Juti

Município brasileiro do estado de Mato Grosso do Sul

Juti é um município do estado de Mato Grosso do Sul.

Juti
  Município do Brasil  
Símbolos
Bandeira de Juti
Bandeira
Hino
Gentílico jutiense
Localização
Localização de Juti em Mato Grosso do Sul
Localização de Juti em Mato Grosso do Sul
Localização de Juti em Mato Grosso do Sul
Juti está localizado em: Brasil
Juti
Localização de Juti no Brasil
Mapa
Mapa de Juti
Coordenadas 22° 51′ 39″ S, 54° 36′ 10″ O
País Brasil
Unidade federativa Mato Grosso do Sul
Municípios limítrofes Caarapó, Amambai, Vicentina, Jateí, Naviraí, Iguatemi
Distância até a capital federal: 1 332 km
estadual: 306 km[1]
História
Fundação 14 de dezembro de 1987 (36 anos)
Emancipação 1 de janeiro de 1989 (35 anos)
Administração
Distritos
Prefeito(a) Gilson Marcos da Cruz[2] (PSD, 2021–2024)
Vereadores 9
Características geográficas
Área total [3] 1 584,599 km²
 • Área urbana  est. Embrapa[4] 0,368 km²
População total (estimativa IBGE/2018[5]) 6 638 hab.
 • Posição MS: 68º
Densidade 4,2 hab./km²
Clima tropical (Aw)
Altitude [6] 373 m
Fuso horário Hora do Amazonas (UTC−4)
Indicadores
IDH (PNUD/2000 [7]) 0,710 alto
 • Posição MS: 65º
Gini (est. IBGE 2003[8]) 0,420
 • Posição MS: 12º
PIB (IBGE/2008[9]) R$ 54 336,248 mil
 • Posição MS: 71º
PIB per capita (IBGE/2008[9]) R$ 9 847,09

História

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A vila foi fundada entre 1912 e 1915 por influencia do progresso da extração da erva-mate. O primeiro morador foi Sérgio Maciel de Oliveira, que chegou nos campos de Santa Luzia em 13 de dezembro de 1898, onde construiu uma parada provisória, para daí, seguir em direção leste, margem do rio Laranjaí, ou margem esquerda do rio Amambai. Seus irmãos (Cassimiro e Genésio Maciel) resolveram ficar em Santa Luzia, e foram para a costa do rio Amambaí, no porto Palermo, onde se fixaram definitivamente. Genésio ficou nas cabeceiras do São Lucas, onde ergueu a Fazenda Belo Horizonte. Anos depois começaram a chegar novos moradores tanto para morar quanto para montar seu comércio e a vila foi se desenvolvendo, e entre 1912 e 1920, construiu-se um amontoado de ranchos de capim, tabuinha ou de zinco. A partir de 1920 a vila cresceu assustadoramente, a ponto de se tornar o maior centro comercial da Região, com exceção da Campanário, chegando a ter em média 2.500 casas, entre residências e casas comerciais. O Distrito de Paz de Santa Luzia ou de Juti, como ficou denominado, foi criado para a Vila de Caarapó, pela lei Estadual nº 1.021, de 21 de setembro de 1929, no governo de Mário Correia, governador do Estado de Mato Grosso. A Lei nº1.021 entrou em vigor, na data do seu veredito, no dia 13 de janeiro de 1930. O cartório foi instalado, na vila de Caarapó, em 16 de março de 1930, com a posse das primeiras autoridades: Juiz de Paz, Francisco Serejo e para escrivão de Paz foi nomeado Antônio Batista Júnior. Aníbal Toledo, até então presidente do estado de Mato Grosso e descontente com a perda do mandato, em 30 de novembro de 1930, pouco antes de ser destituído do poder, expediu um ato ou decreto, transferindo a sede do Distrito de Juti, da Vila de Caarapó, para a Vila de Santa Luzia alegando ser um lugar de maior progresso. Ele também era Presidente da Companhia Mate Laranjeira, empresa contrária a toda espécie de ocupação de terras, no sul do Estado de Mato Grosso. A região foi por muitos anos sustentada pelo apoio da Companhia Matte Laranjeira, que nos fins de semana permitia que os seus peões pudessem fazer compras em Santa Luzia. Isso ocorria principalmente nos dias de Semana Santa e nos dias de Carreiradas (Corridas de cavalos), uma das poucas diversões na época. Entre novembro e dezembro de 1930, o cartório foi levado para a Vila de Santa Luzia.

