Surucucu
Surucucu (nome científico: Lachesis muta), também chamada surucutinga, surucucutinga, surucucu-pico-de-jaca, cobra-topete ou surucucu-de-fogo,[3][4] é a maior serpente peçonhenta da América Latina.[5]
Surucucu | |||||||||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Indivíduo da subespécie Lachesis muta muta avistado em 2010 no Parque Nacional Iasuni, no Equador
| |||||||||||||||||
Estado de conservação | |||||||||||||||||
Pouco preocupante (IUCN 3.1) [1] | |||||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||||
| |||||||||||||||||
Nome binomial | |||||||||||||||||
Lachesis muta (Lineu, 1766) | |||||||||||||||||
Sinónimos[2] | |||||||||||||||||
|
Etimologia
editarO vernáculo surucucu vem do tupi suruku'ku e significa literalmente "o que dá muitas dentadas, que morde muitas vezes".[3][6] Foi registrado em 1576 como sucucucú e 1881 como surucucu.[7] Surucucutinga,[8] ou a forma construída por haplologia Surucutinga,[9] derivam de surucucu + -tinga ("branco, claro").[10] Em outras línguas indígenas, aparece como *xâgi (Proto-macu oriental),[11] na’shi (xaui),[12] e 'ĩtsãi (quasa).[13] Já pico-de-jaca refere-se às escamas da serpente que, quando adulta, lembram a textura pontiaguda da fruta.[14]
Taxonomia
editarDuas subespécies adicionais, L. m. melanocephala e L. m. stenophrys, já foram reconhecidos. No entanto, ambas foram elevados ao nível de espécie por Zamudio e Green em 1997 (ver L. melanocephala e L. stenophrys).[2][15]
Subespécies | Autor do táxon[16] | Nome comum[16] | Distribuição geográfica[2] |
---|---|---|---|
L. muta muta | (Lineu, 1766) | Surucucu | Sudeste da Colômbia, leste do Equador, Peru, norte da Bolívia, leste e sul da Venezuela, Trindade, Guiana, Suriname, Guiana Francesa e grande parte do norte do Brasil, Costa Rica |
L. muta rhombeata | (Wied-Neuwied, 1824) | Surucucu | Florestas costeiras do sudeste do Brasil (do sul do Rio Grande do Norte ao Rio de Janeiro). |
Descrição
editarOs adultos de surucucu crescem em média de 2 a 2,5 metros (6½-8 pés), embora 3 metros (10 pés) não sejam muito incomuns. O maior espécime registrado tinha quase 3,65 metros (12 pés) de comprimento, tornando-o a maior de todas as víboras e a cobra venenosa mais longa do hemisfério ocidental.[17] A surucucu é a mais longa cobra venenosa das Américas e a segunda no mundo depois da cobra-real (Ophiophagus hannah).[18] A cabeça é larga e distinta do pescoço estreito. O focinho é amplamente arredondado. Não há canto. Um par de internasais pequenas está presente, separadas por pequenas escalas. Os supraoculares são estreitos. Outras partes da coroa são cobertas com escamas muito pequenas. Lateralmente, o segundo supralabial forma a borda anterior da fosseta loreal, enquanto o terceiro é muito grande.[19] A fosseta loreal é bem pronunciada.[20] O olho é separado dos supralabiais por quatro a cinco fileiras de pequenas escamas.[19] A dentição é do tipo solenóglifa.[21] O corpo é cilíndrico, afilado e moderadamente robusto. No meio do corpo existem 31-37 fileiras não oblíquas de escamas dorsais que são fortemente quilhadas com tubérculos bulbosos e fracamente imbricadas. Existem 200-230 escamas ventrais. A cauda é curta com 32-50 subcaudais pareados, seguidos por 13-17 fileiras de pequenos espinhos e um espinho terminal.[19] Como a maioria das víboras do Novo Mundo, a surucucu exibe comportamento de vibração de cauda defensiva em resposta a potenciais ameaças predatórias.[22] O padrão da porção dorsal da cabeça apresenta tom amarelo-alaranjado, com várias manchas escuras e de tamanhos irregulares. O corpo também apresenta tons amarelo-alaranjados ou claro com manchas negras em forma de losangos mais claros no centro distribuídos ao longo do corpo. O ventre é branco e a cauda curta é negrejada.[20]
