Labyrinthulomycetes

Labyrinthulomycetes (ICBN) ou Labyrinthulea[1] (ICZN) é uma classe de protistas que produzem uma rede ectoplasmática de filamentos ramificados, ou túbulos,[2] estruturas reticuliformes viscosas que servem como guias e suportes para o deslizamento das células, que se vão movimentando sobre aqueles filamentos na busca dos nutrientes que absorvem. A classe agrega dois agrupamentos taxonómicos principais, as ordens Labyrinthulida (ou "redes mucosas") e Thraustochytriida, e um pequeno grupo de amebas filosas com concha, a ordem Amphitremida. São maioritariamente espécies marinhas, ocorrendo em geral como parasitas sobre algas e ervas marinhas ou como decompositores sobre material vegetal morto. O grupo também inclui alguns parasitas de invertebrados marinhos.[3]

Como ler uma infocaixa de taxonomiaLabyrinthulomycetes
Labyrinthulea
Aplanochytrium sp. (célula com filamentos reticulares).
Aplanochytrium sp. (célula com filamentos reticulares).
Classificação científica
Domínio: Eukaryota
Reino: Chromalveolata
Superfilo: Heterokonta
Clado: SAR
Classe: Labyrinthulomycetes
Arx, 1970, Dick, 2001
Géneros
Sinónimos

Descrição

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Embora estejam fora das células, os filamentos são rodeados por uma membrana, sendo formado por extensões do citoplasma ao qual estão ligados por um único organelo designado por sagenogen ou botrossoma. As células são não-nucleadas e tipicamente ovaladas e movem-se para a frente e para trás ao longo da rede amorfa a velocidades que variam de 5 a 150 μm por minuto.

Entre os Labyrinthulida as células estão fechadas dentro dos tubos, e entre os Labyrinthulida as células são ligados aos seus lados.

Classificação

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O taxon Labyrinthulomycetes/Labyrinthulea era tradicionalmente integrado no agora obsoleto filo de "pretensos" fungos Labyrinthulomycota. Foram inicialmente considerados como fungos mucilaginosos atípicos, apesar de não exibirem semelhanças com os restantes tipos. A estrutura dos seus zoósporos e os resultados de estudos de genética molecular demonstram que são um grupo primitivo de heterokonta, mas a sua classificação e enquadramento filogenético permanecem pouco claros.

Esta classe era geralmente dividida em duas ordens, Labyrinthulales e Thraustochytriales (ICBN), ou Labyrinthulida e Thraustochytrida (ICZN),[4] mas uma terceira ordem, Amphitremida, foi recentemente proposta:[5][6]

Referências

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  1. Cavalier-Smith, T. (1997). «Sagenista and bigyra, two phyla of heterotrophic heterokont chromists». Archiv für Protistenkunde. 148 (3): 253–267. doi:10.1016/S0003-9365(97)80006-1 
  2. Tsui CK, Marshall W, Yokoyama R, et al. (janeiro de 2009). «Labyrinthulomycetes phylogeny and its implications for the evolutionary loss of chloroplasts and gain of ectoplasmic gliding». Mol. Phylogenet. Evol. 50 (1): 129–40. PMID 18977305. doi:10.1016/j.ympev.2008.09.027 
  3. Schärer, L.; Knoflach, D.; Vizoso, D. B.; Rieger, G.; Peintner, U. (2007). «Thraustochytrids as novel parasitic protists of marine free-living flatworms: Thraustochytrium caudivorum sp. nov. Parasitizes Macrostomum lignano». Marine Biology. 152 (5). 1095 páginas. doi:10.1007/s00227-007-0755-4 
  4. «www.ncbi.nlm.nih.gov». Consultado em 4 de abril de 2009 
  5. Gomaa; Mitchell; Lara (2013). «Amphitremida (Poche, 1913) Is a New Major, Ubiquitous Labyrinthulomycete Clade». PLoS ONE. doi:10.1371/journal.pone.0053046 
  6. ANDERSON; CAVALIER-SMITH (2012). «Ultrastructure of Diplophrys parva, a New Small Freshwater Species, and a Revised Analysis of Labyrinthulea (Heterokonta)». Acta Protozoologica. pp. 291–304. doi:10.4467/16890027AP.12.023.0783. Consultado em 4 de abril de 2016 

Ligações externas

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