Juan Martín Díez

Juan Martín Díez, alcunhado El Empecinado (5 de setembro de 1775 - 20 de agosto 1825), foi um militar espanhol, líder de guerrilha destacado na Guerra Peninsular.

Juan Martín Díez
Juan Martín Díez
Juan Martín Díez, El Empecinado, per Francisco de Goya
Nascimento 2 de setembro de 1775
Castrillo de Duero
Morte 20 de agosto de 1825
Roa
Cidadania Espanha
Ocupação soldado, militar
Distinções
Lealdade Espanha
Causa da morte forca
Assinatura
Assinatura de Juan Martín Díez

A 8 de outubro de 1808, o privilégio de usar o nome Empecinado foi dado a Juan Martín Díez, não só para si mas para todos os seus descendentes. A sua alcunha deu à língua espanhola o verbo empecinarse, significando persistir ou insistir em alcançar os seus objetivos.[1]

Início de vida

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Díez nasceu em Castrillo de Duero (Valladolid) a 5 de setembro de 1775. Ele foi agricultor e a sua casa ainda existe na sua localização original. As pessoas de Castrillo são frequentemente chamadas de "empecinados", um termo que vem de vários riachos próximos cheios de lama preta (pecina) de águas estagnadas e em decomposição. Acredita-se que a denominação local foi depois aplicada a Díez, como outros guerrilheiros tinham alcunhas baseadas na sua profissão.

Díez teve ambições militares durante a sua infância. Aos 18, ele participou na Campanha do Rossilhão (Guerra dos Pirenéus, 1793-1795). Os dois anos seguintes foram fundamentais no seu treino na arte de guerra e começou a sua atitude hostil face aos franceses.

Em 1796, Díez casou em Fuentecén, Burgos, e Díez estabeleceu-se nessa terra com a sua nova noiva. Ele cultivou ali até à ocupação da Espanha pelo exército de Napoleão em 1808, onde ele jurou lutar contra os invasores. É dito que a sua decisão de lutar foi impulsionada quando uma mulher na sua terra foi estuprada por um soldado francês; Díez matou depois o agressor.

Depois da invasão, Díez organizou um grupo de guerreiros composto pelos seus amigos e até membros da sua própria família. No começo, o conflito centrava-se à volta da rota entre Madrid e Burgos. Mais tarde, lutou junto com o exército espanhol na ponte de Cabezón de Pisuerga em Valladolid e em Medina de Rioseco, Valladolid. O exército espanhol foi derrotado em ambas as batalhas.[2]

Liberal e entusiasta da Constituição de Cádis, apesar de previamente anistiado, foi enforcado por ordens de Fernando VII após a restauração absolutista.[2][3]

Foi retratado pelo pintor espanhol Francisco Goya.

Referências

  1. «Diccionario crítico etimológico de la lengua castellana». Wikipedia (em inglês). 21 de fevereiro de 2024. Consultado em 9 de março de 2024 
  2. a b «El Empecinado, guerrillero y mártir contra la invasión de Napoleón». National Geographic España (em espanhol). Consultado em 16 de fevereiro de 2018 
  3. Lazo, Sebastián (1835). Memorias del Alcalde de Roa, Don Gregorio González Arranz. Madri: Espasa-Calpe, S.A. pp. 43–55