Veneno
editarAcidentes com serpentes do gênero Lachesis são chamados acidentes laquéticos.[23] Representam cerca de 1,4% dos acidentes que ocorrem por ano no Brasil.[24] Os acidentes ocorrem porque as vítimas não percebem a sua presença e se aproximam demasiadamente.[21] Por isso quando se está em seu habitat natural, deve-se ter atenção redobrada, além de se estar devidamente calçado, com botas de cano alto ou perneiras de couro, botinas, sapato fechado, uma vez que, a maioria dos acidentes (cerca de 80%) ocorrem nos membros inferiores (pés e pernas).[23] Alguns relatórios sugerem que esta espécie produz uma grande quantidade de veneno que é fraco em comparação com algumas outras víboras.[25] Outros, no entanto, sugerem que tais conclusões não são precisas. Esses animais são muito afetados pelo estresse e raramente vivem muito tempo em cativeiro. Isso dificulta a obtenção de veneno em quantidades úteis e em boas condições para fins de estudo. Por exemplo, Bolaños (1972) observou que o rendimento de veneno de seus espécimes caiu de 233 miligramas para 64 miligramas enquanto eles permaneceram sob seus cuidados. Como o estresse da ordenha regular tem esse efeito na produção de veneno, é raciocinado que também pode afetar a toxicidade do veneno. Isso pode explicar a disparidade descrita por Hardy e Haad (1998) entre a baixa toxicidade laboratorial do veneno e a alta taxa de mortalidade de vítimas de mordida.[26]
Brown (1973) fornece os seguintes valores de LD50 para camundongos: 1,5 mg/kg IV, 1,6-6,2 mg/kg IP, 6,0 mg/kg SC. Também observa um rendimento de veneno de 200–411 miligramas.[27] O veneno da surucucu tem atividade proteolítica, ocasionando lesão tecidual, ação hemorrágica e neurotóxica. É diferente da peçonha botrópica por poder ocasionar síncope vasovagal em algumas vítimas. Esta peçonha consome protrombina e fibrinogênio repercutindo em uma coagulopatia do tipo "Coagulação Intravascular Disseminada".[28] Os sintomas são bastante semelhantes aos causados pelo Bothrops, no local da picada há dor, edema, equimose, necrose da pele, abscessos, vesículas e bolhas. As principais complicações no local da picada incluem necrose, síndrome compartimental, infecções secundárias e déficit funcional. Os efeitos sistêmicos são caracterizados por hipotensão, tontura, distúrbios visuais, bradicardia, dor abdominal, náusea, vômito e diarreia.[5][24] Outras manifestações também são semelhantes ao Bothrops, incluindo hemorragia sistêmica e insuficiência renal.[29] Em Ilhéus, na Bahia, um menino de sete anos foi mordido ao sair de casa e pisar em um desses espécimes. Foi relatado que a criança faleceu 15 minutos depois. Em 2005, no noroeste de Mato Grosso, uma criança de cinco anos também morreu, entrando em choque aproximadamente 30 minutos após ser mordida e sucumbindo em 90 minutos.[30] O único tratamento disponível atualmente é a administração intravenosa do soro antilaquético ou anti botrópico-laquético no acidentado.[28]
