Judith McNaught
Este artigo não cita fontes confiáveis. (Setembro de 2020) |
Judith McNaught (nascida a 10 de maio de 1944) é uma escritora norte-americana especializada no género conhecido como romance histórico, com mais de 30 milhões de cópias vendidas em todo o mundo. Foi também a primeira produtora executiva da rádio CBS, no estado do Texas.
Início de Carreira
editarNascida a 10 de maio de 1944, em São Luís Obispo, licenciou-se em Gestão na Universidade Northwestern. Casou-se com um dentista de St. Louis e teve dois filhos, uma rapariga chamada Whitney, e um rapaz chamado Clayton, antes de se divorciar.
Antes de alcançar o sucesso com os seus livros, McNaught trabalhou como assistente diretorial para uma empresa de filmagens, assistante responsável numa companhia de camiões, presidente de uma empresa de empregos temporários, e presidente de uma firma de executivos.[1] Foi também a primeira produtora executiva da rádio CBS, no estado do Texas.
Conheceu o seu segundo marido, Michael "Mike" McNaught, enquanto trabalhava como assistente diretorial para uma empresa de filmagens, trabalhando num filme para a General Motors. McNaught era o diretor de relações públicas da companhia. Entre eles, tinham sete filhos de casamentos anteriores, dois dela e cinco dele. O seu marido encorajou-a a escrever, comprando-lhe uma máquina de escrever e apoiando-a durante todos os anos em que os seus livros foram rejeitados por editoras. [2]
O primeiro manuscrito de McNaught foi Whitey, My Love que escreveu entre os anos de 1978 e 1982. Depois de ter dificuldades em vender a obra, escreveu e vendeu Tender Triumph em 1982. Recebeu a capa para Tender Triumph a 20 de junho de 1983, um dia depois de o seu marido morrer num acidente.[3]
Sucesso
editarWhitney, My Love, o seu primeiro manuscrito, foi finalmente publicado em 1985, depois de McNaught se ter distinguido já com duas obras publicadas anteriormente.[4] Sem saber que existiam regras que a maioria dos romances passados na época da Regência seguiam, as suas primeira sobras foram únicas. Introduziam primeiro o herói, em vez da heroína. Ao contrário do típico romance de Regência "histórias leves sem sexo", as suas obras eram "intensamente sensuais".[2] Esta obra é reconhecida como aquela que criou o género, mais tarde conhecido por, Regência Histórica. Whitney, My Love captura os elementos do romance de Regência tradicional, mas é mais longo, sensual, e emocionalmente intenso, aspetos mais associados a romances históricos tradicionais, que raramente se passavam no período da Regência. Apesar dos muitos anos que a obra demorou a ser comprada, foi um grande sucesso, e influenciou outros editores a pedir manuscritos com o mesmo estilo.[4]
No início da sua carreira como escritora, McNaught era uma das poucas a escrever para o mercado do romance histórico. Em 1985, contudo, o género tinha expandido drasticamente, e 50 novos romances históricos estavam a ser publicados no mercado por mês, muitos parecidos com o estilo de McNaught. Apesar dos seus anos de sucesso no género de romance histórico, em 1990, McNaught mudou de género literário e começou a escrever romances contemporâneos, pensando que seria uma melhor oportunidade para expandir a sua carreira e distinguir-se num mercado menos saturado.[3] Independentemente do género literário a que pertenciam, os seus livros tendem a ter um ritmo rápido e personagens femininas fortes, leais, inteligentes e compassivas.[5]
McNaught foi uma das primeiras autoras de romances a receber um contrato multimiolionário e a ter as suas obras publicadas em capa dura, pondo-as numa melhor posição para serem alvo de análise.[3] Chegou à lista de bestsellers do New York Times pela primeira vez em 1988[1], e todas as suas obras seguintes também foram colocadas na lista. Depois de ter uma obra na lista do New York Times pela primeira vez, McNaught perguntou à sua editora para mudar as capas em futuras publicações. Em vez de capas comuns que se rasgavam facilmente, McNaught desejava que os seus livros tivessem capas "elegantes"[4].
