José Martins da Cruz Jobim
José Martins da Cruz Jobim (Rio Pardo, 26 de fevereiro de 1802 — Rio de Janeiro, 23 de agosto de 1878) foi um médico, professor e político brasileiro do século XIX.
José Martins da Cruz Jobim | |
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José Martins da Cruz Jobim | |
Senador do Império do Brasil pelo Espírito Santo | |
Período | 1851 a 1878 |
Deputado geral pelo Rio Grande do Sul | |
Dados pessoais | |
Nascimento | 26 de fevereiro de 1802 Rio Pardo |
Morte | 23 de agosto de 1878 (76 anos) Rio de Janeiro |
Nacionalidade | brasileira |
Progenitores | Mãe: Eugênia Fortes Pai: José Martins da Cruz Jobim |
Alma mater | Universidade de Paris |
Filhos(as) | Luísa Marcondes Jobim
(Viscondessa de Sabóia) |
Partido | Conservador |
Profissão | Médico, político e professor |
Residência | Brasil |
Biografia
editarCruz Jobim era o filho mais velho do tenente português José Martins da Cruz Jobim e de sua primeira esposa, Eugênia Fortes (falecida em 1812).[1] Entre seus irmãos estava Antônio Martins da Cruz Jobim, mais tarde barão de Cambaí. Filho de pais pobres [1], mudou-se ainda criança para o Rio de Janeiro para receber uma educação mais aprimorada, tendo sido matriculado no extinto Seminário São José. Após concluir os seus estudos, Cruz Jobim seguiu para a França, onde se graduou em Medicina pela Universidade de Paris em 1828.[2]
Ao regressar ao Brasil, Cruz Jobim foi nomeado médico do Paço Imperial por José Bonifácio.[1] Mais tarde, ele foi nomeado professor de Medicina Legal da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, da qual foi também diretor por cerca de vinte e um anos.[1] Além disso, foi um dos fundadores e patrono da cadeira 41 da Academia Imperial de Medicina, hoje Nacional.[3]
Cruz Jobim é considerado um dos pioneiros da psiquiatria no Brasil e, em 1831, publicou Insânia Loquaz, o primeiro escrito sobre doenças mentais do país.[4]
Em 1848, já aposentado, Cruz Jobim entrou na carreira política, sendo eleito deputado geral pelo partido conservador, pelo Rio Grande do Sul, seu estado de origem, e depois escolhido senador do Império do Brasil pelo Espírito Santo,[1] cargo em que permaneceu de 1851 a 1878.
Em 1863 propôs a criação de Escolas de Medicina no interior para diplomar médicos de segunda classe (o tempo de formação seria menor) - a proposta não foi para frente.
Foi membro correspondente da Real Academia de Ciências de Nápoles e de Real Academia de Ciências de Lisboa. Agraciado comendador da Imperial Ordem da Rosa e da Imperial Ordem de Cristo.
Uma de suas filhas, Luísa Marcondes Jobim, foi casada com o visconde de Sabóia,[5] que também era médico e professor da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Foi antepassado indireto e colateral do músico Tom Jobim[6] e do jurista Nelson Jobim.[7], que descendem dos filhos do segundo casamento do pai de Cruz Jobim, com Anna Maria Pereira Vianna (1785-1837).
Referências
- ↑ a b c d e PORTO-ALEGRE, Achylles. Homens Illustres do Rio Grande do Sul. Livraria Selbach, Porto Alegre, 1917.
- ↑ Academia Nacional de Medicina - Biografia de José Martins da Cruz Jobim
- ↑ Biografia na página oficial da Academia Nacional de Medicina
- ↑ Centro Cultural da Saúde - Memória da Loucura (cronologia)
- ↑ Genealogy - Visconde de Saboia
- ↑ Página de A Nobreza Brasileira de A a Z
- ↑ «Tom Jobim». Roda Viva. 20 de dezembro de 1993. Consultado em 6 de abril de 2017.
...o grande jurista brasileiro Nelson Jobim é advogado, é meu primo. Nós temos o mesmo tio-trisavô, que é o doutor José Martins da Cruz Jobim.