Habitat
editarA surucucu encontrado na América do Sul nas florestas equatoriais a leste dos Andes: Colômbia, leste do Equador, Peru, norte da Bolívia, leste e sul da Venezuela, Guiana, Costa Rica, Suriname, Guiana Francesa, grande parte do Brasil e a ilha de Trindade.[31] A localidade tipo é "Surinami" (Suriname).[1] Ocorre em florestas densas primárias e secundárias; campos adjacentes e áreas desmatadas.[17] Em Trindade tende a preferir regiões montanhosas e montanhosas.[32] No Brasil, é típica da Amazônia, mas conhecem-se registros na literatura da presença desse animal até em áreas isoladas de resquícios do bioma da Mata Atlântica como na região de Serra Grande, entre os municípios de Uruçuca e Ilhéus, na Bahia.[33] No estado da Bahia ocorre nos municípios de: Amargosa, Belmonte, Camamu, Entre Rios, Ibicaraí, Ilhéus, Itacaré, Maraú, Mutuípe, Pau Brasil, Piraí do Norte, Santa Cruz Cabrália, São Felipe, Teixeira de Freitas, Una, Uruçuca e Valença.[34]
Conservação
editarEm 2005, foi classificada como vulnerável na Lista de Espécies da Fauna Ameaçadas do Espírito Santo;[35] em 2017, como vulnerável (VU) na Lista Oficial das Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção do Estado da Bahia;[36] e em 2018, como pouco preocupante na Lista Vermelha do Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)[37][38] e em perigo na Lista das Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção no Estado do Rio de Janeiro.[39] A União Internacional para a Conservação da Natureza, em sua Lista Vermelha, avaliou a espécie como menos preocupante, sob argumento de que não há estudos acerca do número total de indivíduos que compões a espécie e porque ocorre em uma ampla distribuição geográfica.[1]
Referências
- ↑ a b c Gutiérrez-Cárdenas, P.; Rivas, G.; Caicedo, J. R.; Ouboter, P.; Hoogmoed, M. S.; Murphy, J. (2021). «Lachesis muta». União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN / IUCN). Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza. 2021: e.T62254A44946798. doi:10.2305/IUCN.UK.2021-3.RLTS.T62254A44946798.en . Consultado em 1 de maio de 2022
- ↑ a b c MCDiarmid, Roy Wallace; Campbell, Jonathan A.; Touré, T. (1999). Snake Species of the World: A Taxonomic and Geographic Reference, Volume 1. Washington, Distrito de Colúmbia: Herpetologists' League. 511 páginas. ISBN 1-893777-01-4
- ↑ a b Ferreira, A. B. H. (1986). Novo Dicionário da Língua Portuguesa 2.ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. p. 1634
- ↑ «Sucucucu». Michaelis. Consultado em 1 de maio de 2022
- ↑ a b Cremones, C. M. (2011). Estudo da ação antiofídica do extrato das folhas e do suco de graviola (Annona muricata) no envenenamento por Lachesis muta rhombeata (PDF). Ribeirão Preto: Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo. p. 76. Cópia arquivada (PDF) em 1 de maio de 2022
- ↑ Sampaio, Teodoro (1987). O Tupí na Geografia Nacional (TupGN). Rio de Janeiro: Cia. Editora Nacional. 359 páginas. ISBN 9788504002126
- ↑ Grande Dicionário Houaiss, verbete surucucu
- ↑ Grande Dicionário Houaiss, verbete surucucutinga
- ↑ Grande Dicionário Houaiss, verbete surucutinga
- ↑ Grande Dicionário Houaiss, verbete -tinga
