José Francisco Trindade Coelho
- Nota: Não confundir com seu Filho, o escritor e político Henrique Trindade Coelho (1885-1934).
José Francisco Trindade Coelho (Mogadouro, Mogadouro, 18 de junho de 1861 — Lisboa, 9 de Junho de 1908) foi um escritor, magistrado e político português.[1]
Trindade Coelho | |
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Nome completo | José Francisco Trindade Coelho |
Nascimento | 18 de junho de 1861 Mogadouro, Mogadouro, Portugal |
Morte | 18 de agosto de 1908 (47 anos) Lisboa, Portugal |
Ocupação | Escritor, magistrado, político |
Magnum opus | "Os meus Amores" |
Biografia
editarBacharel em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, exerceu as funções de Delegado do Ministério Público na Comarca do Sabugal e, depois, na de Lisboa.[1]
Escritor de grande mérito, deixou publicadas obras de Direito, Política, contos, memórias, manuais de ensino, etc.[1]
Republicano, teve papel de relevo na obra de demolição da Monarquia.[1]
Foi iniciado na Maçonaria em data desconhecida de 1906, por comunicação, e filiado na Loja Solidariedade, de Lisboa, afecta ao Grande Oriente Lusitano Unido, com o nome simbólico de "Renovador".[1]
A sua obra reflecte a infância passada em Trás-os-Montes e Alto Douro, num ambiente normal que ele fielmente retrata, embora sem intuitos moralizantes. O seu estilo natural, a simplicidade e candura de alguns dos seus personagens, fazem de Trindade Coelho um dos mestres do conto rústico português. Dedicou-se a uma intensa actividade pedagógica, na senda de João de Deus, tentando elucidar o cidadão português para a democracia.
Encontra-se colaboração da sua autoria nas revista "A Leitura"[2] (1894-1896) e no semanário "Branco e Negro"[3] (1896-1898).
Tem uma biblioteca com o seu nome em Mogadouro.
Foi pai de Henrique Trindade Coelho. Suicidou-se.
Obras publicadas
editar- Os Meus Amores (1891) - contos
- O ABC do Povo (1902)
- A Minha Candidatura por Mogadouro (1901)
- Cartilha do Povo (1901)
- In Illo Tempore (1902) - memórias
- O Primeiro Livro de Leitura (1903)
- Pão Nosso (1904),Aillaud & Co,Editores, Paris-Lisboa
- Segundo Livro de Leitura (1904)
- Terceiro Livro de Leitura (1905)
- Manual Político do Cidadão Português (1906, 1908) - Política
- Autobiografia e Cartas (1910) - obra póstuma
- O Senhor Sete (1961) - obra póstuma
- Gente do século XIX (1987) - obra póstuma
- O Desajeitado (2001) - obra póstuma
Referências
- ↑ a b c d e António Henrique Rodrigo de Oliveira Marques. Dicionário de Maçonaria Portuguesa. [S.l.: s.n.] pp. Volume I. Coluna 355
- ↑ [www://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/Periodicos/ALeitura/ALeitura.htm A Leitura: magazine litterario (1894-1896) [cópia digital, Hemeroteca Digital]]
- ↑ Rita Correia (1 de fevereiro de 2012). «Ficha histórica: Branco e Negro : semanario illustrado (1896-1898)» (pdf). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 21 de Janeiro de 2015