Juan Martínez Silíceo
Juan Martínez Guijarro ou Silíceo (Villagarcía de la Torre, Badajoz, 1486 - Toledo, 31 de maio de 1557) foi um eclesiástico, matemático e lógico espanhol, além de arcebispo de Toledo.[1]
Juan Martínez Guijarro | |
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Cardeal da Santa Igreja Romana | |
Arcebispo de Toledo | |
Atividade eclesiástica | |
Diocese | Arquidiocese de Toledo |
Nomeação | 8 de janeiro de 1546 |
Predecessor | Dom Juan Pardo de Tavera |
Sucessor | Dom Bartolomé Carranza, O.P. |
Mandato | 1546 - 1557 |
Ordenação e nomeação | |
Nomeação episcopal | 23 de fevereiro de 1541 |
Nomeado arcebispo | 8 de janeiro de 1546 |
Cardinalato | |
Criação | 20 de dezembro de 1555 por Papa Paulo IV |
Ordem | Cardeal-presbítero |
Título | Santos Nereu e Aquileu |
Brasão | |
Lema | Eximunt tangentia ignem |
Dados pessoais | |
Nascimento | Villagarcía de la Torre 1486 |
Morte | Roma 31 de maio de 1557 (71 anos) |
dados em catholic-hierarchy.org Cardeais Categoria:Hierarquia católica Projeto Catolicismo |
Biografia
editarDe família humilde, aos 16 anos partiu para Universidade de Valência e, aos 21 anos, à Paris, onde continuou a estudar e entrou ao serviço do lógico valenciano Juan de Celaya. Foi ordenado sacerdote e professor de Letras na Universidade de Paris durante cerca de dez anos. Foi após a publicação de sua primeira obra em 1514 intitulada Ars Arithmética, que Juan Martínez Guijarro se deu um novo nome, latinizando seu segundo sobrenome e transformando-o em Silíceo.[1]
Em 1516, chegou a Universidade de Salamanca com a vaga de professor de Lógica nominalista. Durante esses anos, continuou produzindo obras sobre lógica. Em 1522, passou a lecionar Filosofia Natural em 1522, que não abandonou, mesmo sendo nomeado sete anos depois como Cônego Magisterial da Catedral de Coria. Em 1534 Carlos I o nomeia preceptor do príncipe Felipe, que então tinha seis anos.[1]
Mais tarde foi designado bispo de Cartagena, em 23 de fevereiro de 1541, e promovido ao arcebispado de Toledo, em 8 de janeiro de 1546. Foi criado cardeal em 20 de dezembro de 1555 e instalado Cardeal-presbítero dos Santos Nereu e Aquileu em 1 de fevereiro de 1556.[2]
Como cardeal, Silíceo validou com sua assinatura o estatuto de limpeza de sangue do Capítulo da Catedral de Toledo. Essa assinatura o tornou famoso na história e coloriu o personagem com uma nuance negativa, como protótipo de pessoa conservadora. Este primeiro estatuto de limpeza do sangue limitava-se ao Capítulo da Catedral, mas serviu de modelo para outros estatutos posteriores. No ano de 1550, quando era arcebispo de Toledo, Silíceo publicou seu último livro, que é uma explicação do nome de Jesus. Também foi um mecenas em Toledo.[1]
Faleceu em Toledo e está enterrado no Colégio de Donzelas Nobres, que havia fundado em 1546.[1]
Referências
- ↑ a b c d e «Juan Martínez Guijarro | Real Academia de la Historia». dbe.rah.es. Consultado em 26 de agosto de 2024
- ↑ «Juan Cardinal Martínez Silíceo [Catholic-Hierarchy]». www.catholic-hierarchy.org. Consultado em 26 de agosto de 2024