- ↑ Martins, Valteir (2005). Reconstrução Fonológica do Protomaku Oriental. Col: LOT Dissertation Series. 104. Utreque: Escola Nacional de Pós-Graduação em Linguística, Universidade Livre de Amesterdã
- ↑ Rojas-Berscia, Luis Miguel (2019). From Kawapanan to Shawi: Topics in language variation and change. Nimegue: Universidade Radboud
- ↑ Manso, Laura Vicuña Pereira (2013). Dicionário da língua Kwazá. Guajará-Mirim: Universidade Federal de Rondônia
- ↑ Capixaba, Herpeto (22 de junho de 2023). «ORIGEM DO NOME DO GÊNERO LACHESIS, A SURUCU-PICO-DE-JACA-». HERPETO CAPIXABA. Consultado em 22 de abril de 2024
- ↑ Rosenthal, R.; Meier, J.; Koelz, A.; Müller, C.; Wegmann, W.; Vogelbach, P. (2001). «Intestinal ischemia after bushmaster (Lachesis muta) snakebite - a case report». Elsevier Science Ltd. doi:10.1016/S0041-0101(01)00203-3. Consultado em 1 de maio de 2022
- ↑ a b «Lachesis muta» (em inglês). ITIS (www.itis.gov). Consultado em 1 de maio de 2022
- ↑ a b Mehrtens, J. M. (1987). Living Snakes of the World in Color. Nova Iorque: Sterling Publishers. 480 páginas. ISBN 0-8069-6460-X
- ↑ Díaz-Riacuarte, Juan C.; Arteaga, Alejandro; Guayasaminc, Juan M. (20 de abril de 2020). «Amazonian Bushmaster (Lachesis muta)». Reptiles of Ecuador: Life in the middle of the world. doi:10.47051/BJCI8462
- ↑ a b c Poisonous Snakes of the World. Nova Iorque: U. S. Government / Dover Publications Inc. 1991. 203 páginas. ISBN 0-486-26629-X
- ↑ a b Argôlo 2004, p. 181.
- ↑ a b Bernarde, P. S. (2009). «Acidentes Ofídicos» (PDF). Universidade Federal do Acre - UFAC. Laboratório de Herpetologia - Centro Multidisciplinar - campus Floresta: 2. Consultado em 1 de maio de 2022
- ↑ Allf, B. C.; Durst, P. A.; Pfennig, D. W. (2016). «Behavioral plasticity and the origins of novelty: the evolution of the rattlesnake rattle». The American Naturalist. 188 (4): 475-483
- ↑ a b «Acidentes por animais peçonhentos - Serpentes». Ministério da Saúde. Maio de 2017. Consultado em 1 de maio de 2022
- ↑ a b Pinho, F. M. O.; Pereira, I. D. (janeiro–março de 2001). «Ofidismo». Revista da Associação Médica Brasileira. 47 (1): 24–29. ISSN 0104-4230. PMID 11340447. doi:10.1590/S0104-42302001000100026
- ↑ «Lachesis muta - The Silent Fate». Consultado em 2 de maio de 2022. Cópia arquivada em 3 de novembro de 2014
- ↑ Ripa, D. (2001). «Bushmasters and the Heat Strike». Venomous Reptiles. Consultado em 2 de abril de 2022. Cópia arquivada em 9 de abril de 2008
- ↑ Brown, J. H. (1973). Toxicology and Pharmacology of Venoms from Poisonous Snakes. Springfield, Ilinóis: Charles C. Thomas. 184 páginas. ISBN 0-398-02808-7
- ↑ a b Santos, Patty Karina dos (2013). Proteoma da peçonha de Lachesis muta rhombeata (PDF). São Carlos: Universidade Federal de São Carlos. Consultado em 1 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 1 de maio de 2022
- ↑ Borges, Célio Campos; Sadahiro, Megumi; Santos, Maria Cristina dos (novembro–dezembro de 1999). «Aspectos epidemiológicos e clínicos dos acidentes ofídicos ocorridos nos municípios do Estado do Amazonas». Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. 32 (6): 637–646. ISSN 0037-8682. doi:10.1590/S0037-86821999000600005
- ↑ Rodrigo C. G. de Souza; Ana Paula Bhering Nogueira; Tiago Lima; João Luiz C. Cardoso (2007). «The Enigma of the North Margin of the Amazon River : Proven Lachesis Bites in Brazil, Report of Two Cases, General Considerations about the Genus and Bibliographic Review» (PDF). Bull. Chicago Herp. Soc. 42 (7): 105–115. Consultado em 22 de março de 2022
