Joaquim José Pereira de Faro

viajante de exploração brasileiro

Joaquim José Pereira de Faro, primeiro barão do Rio Bonito (Braga, 7 de março de 1768Rio de Janeiro, 10 de fevereiro de 1843) foi um nobre brasileiro.

Joaquim José Pereira de Faro
Nascimento 7 de março de 1768
Braga
Morte 10 de fevereiro de 1843
Rio de Janeiro
Cidadania Brasil
Filho(a)(s) Joaquim Jose Pereira de Faro (1802-1845)
Ocupação explorador
Título Barão do Rio Bonito

Biografia

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Tendo aportado no Rio de Janeiro, vindo de Portugal, em 1793, era filho de José Pereira de Faro, natural da Galiza e de Francisca Teresa Pereira Fernandes de Sá, natural da cidade de Braga em Portugal. Casou-se em 1793, no Rio de Janeiro, com Ana Rita do Amor Divino Darrigue, de ascendência francesa - seu avô materno foi o cirurgião francês Jean-Baptiste Darrigue.

Filhos

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Entre eles, João Pereira Darrigue de Faro, 2º barão e 1º visconde com grandeza do Rio Bonito, que, seguindo os passos do pai galgou grande projeção social na Corte, chegando a ocupar a Presidência da Província do Rio de Janeiro. João Pereira Darrigue de Faro fundou a fazenda Monte Alegre, além de receber de herança a Fazenda Sant'Anna.

Outro filho de Joaquim José que alcançou projeção foi Joaquim José Pereira de Faro (homônimo do pai), que foi pai de José Pereira de Faro, o terceiro barão do Rio Bonito, emancipador de Barra do Piraí.

Carreira empresarial

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Joaquim estabeleceu-se em terras de sesmarias de São João Marcos e de Resende e foi um dos desbravadores do município de Barra do Piraí, Rio de Janeiro. Em Barra do Piraí, Rio de Janeiro, fundou duas fazendas: São Joaquim das Ipaíbas e Santana do Paraíba, atual Sant'Ana, ambas no início do século XIX.

No Rio de Janeiro, foi comerciante de escravos, grande negociante, estabelecido na rua dos Pescadores, diretor da Companhia de seguros Previdente, foi da Junta Administrativa da Caixa de Amortização e Coronel do 1º Regimento de Infantaria da 2ª Linha do Exército. O apoio que deu a D. Pedro I nos dias tumultuados da independência foi seu passaporte para a elite política e militar do novo Império.

Conquistou projeção social alcançando o posto de Cavaleiro Professo e Comendador na Imperial Ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo em 13 de maio de 1808 e, novamente, com o mesmo hábito efetivo, em 3 de maio de 1819. Foi Cavaleiro da Imperial Ordem do Cruzeiro, em 12 de outubro de 1828, e Fidalgo Cavaleiro da Casa Imperial. Fez parte da Corte de D. João VI e de D. Pedro I. Foi fundador e conselheiro do Montepio Geral, em 1841.

Baronato & Brasão de armas

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Brasão de Joaquim José Pereira de Faro.

Justificou sua nobreza, sendo-lhe confirmado o uso do brasão de armas de seus antepassados, por carta de 24 de março de 1841.

É agraciado com o título de Barão do Rio Bonito em 6 de outubro de 1841.

BRASÃO DE ARMAS: Escudo partido em pala, na primeira as armas dos Pereira, - de vermelho, uma cruz de prata, florida, vazia do campo; no segundo as armas dos Faros, - de prata com uma aspa vermelha carregada de cinco escudos das quinas do Reino, sem as orlatura dos castelos. TIMBRE: o dos Faros, - meio cavalo branco com três lançadas no pescoço em sangue, bridado de ouro com cabeçalho e rédeas de vermelho; e por diferença uma brica azul com uma estrela de ouro.

Brasão passado em 24 de Março de 1841.Reg.nmo Cartório da Nobreza, Liv. VI ,fls.

COROA: a de barão.