Johannes Polyander
Johannes Polyander (Johannes Polyander van den Kerckhoven, Jehan Polyander van der Kerckhove), (Metz, França, 28 de março de 1568 — Leiden, Holanda, 4 de fevereiro de 1646), foi tradutor, teólogo calvinista, Doutor em Teologia pela Universidade de Genebra (1590) e Professor de Teologia da Universidade de Leiden.
Johannes Polyander (1568-1646) | |
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Nascimento | 28 de março de 1568 Metz, França |
Morte | 4 de fevereiro de 1646 Leiden, Países Baixos |
Alma mater | Universidade de Leiden Universidade de Genebra Universidade de Heidelberg |
Ocupação | Teólogo e reformador franco-holandês. |
Vida
editarNasceu em Metz, na França. Seu pai era de Genebra, mas seguiu para o exílio[1] em Lorena onde se tornou pastor protestante. Depois, a família se mudou para Heidelberg.[2] Em Heidelberg teve Franciscus Junius, O Velho como seu professor, se conseguindo o grau de Mestrado em 1589; em 1590 formou-se Doutor em Teologia na Universidade de Genebra, tendo Théodore de Bèze[3] como seu professor. De 1591 a 1611 Polyander foi ministro da Igreja Valã em Dordrecht. Foi contemporâneo e amigo de John Robinson (1575–1625),[4] em Leiden, e chegou a fazer uma introdução a uma das obras de Robinson, que foi publicada em Leiden.
Em 1591, tornou-se pregador em Dordrecht, e mais tarde foi sucessor de Franciscus Gomarus[5] como Professor de Teologia na Universidade de Leiden,[6] onde deu aulas desde 1611. Polyander era adversário dos remonstrantes, porém de caráter moderado.[7] Foi considerado uma figura conciliatória na sucessão de fatos que ocorreram em Leiden envolvendo Jacobus Arminius e Conrad Vorstius.[8][9]
Seu epitáfio está em exibição na Igreja de São Pedro,[10][11] em Leiden.
Jehan van der Kerckhove (1594–1660), Senhor de Heenvliet, foi seu filho e diplomata holandês.[12] Foi casado com Katherine Wotton (1609–1667)[13] [14].
Obras
editarEle foi convidado pelos Estados Holandeses para revisar a tradução da Bíblia para o holandês (Statenvertaling, tradução autorizada pelos Estados Holandeses, em 1637), e foi ele quem editou os cânones do Sínodo de Dort (1618–1619). Entre suas obras se incluem:
- Responsio ad sophismata A. Cocheletii doctoris surbonnistae (1610), contra o teólogo carmelita francês Anastasius Cochelet (1551–1624), opositor de Justus Lipsius;[15]
- Dispute contre l'adoration des reliques des Saints trespasses (1611);
- Explicatio somae prophetae (1625).
Referências
editar- ↑ The Pilgrims and The University of Leiden.
- ↑ Gustav Cohen - Écrivains français en Hollande dans la premiere moitié du 17e siecle (1920), pp. 222–3.
- ↑ Mathematics Genealogy Project.
- ↑ John Robinson (1575-1625) (* c1575 - † Leiden, 16 de Fevereiro de 1625, foi teólogo puritano inglês e um dos fundadores da Igreja Congregacional.
- ↑ Franciscus Gomarus (1563-1641) (* Bruges, 30 de Janeiro de 1563 - † Groningen, 11 de Janeiro de 1641), foi teólogo, calvinista e professor de teologia da Universidade de Leiden.
- ↑ Online Encyclopedia.
- ↑ Allgemeine Deutsche Biographie (ADB).
- ↑ Conrad Vorstius (1569-1622) (* Colônia, 19 de Julho de 1569 - † Tönning, 29 de Setembro de 1622), foi teólogo remonstrante e sucessor de Jacobus Arminius na cadeira de teologia da Universidade de Leiden.
- ↑ C. C. Barfoot and Richard Todd, The Great Emporium: the Low Countries as a cultural crossroads in the Renaissance and the eighteenth century (1992), p. 90
- ↑ Pieterskerk, igreja de Leiden, dedicada a São Pedro, conhecida como a Igreja dos Pais Peregrinos, onde o pastor John Robinson (1575-1625) está sepultado.
- ↑ Site da Igreja de São Pedro em Leiden Arquivado em 2012-03-28 na Archive.today.
- ↑ Henk F. K. van Nierop, The Nobility of Holland: from knights to regents, 1500-1650 (1993), p. 15, Google Books.
- ↑ Katherine Stanhope, Condessa de Chesterfield.
- ↑ Rombout Verhulst (1624-1698) (* Mechelen, 15 de Janeiro de 1624 - † Haia, 27 de Novembro de 1698), foi um escultor holandês.
Na Igreja de São Pedro, em Leiden, também se encontra a efígie funerária de Jehan van der Kerckhove, obra prima do escultor Rombout Verhulst. - ↑ Wolfgang Neuber, Cognition and the Book: typologies of formal organisation of knowledge in the printed book of the early modern period (2005), p. 85