- ↑ «List of Snakes of Trinidad and Tobago». Republic of Trinidad and Tobago Biodiversity Clearing House. Consultado em 2 de maio de 2022. Cópia arquivada em 8 de agosto de 2006
- ↑ Herklots, G. A. C. (1961). The Birds of Trinidad and Tobago. Londres: Collins. p. 10
- ↑ «'Globo Rural' destaca a maior serpente venenosa das Américas». 21 de agosto de 2015. Consultado em 1 de maio de 2022. Cópia arquivada em 1 de maio de 2022
- ↑ Brazil, T. K. (2010). Catálogo da fauna terrestre de importância médica na Bahia. Salvador: SciELO-EDUFBA. p. 49. Consultado em 14 de novembro de 2018
- ↑ «Lista de Espécies da Fauna Ameaçadas do Espírito Santo». Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (IEMA), Governo do Estado do Espírito Santo. Consultado em 7 de julho de 2022. Cópia arquivada em 24 de junho de 2022
- ↑ «Lista Oficial das Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção do Estado da Bahia.» (PDF). Secretaria do Meio Ambiente. Agosto de 2017. Consultado em 1 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 2 de abril de 2022
- ↑ «Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção» (PDF). Brasília: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ministério do Meio Ambiente. 2018. Consultado em 3 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 3 de maio de 2018
- ↑ «Lachesis muta (Linnaeus, 1766)». Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (SiBBr). Consultado em 1 de maio de 2022. Cópia arquivada em 10 de julho de 2022
- ↑ «Texto publicado no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro contendo a listagem das 257 espécies» (PDF). Rio de Janeiro: Governo do Estado do Rio de Janeiro. 2018. Consultado em 2 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 2 de maio de 2022
Bibliografia
editar- Argôlo, Antônio Jorge Suzart (2004). As serpentes dos cacauais do sudeste da Bahia (pdf). Ilhéus: Editus. ISBN 85-7455-067-1
- Bard, Ramiza; Lima, Jose Carlos R. de; Neto, Sa; Oliveira, Silas Guedes de; Santos, Maria Cristina dos; others (1994). «Ineficácia do antiveneno botrópico na neutralização da atividade coagulante do veneno de Lachesis muta muta: relato de caso e comprovação experimental». Rev. Inst. Med. Trop. Säo Paulo. 36 (1): 77–81. Consultado em 15 de novembro de 2016
- Bernarde, Paulo Sérgio (2009). Acidentes ofídicos (PDF). Rio Branco: UFAC-Acre. Consultado em 15 de novembro de 2016
- BERNARDE$^1$, Paulo Sérgio; de Oliveira GOMES, Jáson (2012). «Serpentes peçonhentas e ofidismo em Cruzeiro do Sul, Alto Juruá, Estado do Acre, Brasil» (PDF). Consultado em 15 de novembro de 2016
- Bernarde, Paulo Sergio (2011). «Mudanças na classificação de serpentes peçonhentas brasileiras e suas implicações na literatura médica». Gazeta Médica da Bahia (1). Consultado em 15 de novembro de 2016
- Bolaños, R.; Rojas, Oscar; Ulloa Flores, Carlos E. (1982). «Aspectos biomedicos de cuatro casos de mordedura de serpiente por Lachesis muta (Ophidia: Viperidae) en Costa Rica.». Rev. biol. trop. 30 (1): 53–8. Consultado em 15 de novembro de 2016
- Júnior, Arlindo Monteiro de Carvalho; Alencar, Valma Pereira de; Costa, Fábio Gonçalves da; Cabral, Berenice; Dias, Edenilza Pereira de Farias; Arruda Júnior, Evanizio Roque de (1994). «Acidentes ofídicos por surucucu (Lachesis muta rhombeata): relato de dois casos atendidos no HU / Two cases of Lachesis muta rhombeata bites victims». CCS. 13 (3): 11-4
