José de Abreu Albano (Fortaleza, 12 de Abril de 1882Montauban, França, 11 de Julho de 1923) foi um poeta brasileiro.

José Albano
José Albano
Nascimento 12 de abril de 1882
Fortaleza
Morte 11 de julho de 1923 (41 anos)
Montauban
Cidadania Brasil
Ocupação escritor, poeta
Religião Catolicismo

Biografia

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Albano, que era irmão de Ildefonso Albano e sobrinho de Dom Antônio Xisto Albano e neto do barão de Aratanha,[1] nasceu em Fortaleza e estudou em seminários desta cidade e em várias escolas na Europa, como o Stonyhurst College, da Inglaterra, o Stella Matutina, da Áustria, e o Collège des Frères de la Doctrine Chrétienne, da França.[2] De volta ao Brasil, estudou no Liceu do Ceará e depois viajou ao Rio de Janeiro para estudar Direito, mas abandonou o curso e voltou para Fortaleza para ensinar Latim.[2] A convite do barão do Rio Branco, trabalhou no Ministério das Relações Exteriores, posteriormente transferido para o Consulado Geral de Londres, em 1908, permanecendo na capital inglesa até 1912. Abandonou o trabalho para viajar pela Europa, Ásia e África, retornando ao Brasil em 1914. Ao fim da Primeira Guerra Mundial, fixou-se em Paris e lá faleceu, aos 41 anos.[2]

José Albano escreveu poucos livros durante sua vida, alguns dos quais publicados em Barcelona, a saber: Rimas de José Albano - Redondilhas (1912), Rimas de José Albano - Alegoria (1912), Rimas de José Albano - Cançam a Camoens[nota 1] e Ode à Língua Portuguesa (1912). Também publicou o livro Comédia Angelica de José Albano (1918), Four sonets by José Albano, with Portuguese prose-translation (1918) e a Antologia Poética de José Albano (1918).[3]

Deve-se, no entanto, a Manuel Bandeira e a Braga Montenegro a divulgação das obras de Albano, feita por meio do livro Rimas de José Albano, editado em 1948.[4]

A respeito de Albano, Bandeira escreveu:[5]

Em 1993, a vida e obra de José Albano foram reexaminadas por Bernardo de Mendonça com a reedição das Rimas junto a um grande painel crítico-biográfico, que reúne os estudos de Bandeira e Braga Montenegro a artigos e ensaios de Alceu Amoroso Lima, João Ribeiro, Luís Anibal Falcão, Tristão da Cunha, Théo Filho, Herman Lima, Agrippino Grieco, Antônio Sales e José Sombra.

Em 2000, Ruy Vasconcelos de Carvalho publicou Errante e Peregrino, biografia do autor em que refrata e atualiza o perfil crítico-biográfico de Mendonça, acrescendo alguns aspectos e episódios ainda pouco conhecidos da vida e da obra de Albano, conectando-os a conceitos críticos coetâneos.

Ver também

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Notas

  1. A respeito da grafia do título deste livro, tem-se dito que o poeta buscava reforçar o caráter arcaico de sua dicção. Mas alguns sustentam que esse procedimento foi um recurso para contornar um problema tipográfico: talvez as oficinas de Barcelona não dispusessem de til sobre o "a" (daí cançam), e sobre o "o" (daí Camoens).

Referências

  1. «José Albano». Jornal da Poesia. Consultado em 8 de Janeiro de 2008 
  2. a b c «Biografia de José Albano». Enciclopédia Itaú Cultural de Literatura Brasileira. Consultado em 4 de abril de 2015 
  3. Moisés, Massaud (2001). História da literatura brasileira. Realismo e Simbolismo. II 1 ed. São Paulo: Editora Cultrix. 488 páginas. ISBN 9788531606984 
  4. «Bibliografia de Manuel Bandeira». Consultado em 8 de Janeiro de 2008 
  5. «5 sonetos». Consultado em 4 de abril de 2015 

Ligações externas

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