Comatiíto[1] ou komatiito é um tipo de rocha vulcânica ultramáfica de origem mantélica.[2] Os comatiítos têm teores baixos de silício, potássio e alumínio e teor de magnésio elevado a muito elevado. O comatiíto foi assim denominado por causa da sua ocorrência-tipo nas margens do rio Incomati (Komati em inglês) na África do Sul.

Amostra de comatiíto do cinturão de rochas verdes de Abitibi próximo de Englehart, Ontário, Canadá. O espécime tem 9 cm de largura. São visíveis cristais lamelares de olivina, embora a textura spinifex seja fraca ou ausente nesta amostra.

Os comatiítos verdadeiros são muito raros e essencialmente restringidos a rochas da Idade Arqueana, sendo conhecidos poucos comatiítos do Proterozoico ou do Fanerozoico (embora sejam conhecidos lamprófiros ricos em magnésio do Mesozoico). Pensa-se que esta restrição na idade fique a dever-se ao arrefecimento secular do manto, o qual terá sido até 500 °C mais quente durante o período Arqueano inicial a médio (há 4,5 a 2,6 Ga). A Terra jovem produzia muito mais calor, devido ao calor residual da acreção planetária, bem como à maior abundância de elementos radioativos.

Geograficamente, os comatiítos têm a sua distribuição restringida às áreas dos escudos arqueanos. Ocorrem com outras rochas vulcânicas máficas altamente magnesianas em cinturões de rochas verdes do Arqueano.[3] Os comatiítos mais recentes encontram-se na ilha Gorgona, Colômbia, no planalto oceânico ao largo da costa pacífica da Colômbia.

Referências

  1. Maria Beatriz Meurer (2020). Metamorfismo de ultramáficas: composição, classificação e processos de formação de minerais em rochas do manto e do magma. [S.l.]: Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo 
  2. Komatiíto. Seção de Materiais Didáticos — Instituto de Geociências – USP. 2022.
  3. Winge,M.Komatiito. Glossário Geológico/CPRM.
  • Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Komatiite».