- Cunha, Osvaldo Rodrigues da; Nascimento, Francisco Paiva do (1975). «Ofídios da Amazônia. VII. As serpentes peçonhentas do gênero Bothrops (jararacas) e Lachesis (surucucu) da região leste do Pará.(Ophidia, Viperidae)»
- Damico, Daniela CS; Bueno, Lilian GF; Rodrigues-Simioni, Léa; Marangoni, Sérgio; da Cruz-Höfling, Maria Alice; Novello, José Camillo (2005). «Neurotoxic and myotoxic actions from Lachesis muta muta (surucucu) whole venom on the mouse and chick nerve–muscle preparations». Toxicon. 46 (2): 222–229. Consultado em 15 de novembro de 2016
- Damico, Daniela CS; Lilla, Sérgio; de Nucci, Gilberto; Ponce-Soto, Luis A.; Winck, Flávia V.; Novello, José Camillo; Marangoni, Sérgio (2005). «Biochemical and enzymatic characterization of two basic Asp 49 phospholipase A 2 isoforms from Lachesis muta muta (Surucucu) venom». Biochimica et Biophysica Acta (BBA)-General Subjects. 1726 (1): 75–86. Consultado em 15 de novembro de 2016
- da Silva Damico, Daniela Carla; others (2006). «Ação neurotoxica, miotoxica e citotoxica do veneno de Lachesi muta muta (surucucu): caraterização bioquimica e biologica de uma PLA2 (LmTX-I) presente neste veneno». Consultado em 15 de novembro de 2016
- de Freitas, Marco Antonio (2014). «Squamate reptiles of the Atlantic Forest of northern Bahia, Brazil» (PDF). Check List. 10 (5): 1020–1030. Consultado em 15 de novembro de 2016
- Feio, Renato Neves; Caramaschi, Ulisses (2002). «Contribuição ao conhecimento da herpetofauna do nordeste do estado de Minas Gerais, Brasil». Phyllomedusa: Journal of Herpetology. 1 (2): 105–111. Consultado em 15 de novembro de 2016
- Ferreira, Tatiane; Camargo, Enilton A.; Ribela, Maria Teresa CP; Damico, Daniela C.; Marangoni, Sergio; Antunes, Edson; De Nucci, Gilberto; Landucci, Elen CT (2009). «Inflammatory oedema induced by Lachesis muta muta (Surucucu) venom and LmTX-I in the rat paw and dorsal skin». Toxicon. 53 (1): 69–77. Consultado em 15 de novembro de 2016
- Fuly, A. L.; Machado, O. L.; Alves, E. W.; Carlini, C. R. (1997). «Mechanism of inhibitory action on platelet activation of a phospholipase A2 isolated from Lachesis muta (Bushmaster) snake venom.». Thrombosis and haemostasis. 78 (5): 1372–1380. Consultado em 15 de novembro de 2016
- Fuly, André L.; de Miranda, Ana Luisa P.; Zingali, Russolina B.; Guimarães, Jorge A. (2002). «Purification and characterization of a phospholipase A 2 isoenzyme isolated from Lachesis muta snake venom». Biochemical pharmacology. 63 (9): 1589–1597. Consultado em 15 de novembro de 2016
- Jorge, Miguel Tanus; Sano-Martins, Ida S.; Tomy, Sandra C.; Castro, Sandra CB; Ferrari, Ronney A.; Ribeiro, Lindioneza Adriano; Warrell, David A. (1997). «Snakebite by the bushmaster (Lachesis muta) in Brazil: case report and review of the literature». Toxicon. 35 (4): 545–554. Consultado em 15 de novembro de 2016
- Junqueira-de-Azevedo, Inácio LM; Ching, Ana TC; Carvalho, Eneas; Faria, Fernanda; Nishiyama, Milton Y.; Ho, Paulo L.; Diniz, Marcelo RV (2006). «Lachesis muta (Viperidae) cDNAs reveal diverging pit viper molecules and scaffolds typical of cobra (Elapidae) venoms: implications for snake toxin repertoire evolution». Genetics. 173 (2): 877–889. Consultado em 15 de novembro de 2016
