José Urutau Guajajara
José Urutau Guajajara (Maranhão, aldeia Lagoa Comprida) é professor de cultura indígena, pesquisador de linguística e,[1] um dos líderes do movimento pelos direitos indigenistas na cidade brasileira do Rio de Janeiro.[1][2][3]
Biografia
editarNasceu na aldeia Lagoa Comprida no estado do Maranhão (próximo da cidade de Jenipapo dos Vieiras), e quando adolescente foi à cidade de Barra do Corda para estudar durante dez anos.[1]
E quando jovem foi ao Rio de Janeiro para estudar e trabalhar a convite de parentes.[1] Recebeu bolsa para estudar pedagogia na Universidade Estácio de Sá (UNESA), e em seguida, na década de 2000, foi informado sobre o curso de pós-graduação sobre línguas indígenas na UFF em Niterói.
É falante do ze’egté e, em 2006, uniu-se à um grupo de indígenas de várias etnias, que fundaram a aldeia Marak’ana (Maracanã) no prédio do antigo Museu do Índio (próximo ao estádio do Maracanã).[1][2] Que atualmente está em processo de virar uma universidade indígena,[1] para evitar o apagamento da cultura e da memória dos povos originários.[2]
Urutau Guajajara possui as seguintes formações: em pedagogia na Universidade Estácio de Sá (UNESA); especialista em educação-indígena na Universidade Federal Fluminense (UFF); especialista e mestre em linguística e línguas-indígenas no Museu Nacional/UFRJ.[3] Atua como pesquisador de linguística no museu, é também professor de cultura indígena na Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro (Iserj).[1][2][3] E leva para as escolas a cultura indígena (língua, cânticos, costumes e, arte); luta para que professores sejam multiplicadores desta cultura fora das salas de aula.[2]
Em 2007/2008, a UFRJ através do Programa de Pós-graduação em Antropologia Social do Museu Nacional (PPGAS) ofereceu um curso de linguística e línguas indígenas.[1] Onde preparou a pesquisa de comparação da estrutura de ze’egté com a língua inglesa, que tem uma estrutura próxima, língua dos Tenetehára-Guajajara. Em seguida fez o mestrado em línguas indígenas.[1]
Atualmente mora no Centro de Etnoconhecimento Sociocultural e Ambiental Caiuré (CESAC) no bairro de Tomás Coelho, espaço comunitário indígena urbano criado em 2012.[1]
Em 2013, às vésperas da Copa do Mundo FIFA de 2014, o cacique permaneceu 26 horas no topo de uma árvore, protestando contra o despejo ilegal da aldeia Marak’ana do antigo museu.[2][3] Assim surgiu uma parceria artística e palestra-performance “Ocupa Árvore”, com à artista e pesquisadora da dança Flavia Meireles.[3] Devido ao caráter entre arte e militância pela causa indígena no contexto urbano, Urutau Guajajara foi convidado pelo IC12 para abordar via: filme, conversa e, ritual, as perspectivas do corpo e do mundo nas cidades.[3]
Em maio de 2023, o cacique e a aldeia Marak’ana participaram do aniversário do Museu da Vida Fiocruz, com uma série de atividades culturais (oficinas de tupi-guarani, contação de histórias, feira de artesanato, medicinas da floresta, cânticos e danças), onde visitantes do campus de Manguinhos, na cidade do Rio de Janeiro, conheceram esta cultura indígena.[2]
Referências
- ↑ a b c d e f g h i j Admin (3 de outubro de 2017). «Indígenas em Contexto Urbano: Uma Entrevista com José Urutau Guajajara». RioOnWatch. Consultado em 17 de dezembro de 2024
- ↑ a b c d e f g «'Tudo a nossa volta trabalha para apagar as populações indígenas nos centros urbanos', diz José Urutau Guajajara». Casa de Oswaldo Cruz. 31 de maio de 2023. Consultado em 17 de dezembro de 2024
- ↑ a b c d e f «URUTAU – artivismo indígena em contexto urbano – José Urutau Guajajara e Potyra Krikati (RJ/MA) | IC Encontro de Artes 12». Consultado em 17 de dezembro de 2024