No início dos anons 90 do século XIX, Coors Brewing pediu-lhe para escrever um livro que chamasse a atenção das mulheres e que pudesse ser usado pela editora para promover o seu programa de literacia para mulheres. Surpreendida com a informação de que uma em cinco mulheres era iletrada, McNaught ofereceu-se para reescreveu um manuscrito que estava quase pronto, Perfect, para o incorporar no programa. A mudança fez com que o livro demora-se a ficar pronto mais seis semanas do que o previsto. McNaught decidiu doar parte dos lucros obtidos com a vendo livro para programas de literacia para mulheres e insistiu que cada livro tivesse um pequeno cartão para informar os leitores sobre como fazer doações para programas de literacia e/ou tornarem-se tutores.
Foi a oradora principal da Conferência do Romance Writers of America em 1996[3], e em 1997 a Texas Women's Monthly selecionou-a entre os seus autores favoritos, com John Grisham, Patricia Cornwell, e Dean Koontz. Recebeu também o prémio Romantic Times Career Achievement e teve um New York Times bestseller, Night Whispers.[6]
Vida pessoal
editarEmbora McNaught vivesse, a certa altura, em Saint Louis, Missouri, mudou-se para o Texas depois de se apaixonar, em Dallas, numa tour do seu livro. O seu terceiro casamento, com Don Smith, jogador de golfe profissional e engenheiro, acabou em maio de 1993. McNaught descreveu a separação como amigável e pacífica, e deu uma festa para 160 amigos para celebrar a nova fase da sua vida. Em 2007, vivia em Frisco, Texas.
McNaught é ativa em instituições de caridade para crianças e cancro da mama, e começou recentemente a promover problemas de iliteracia.
Referências
- ↑ a b «The Bryan-College Station Eagle > Entertainment > Books». web.archive.org. 4 de julho de 2011. Consultado em 12 de janeiro de 2024
- ↑ a b «The `Perfect' romantic/Judith McNaught lives up to image put forth in her books 07/11/1993 | Archives | Chron.com - Houston Chronicle». web.archive.org. 19 de outubro de 2012. Consultado em 12 de janeiro de 2024
- ↑ a b c d «All About Romance: Interview with Judith McNaught». web.archive.org. 16 de agosto de 2000. Consultado em 12 de janeiro de 2024
- ↑ a b c «All About Romance Novels - Judith McNaught 2006 interview». web.archive.org. 18 de abril de 2007. Consultado em 12 de janeiro de 2024
- ↑ «Judith McNaught -- McNaughtized.com». web.archive.org. 6 de outubro de 2014. Consultado em 12 de janeiro de 2024
- ↑ «Review of NIGHT WHISPERS by Judith McNaught». web.archive.org. 24 de novembro de 2007. Consultado em 12 de janeiro de 2024
Bibliografia
editarRomances históricos
editar- Whitney, My Love (Saga Westmoreland #2) (1985)
- Whitney, Meu Amor (em Portugal, Edições ASA, 2017)
- Once and Always (Sequels #1) (1987)
- Para Sempre (em Portugal, Edições ASA, 2014)
- Something Wonderful (Sequels #2) (1988)
- Algo Maravilhoso (em Portugal, Edições ASA, 2015)
- A Kingdom of Dreams (Saga Westmoreland #1) (1989)
- Um Reino de Sonho (em Portugal, Edições ASA, 2017)
- Alguém Para Amar
- Almost Heaven (Sequels #3) (1990)
- Perto do Paraíso (em Portugal, Edições ASA, 2015)
- Until You (Saga Westmoreland #3) (1994)
- Até te Conhecer (em Portugal, Edições ASA, 2018)
- "Miracles" em A HOLIDAY OF LOVE (1995) & em SIMPLE GIFTS: Four Heartwarming Christmas Stories (1997)
- Coisas do Coração (em Portugal, Edições ASA, 2019)
Romances contemporâneos
editar- Tender Triumph (1983)
- O Triunfo do Amor (em Portugal, Edições ASA, 2023)
- Double Standards (1984)
- O que Nasceu de Nós (em Portugal, Edições ASA, 2022)
- Paradise (Paradise #1) (1991)
- Paraíso (em Portugal, Edições ASA, 2018)
- Perfect (Paradise #2) (1993)
- Perfeito (em Portugal, Edições ASA, 2019)
- "Double exposure" in A GIFT OF LOVE (1995)
- Remember When (Saga Foster #1) (1996)
- Lembras-te de Mim? (em Portugal, Edições ASA, 2016)
- Night Whispers (1998)
- Ao Cair da Noite (em Portugal, Edições ASA, 2020)
- Someone to Watch Over Me (2003)
- Cuida de Mim (em Portugal, Edições ASA, 2021)
- Every Breath You Take (2005)