Com a queda do Território Federal de Ponta Porã, em 18 de setembro de 1946, e a decretação do contrato de arrendamento dos ervais pela Companhia Mate Laranjeira no mesmo ano, a Vila entrou em decadência e perdeu a maior parte de sua população. O cartório foi parar em Santa Luzia e a Vila de Caarapó perdeu sua jurisdição de Vila. A condição de distrito e passou a pertencer a Santa Luzia até seu desmembramento, em 1948, com a criação do Cartório ou Distrito de Paz de Caarapó pela Lei nº188 em 16 de novembro de 1948. A vila de Santa Luzia (ou Distrito de Juti), era apenas um ponto de paragem de carreteiros das barrancas dos rios Paraná, Amambaí e Laranjaí que seguiam para Campanário, Ponta Porã, Aquidauana, Nioaque, Porto Murtinho ou Concepcion, no Paraguai. Muito viam na região um recanto, onde a pastagem era abundante e rica em espécies e variedades em teor alimentício. As dificuldades na região eram enormes, visto que a atenção e o auxilio governamental era deficiente, com exceção da ajuda que recebeu da Prefeitura Municipal de Caarapó. A Vila de Santa Luzia, em 1950, estava arruinado e fora ainda mais prejudicado por causa de guerras, pela fome e pela peste.

Em 1977 o município passa a fazer parte do atual estado de Mato Grosso do Sul e em 14 dezembro de 1987, pela lei número 800, foi criado o município de Juti, pelo, então, governador Marcelo Miranda Soares, ficando o mesmo, pertencendo a comarca de Caarapó.

Geografia

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Localização

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A cidade está situado no sul da região Centro-Oeste do Brasil, no Sudoeste de Mato Grosso do Sul (Microrregião de Dourados). Localiza-se a uma latitude 22º51'38" sul e a uma longitude 54º36'10" oeste. Distâncias:

Geografia física

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Solo

Predomina, o Latossolo Vermelho-Escuro de textura média associado a Neossolos, verifica-se ainda, a ocorrência de manchas isoladas de Latossolo de textura argilosa de baixa fertilidade natural e Argissolos de textura arenosa ou média, com o caráter álico.

Relevo e altitude

Está a uma altitude de 373 m. A geomorfologia encontra-se na Região dos Planaltos Arenítico Basálticos Interiores, dividindo-se em duas unidades geomorfológicas: Divisores das Sub-Bacias Meridionais e Planalto de Dourados. Apresenta relevo plano, geralmente elaborado por várias fases de retomada erosiva, com relevos elaborados pela ação fluvial.

Clima, temperatura e pluviosidade

Está sob influência do clima tropical (AW) e apresenta-se com período de chuvas de novembro a maio, com maior intensidade de dezembro a janeiro e um período seco de um a dois meses em média. A precipitação anual encontra-se entre 1.400 e 1.700mm, sendo bem distribuído durante o ano.

Hidrografia

Está sob influência da Bacia do Rio da Prata. Principais rios:

  • Rio Amambai: afluente pela margem direita do rio Paraná; limite entre os municípios de Amambai e Juti. Possui 340 km de extensão, sendo 90 km navegáveis.
  • Rio Bonito: afluente pela margem esquerda do rio Amambai, no município de Juti.
  • Rio Guiraí: afluente pela margem direita do rio Ivinhema, limite entre os municípios de Juti e Jateí.
  • Rio Gurupaí: afluente pela margem direita do rio Ivinhema, limite entre os municípios de Jateí e Juti.
  • Rio Laranjaí: afluente pela margem direita do rio Ivinhema, no município de Naviraí; sua nascente é anterior a uma linha seca de limites no município de Juti.
  • Rio Taquara: afluente pela margem esquerda do rio Amambai, no município de Juti.
Vegetação

Se localiza na região de influência do Cerrado. A pastagem plantada corresponde a mais de 90% da área do município. O Cerrado Arbóreo Aberto (Campo Cerrado) e a Floresta Estacional complementam a cobertura vegetal.

Geografia política

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Fuso horário

Está a -1 hora com relação a Brasília e -4 com relação a Meridiano de Greenwich.

Área

Ocupa uma superfície de de 1 584,599 km².

Subdivisões

Juti (sede) e Porto Felicidade.

Arredores

Caarapó, Amambai, Vicentina, Jateí, Naviraí e Iguatemi

Demografia

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Sua população, conforme estimativas do IBGE de 2018, era de 6 638 habitantes.[5]

Ver também

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Referências

  1. «Mapas e rotas». Guia 4 Rodas. Consultado em 3 de novembro de 2011 
  2. Prefeito e vereadores de Juti tomam posse Portal G1 - acessado em 2 de janeiro de 2021
  3. IBGE (10 de outubro de 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010 
  4. «Urbanização das cidades brasileiras». Embrapa Monitoramento por Satélite. Consultado em 30 de Julho de 2008 
  5. a b «Estimativa populacional 2018 IBGE». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de agosto de 2018. Consultado em 18 de setembro de 2018 
  6. «Mato Grosso do Sul». Embrapa. Consultado em 19 de julho de 2011 
  7. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008 
  8. «Indice GINI». Cidade Sat. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2000. Consultado em 6 de agosto de 2011. Arquivado do original em 30 de abril de 2012 
  9. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 de dezembro de 2010 

Ligações externas

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