Laboratório Farmacêutico da Marinha
O Laboratório Farmacêutico da Marinha (LFM), é uma Organização Militar da Marinha do Brasil. Foi fundado em 1906 como "Laboratório Pharmacêutico da Marinha e Gabinete de Análise", passou a se chamar Laboratório Farmacêutico da Marinha apenas em 1926.
Histórico
editarO LFM tem suas origens com a chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil em 1808. A primeira denominação foi Botica Militar, criada ainda em 1808. Posteriormente, passou a operar anexada ao Hospital Militar e da Marinha em 1840.[1]
No dia 14 de novembro de 1906 foi criada o Laboratório Pharmacêutico da Marinha e Gabinete de Análise, com sua sede no Rio de Janeiro.[2][3]
Em 29 de julho de 1926, a nomenclatura foi alterada para Laboratório de Material Sanitário Naval, posteriormente modificada, para Laboratório Farmacêutico Naval em 1934.[2][3] Em 1958, passou a funcionar com o nome Laboratório Farmacêutico da Marinha,[3] com a confirmação de suas atividades regulamentadas em 1979.[2] Na década seguinte, a sua regulamentação foi revogada pela Portaria Ministerial n° 0437, de 13 de junho de 1989, passando a ter a sua organização e atividades estruturadas pelo Regulamento aprovado pela Portaria n° 0027, de 22 de junho de 1989.[2]
Em mais uma década, a sua regulamentação foi outra vez revogada, pela Portaria n° 0387, de 18 de setembro de 1998, do Chefe de Estado-Maior da Armada (CEMA). Com a publicação da Portaria Ministerial n° 227, de 15 de setembro de 1998, passou à subordinação do Centro Logístico de Saúde da Marinha (CLSM), quando suas atividades foram novamente autorizadas em 30 de setembro de 1998.[2] Suas atividades estão atualmente regulamentadas desde 11 de julho de 2008.[1] Em 2013, tornou-se a primeira instituição farmacêutica militar a ser convertida em Instituição Científica e Tecnológica.[3]
Funções
editarSuas atribuições resumem-se a:[4]
- I - adquirir matéria-prima para a produção das especialidades farmacêuticas sob sua responsabilidade;
- II - fabricar, armazenar, distribuir, importar, exportar e transportar produtos farmacêuticos destinados às Organizações Militares da Marinha e outros Órgãos Públicos do Brasil ou do exterior;
- III - propor à DSM o estabelecimento de linha de produção de especialidades farmacêuticas;
- IV - acompanhar o progresso científico e tecnológico industrial, no que se relacionar com as especialidades farmacêuticas produzidas e passíveis de serem produzidas;
- V - executar a perícia dos insumos utilizados na sua atividade industrial, seus produtos em processo e terminados, por meio de controle de qualidade físicoquímico e bacteriológico;
- VI - executar atividades de pesquisa, desenvolvimento , serviços tecnológicos e e inovação, relacionados às ciências farmacêuticas, de interesse da MB;
- VII - estabelecer parcerias com instituições públicas e privadas dos setores industrial, universitário e técnico-científico nas atividades de ciência, tecnologia e inovação, relacionadas às ciências farmacêuticas, de interesse da MB;
- VIII - desenvolver a nacionalização de itens, relacionados às ciências farmacêuticas, de interesse da MB, e
- IX - emitir pareceres sobre assuntos técnicos de sua alçada, no âmbito da MB. §1º O LFM, sem prejuízo de suas funções essenciais, poderá realizar serviços especializados para as demais OM da MB e para entidades Extra-Marinha, do Brasil ou do exterior, de acordo com a legislação em vigor. §2º O LFM poderá comercializar o excedente de produção para os demais Órgãos dos Governos Federal, Estadual e Municipal e entidades sem fins lucrativos
Referências
- ↑ a b «Histórico | LFM». www.marinha.mil.br. Consultado em 2 de outubro de 2021
- ↑ a b c d e «Laboratório Farmacêutico da Marinha - Acervo Arquivístico da Marinha do Brasil». www.arquivodamarinha.dphdm.mar.mil.br. Consultado em 2 de outubro de 2021
- ↑ a b c d Alves Jota, Fernando (2021). «Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo da sua origem aos dias atuais - Laboratório Farmacêutico da Marinha: Uma visão estratégica» (PDF). Consultado em 18 de junho de 2023
- ↑ «Missão, Visão e Valores | LFM». www.marinha.mil.br. Consultado em 2 de outubro de 2021