Karla
Karla (br Karla: Paixão Assassina) é um filme estadunidense de drama e suspense de 2006, dirigido por Joel Bender, baseado em uma história verídica dos dois mais famosos serial killers canadenses, Karla Homolka e Paul Bernardo[3]. O filme foi originalmente intitulado Deadly (literalmente traduzido como Mortalmente), mas os cineastas anunciaram que o título seria alterado, numa aparente tentativa de maior sensibilidade. O roteiro é totalmente baseado nas transcrições da corte, entrevistas e vídeos dos ataques, filmados pelos próprios Homolka e Bernardo.
Karla | |
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Karla: Paixão Assassina[1][2] (bra) | |
Estados Unidos 2006 • cor • 99 min | |
Género | filme de drama filme de suspense filme biográfico |
Direção | Joel Bender |
Produção | Marlon Parry Michael D. Sellers |
Coprodução | Brent Schoenfeld James Schramm |
Produção executiva | Jim Via Robert L. Fredriks Henry H. Moriconi John A. Bennan Robert Keskemety Don Barton Manette Beth Rosen Pamela Vlastas |
Roteiro | Michael D. Sellers Manette Beth Rosen Joel Bender |
Elenco | Laura Prepon Misha Collins Tess Harper Leonard Kelly-Young Alex Boyd Tony Denison Cherilyn Hayres Kristen Swieconek Sarah Foret e Patrick Bauchau |
Música | Tim Jones |
Diretor de fotografia | Charles Mills |
Edição | Michael D. Sellers Joel Bender |
Distribuição | Paramount Entertainment |
Idioma | língua inglesa |
O longa foi totalmente filmado nos Estados Unidos, com um elenco e equipe estadunidense, pois ninguém da indústria canadense queria estar envolvido com este projeto devido o clamor do público[4]. Exceto por Tammy Homolka, os nomes das vítimas foram alterados devido as poucas idades das adolescentes, embora as circunstâncias de suas mortes continuem a mesma.
Sinopse
editarCom intensas interpretações de Laura Prepon e Misha Collins, narra a história verídica de Karla Homolka, que apaixona-se por um violento estuprador e serial killer, Paul Bernardo.
Karla casa-se com Paul, ajudando-o a cometer uma série de crimes, inclusive ajuda-o a violentar sua irmã mais nova, de 15 anos, Tammy Homolka, como "presente de natal". Karla obteve drogas — da clínica veterinária onde trabalhava — para sedar sua irmã. No entanto, Tammy engasga-se com seu próprio vômito e morre. Paul gaba-se para Karla sobre outros estupros que havia cometido, persuadindo Karla a envolver-se nas agressões sexuais e assassinatos de três outras vítimas adolescentes.
Bastante fiel à história real, o filme é narrado no ponto de vista de Karla, e com perplexidade o público vê os fatos acontecerem sem nenhum remorso de Paul, um estuprador psicopata que pode se passar facilmente por um rapaz muito adoravél. Embora o ator Collins na pele Bernardo seja bastante atraente, ele perde gradualmente o seu apelo assim como a falsa normalidade de Karla e sua insistência em permanecer ao lado de Bernado o ajudando a estuprar e matar duas adolescentes.
Elenco
editarIntérprete | Personagem |
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Laura Prepon | Karla Homolka |
Misha Collins | Paul Bernardo |
Tess Harper | Molly Czehowicz |
Leonard Kelly-Young | Dan Czehowicz |
Alex Boyd | Nick |
Tony Denison | Detetive Burroughs |
Cherilyn Hayres | Tammy Homolka |
Kristen Swieconek | Tina McCarthy |
Sarah Foret | Kaitlyn Ross |
Patrick Bauchau | Dr. Arnold |
Emilie Jacobs | Peggy |
Shawn Hoffman | Detetive Kirby |
Adam Lieberman | Detetive Morgan |
William Duffy | Detetive Porter |
Anna Pheil | Patricia |
Zac Diliberto | Kaitlyn Ross |
Nikki McCauley | Jessie |
Brandon Routh | Tim Peters |
Polêmica no Festival de Montreal
editarO filme causou polêmica e furor no Canadá, onde as famílias de Kristen French e Leslie Mahaffy, vitimas de Homolka e Bernado, alegaram que o filme explorararia a memória das adolescentes[5]. Os membros das famílias das vitímas iniciaram uma campanha para a censura do filme, e,vários patrocinadores do festival também ameaçaram eliminar o patrocínio, caso o filme fosse exibido[6][7]. Os políticos da Assembleia Legislativa de Ontário, incluindo o procurador-geral Michael Bryant, pediram boicote ao filme, e a cadeia de teatro canadense Cineplex Odeon afirmou que exibiria o filme somente em seus principais mercados urbanos, Toronto, Montreal e Ottawa[8].
O filme foi planejado para estrear em 2005 no Festival de Montreal, mas Serge Losique, fundador e presidente do festival, anunciou que Karla seria retirado do festival, reconhecendo publicamente que ele estava fazendo isso apenas como resultado direto da pressão de um de seus principais patrocinadores, a Air Canada.
Em março de 2005, O advogado Tim Danson, que representava as famílias French e Mahaffy, juntamente às famílias das vítimas, assistiram ao filme numa exibição privada. Em outubro de 2005, ele anunciou que as famílias não se oporiam à liberação do filme no Canadá. Com um comunicado à imprensa, o festival defendeu sua decisão de ainda exibir o filme, alegando que muitos criminosos famosos já foram mostrados no cinema, desde Adolf Hitler até o Estrangulador de Boston[9].
Referências
- ↑ Karla: Paixão Assassina no CinePlayers (Brasil)
- ↑ Karla: Paixão Assassina no AdoroCinema
- ↑ «Karla Movie Review». Katherine Ramsland. Consultado em 23 de julho de 2010
- ↑ «A First Look at Karla». CBC. Consultado em 23 de julho de 2010
- ↑ «Ontario film board gives 'Karla' restrictive rating». CBC. Consultado em 23 de julho de 2010
- ↑ «The Trouble with Karla». CBC. 20 de janeiro de 2006. Consultado em 23 de julho de 2010
- ↑ «TV ads for 'Karla' movie pulled». CBC. 14 de janeiro de 2006. Consultado em 23 de julho de 2010
- ↑ «'Karla' movie shocks in CTV exclusive screening». CTV. Consultado em 23 de julho de 2010
- ↑ «Festival de Montreal cria polêmica com filme sobre assassina». Gazeta do Povo. Consultado em 23 de julho de 2010