- Lang, Kirsty (6 de outubro de 2013). «Trying to save the heat-seeking Atlantic bushmaster». BBC News. Cópia arquivada em 1 de maio de 2022
- Lira-da-Silva, Rêjane M.; Mise, Yukari F.; Casais-e-Silva, Luciana L.; Ulloa, Jiancarlo; Hamdan, Breno; Brazil, Tania K.; others (2009). «Serpentes de importância médica do nordeste do Brasil». Gazeta Médica da Bahia. 79 (1). Consultado em 15 de novembro de 2016
- Martins, Marcio; Molina, F. de B. (2008). «Panorama geral dos répteis ameaçados do Brasil» (PDF). Livro vermelho da Fauna Brasileira ameaçada de extinção (ABM Machado, GM Drummond, AP Paglia, ed.). MMA, Brasília, Fundação Biodiversitas, Belo Horizonte: 327–334. Consultado em 15 de novembro de 2016
- Nascimento, Francisco Paiva do; Cunha, Osvaldo Rodrigues da (1975). «Ofídios da Amazônia. VII. As serpentes peçonhentas do gênero Bothrops (jararacas) e Lachesis (surucucu) da região leste do Pará.(Ophidia, Viperidae)». Consultado em 15 de novembro de 2016
- Pardal, Pedro Pereira de Oliveira; Bezerra, Ismael Silva; Rodrigues, Liliam da Silva; Pardal, Joseana Silva de Oliveira; Farias, Paulo Henrique Seabra de (2007). «Acidente por surucucu (Lachesis muta muta) em Belém-Pará: relato de caso». Revista Paraense de Medicina. 21 (1): 37–42. Consultado em 15 de novembro de 2016
- Sanchez, E. O.; Magalhaes, A. (1990). «Purification and partial characterization of an L-amino acid oxidase from bushmaster snake (Surucucu Pico de Jaca) Lachesis muta muta venom.». Brazilian journal of medical and biological research= Revista brasileira de pesquisas medicas e biologicas/Sociedade Brasileira de Biofisica...[et al.] 24 (3): 249–260. Consultado em 15 de novembro de 2016
- Sánchez, Eladio Flores; Magalhães, Arinos; Diniz, Carlos R. (1987). «Purification of a hemorrhagic factor (LHF-I) from the venom of the bushmaster snake, Lachesis muta muta». Toxicon. 25 (6): 611–619. Consultado em 15 de novembro de 2016
- Sanchez, Eladio F.; Santos, Claudia I.; Magalhaes, Arinos; Diniz, Carlos R.; Figueiredo, Suely; Gilroy, John; Richardson, Michael (2000). «Isolation of a proteinase with plasminogen-activating activity from Lachesis muta muta (bushmaster) snake venom». Archives of biochemistry and biophysics. 378 (1): 131–141. Consultado em 15 de novembro de 2016
- Sanz, Libia; Escolano, José; Ferretti, Massimo; Biscoglio, Mirtha J.; Rivera, Elena; Crescenti, Ernesto J.; Angulo, Yamileth; Lomonte, Bruno; Gutiérrez, José María; Calvete, Juan J. (2008). «Snake venomics of the South and Central American Bushmasters. Comparison of the toxin composition of Lachesis muta gathered from proteomic versus transcriptomic analysis». Journal of proteomics. 71 (1): 46–60. Consultado em 15 de novembro de 2016
- Zamudio, Kelly R.; Greene, Harry W. (1997). «Phylogeography of the bushmaster (Lachesis muta: Viperidae): implications for neotropical biogeography, systematics, and conservation». Biological Journal of the Linnean Society. 62 (3): 421–442. Consultado em 15 de novembro de 2016
- Zamudio, Kelly R.; Greene, Harry W. (1997). «Phylogeography of the bushmaster (Lachesis muta: Viperidae): implications for neotropical biogeography, systematics, and conservation». Biological Journal of the Linnean Society. 62 (3): 421–442. Consultado em 15 de novembro de 2016