 1888, a Revista Universal Lisbonense[4] (1841-1859) e a Revista Contemporânea de Portugal e Brasil [5] (1859-1865).

Obras poéticas

editar
  • O funeral e a pomba: poema em 5 cantos
  • Cancioneiro (1858- 1859- 1866)
    • I - Flores e Amores
    • II - Religião e Pátria
    • III - Impressões e Recordações
  • O livro de Elisa: fragmentos (1869) (eBook)
  • Canções da tarde (1875)
  • Serões de Aldeia (1876)
  • O tio Damião: poema lírico (1886)
  • O Monge Pintor (1889)

Teatro

editar
  • Maria Pais Ribeira: drama em 4 actos
  • Um susto feliz: comédia

Compilação de artigos jornalísticos

editar
  • Os Frades
  • Ele e Ela
  • A Inquisição de 1850

Referências

  1. REMÉDIOS, Joaquim Mendes dos. História da literatura portuguesa desde as origens até à actualidade. Lisboa: Lumen, 1921
  2. Antologia da poesia portuguesa, Volume II.
  3. Rita Correia (24 de Junho de 2011). «Ficha histórica: A comedia portugueza : chronica semanal de costumes, casos, politica, artes e lettras» (PDF). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 10 de Setembro de 2014 
  4. Revista universal lisbonense : jornal dos interesses physicos, moraes e litterarios por uma sociedade estudiosa (1841-1859) cópia digital, Hemeroteca Digital
  5. Pedro Mesquita (6 de dezembro de 2013). «Ficha histórica:Revista Contemporânea de Portugal e Brasil (1859-1865)» (PDF). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 13 de Abril de 2014 
  Este artigo sobre uma pessoa é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.