Khātam (Persa: خاتم) é uma antiga técnica persa de marchetaria em que as figuras artísticas são formadas por delicadas peças de madeira, osso e metal cortados em padrões geométricos precisos e intrincados, para revestir superfícies de principalmente de madeira. Khatam-kari (Persa: خاتم‌کاری‎‎) e khatam-bandi (Persa: خاتم‌بندی‎‎) referem-se à arte de elaborar um khatam.

Design and construção

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O design de artigos embutidos é altamente elaborado. Às vezes, há mais de 400 peças por polegada quadrada em um trabalho de qualidade média.[1] Em cada centímetro cúbico do trabalho embutido, são colocadas aproximadamente até 250 peças de metal, osso, marfim e diferentes tipos de madeira lado a lado, colados em estágios, alisados, oleados e polidos. Artigos de marchetaria possuíam um significado especial na Dinastia safávida à medida que os artistas criaram suas preciosas obras de arte. Os tipo de madeira utilizados para esses trabalhos incluíam Piper betle, noz, cipreste e pinheiro. Geralmente essa técnica era utilizada para decorar a superfície de portas, janelas, molduras de espelhos, caixas para guardar o Alcorão, caixas enfeitadas, canetas, lanternas e santuários.[2][3]

Exemplos

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A ornamentação das portas de lugares sagrados consiste predominantemente em motivos incrustados. Exemplos dessa prática podem ser observados nas cidades de Mashhad, Qom, Xiraz e Rey. Durante a dinastia safávida, a arte de marchetaria floresceu nas cidades do sul do Irã, especialmente em Ispaã, Xiraz e Carmânia. Os quartos decorados com esses padrões no Palácio Sa'dābād e no Palácio de Mármore em Teerã estão entre os lugares decorados com esse tipo de ornamento.

Status atual

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A Khatam é praticada em Isfahan, Shiraz e Teerã. A arte da madeira encrustada e sudorífica é realizada nas oficinas da Cultural Heritage, Handicrafts and Tourism Organization of Iran, além de oficinas privadas. Bagher Hakim-Elahi (باقرحكيمالهى) foi um mestre desta arte e aprendeu a técnica do Mestre Sanee Khatam em Shiraz. Mais tarde, mudou-se para Teerã e continuou a fazer peças com Khatam, atualmente em museus no Irã. Ele também ensinou a arte ao irmão mais novo, Asadolah Hakim-Elahi (اسدالله حكيمالهى). Ambos já falecidos.

Referências

  1. Smith, C. S. (1967). Materials. [S.l.]: Scientific American. 69 páginas 
  2. Burke, Andrew (2010). Iran. [S.l.]: Lonely Planet. 70 páginas 
  3. Shojanoori, Nikoo (2014). «A Background of Khatam Art». European Online Journal of Natural and Social Sciences 2014; Vol.3, No.4 Special Issue on Architecture, Urbanism, and Civil Engineering. ISSN 1805-3602. Consultado em 17 de outubro de 2017