Kemalismo

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Kemalismo, também conhecido como ideologia kemalista (em turco: Kemalizm, Kemalist ideoloji, Atatürkçülük, Atatürkçü düşünce), ou ainda "Seis Setas" ou "Seis Flechas" (turco: Altı Ok) é o princípio político e ideológico que define as características básicas da República da Turquia, da maneira em que foram formuladas pelo líder do Movimento Nacional Turco, Kemal Atatürk.

Bandeira do movimento kemalista, as "Seis Flechas".

A ideologia kemalista, que encontrou sua expressão nas Reformas de Atatürk, procurava criar um Estado-nação moderno, democrático e secular, guiado pelos progressos educacional e científico, fundamentados sobre os princípios do positivismo, racionalismo e do Iluminismo.

Muitas das ideias-chave do kemalismo iniciaram-se durante a fase posterior do Império Otomano como parte de um sério conjunto de reformas conhecido por Tanzimat[1] que tinham por objetivo evitar o colapso do Império. Em meados do século XIX os Jovens Otomanos, insatisfeitos com o Tanzimat por considerarem que as reformas não tinham a profundidade necessária criaram a ideologia do nacionalismo otomano como forma de evitar o sectarismo étnico dentro do Império, além de manter uma influência islâmica mais branda e introduzir pela primeira vez a democracia.[2] Porém no início do século XX os Jovens Turcos abandonaram os ideais de nacionalismo otomano em favor de um nacionalismo turco, ao passo que adotaram um caráter ocidentalizante. Após a queda do Império Otomano, provocada pela derrota na Primeira Guerra Mundial e influenciado tanto pelos jovens otomanos e Hitler[3] quanto pelos jovens turcos, Mustafa Kemal que buscava evitar a todo custo que seu país fosse transformado em uma colônia europeia liderou o país num processo que culminaria na independência da Turquia em 1923. Mustafa Kemal havia combinado elementos dos dois movimentos, como secularismo e nacionalismo turco, ao mesmo tempo que trouxe reformas profundas na sociedade, como acesso gratuito à educação e uma visão de estado que permaneceria sendo seguida mesmo após sua morte.

Referências

  1. Cleveland, William L; Bunton, Martin (2009). A History of the Modern Middle East (4th ed.). Westview Press. p. 82.
  2. Gábor, Ágoston; Masters, Bruce Alan (1 January 2009). Encyclopedia of the Ottoman Empire. Infobase Publishing. p. 48. ISBN 978-1-4381-1025-7.
  3. Ankara's shining star
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