João de Patmos

Autor bíblico
 Nota: Ver também João, o Evangelista e João, o Apóstolo para outras tradições ligadas a São João. Para outros significados, veja São João.

João de Patmos é o autor do texto do Livro do Apocalipse, que é parte do Novo Testamento. De acordo com a citação, João estava vivendo na Ilha de Patmos onde, de acordo com alguns, ele estaria exilado.[1][2]

São João de Patmos
João de Patmos
São João em Patmos.
1489-99. Por Hieronymus Bosch, atualmente no Staatliche Museen zu Berlin, em Berlim.
Morte Patmos?
Veneração por Igreja Católica, geralmente identificado como João, o Evangelista, João, o Apóstolo ou ambos.
Festa litúrgica 27 de dezembro (como João Evangelista)
Atribuições Aparece geralmente sentado na Ilha de Patmos.
Portal dos Santos

Na maior parte das denominações cristãs, João de Patmos é considerado como um profeta , recebedor de uma revelação divina. Ele também já foi referido como "João, o Divino", "João, o Revelador", "João, o Teólogo" e "Águia de Patmos"[3] e "João, o Visionário".

Apocalipse

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De acordo com o texto no Apocalipse, João de Patmos recebeu instruções para escrever para as sete igrejas da Ásia. Tradicionalmente, acredita-se que este João seja também João, o apóstolo de Jesus, e João, o autor do quarto Evangelho. O escritor do início do século II, Justino Mártir, foi o primeiro a identificar o autor do Apocalipse com "João, o Apóstolo".[4] Porém, alguns acadêmicos bíblicos atualmente defendem que os três são, na verdade, três pessoas distintas.[5][6]

João, o Presbítero, um personagem obscuro da Igreja antiga, também já foi identificado como sendo o autor do Apocalipse por autores como Eusébio de Cesareia e Jerônimo de Estridão.

Ilha de Patmos

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Considera-se que João estivesse exilado em Patmos, vítima de um período de perseguição aos cristãos durante o Império Romano. Em Apocalipse 1:9 ele afirma: "Eu João, vosso irmão e companheiro na tribulação, no reino e na paciência em Jesus, estive na ilha que se chama Pátmos, por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho de Jesus." Adela Collins, uma teóloga na Universidade de Notre Dame, escreveu:

A tradição mais primitiva afirma que João foi banido para Patmos pelas autoridades romanas. Esta tradição é crível por que o banimento era uma punição comum durante o período imperial para diversos tipos de ofensas. Entre elas estavam a prática da magia e da astrologia. A profecia era vista pelos romanos como estando nesta mesma categoria, seja ela pagã, judaica ou cristã. A profecia com implicações políticas, como a expressada no Apocalipse, seria percebida como uma ameaça à ordem e ao poder político romano. Três das ilhas nas Espórades eram o destino dos perseguidos políticos (segundo a História Natural, de Plínio, 4.69-70; e os "Anais", de Tácito 4.30)
 
Adela Collins, Verbete "Patmos", no Harper's Bible Dictionary[7].

Ver também

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Referências

  1.   "Patmos" na edição de 1913 da Enciclopédia Católica (em inglês). Em domínio público.
  2. Phillips, J. B. «Book 27 - Book of Revelation». 12 de janeiro de 1962  People, Places, Customs, Concepts, Journeys - the New Testament with integrated notes and maps 1962.
  3. «João de Patmos» (em inglês). Consultado em 19 de maio de 2012. Cópia arquivada em 5 de maio de 2007 
  4. Justino. «81.4». Dialogue with Trypho. He endeavours to prove this opinion from Isaiah and the Apocalypse (em inglês). [S.l.: s.n.] 
  5. Harris, Stephen L., Understanding the Bible. Palo Alto: Mayfield. 1985. p. 355
  6. Ehrman, Bart D. (2004). The New Testament: A Historical Introduction to the Early Christian Writings. New York: Oxford. p. 468. ISBN 0-19-515462-2 
  7. Adela Collins. "Patmos." Harper's Bible Dictionary. Paul J. Achtemeier, gen. ed. San Francisco: Harper & Row, 1985. p755.