Legio I Minervia
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Legio I Minervia (ou primeira legião de Minerva) foi uma legião do exército imperial romano recrutada pelo imperador Domiciano em 82. O último registro de atividade desta legião data do século IV, na fronteira do Reno. O símbolo desta legião era uma imagem da sua protetora, a deusa Minerva.
Legio I Minervia | |
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Mapa do Império Romano em 125, na época do imperador Adriano, mostrando a LEGIO I MINERVIA acampada às margens do rio Reno, em Bona (na Alemanha), na província da Germânia Inferior, entre 82 até o século IV. | |
País | Império Romano |
Corporação | Legião romana (Mariana) |
Missão | Infantaria (com alguma cavalaria de apoio) |
Denominação | Legio I Pia Fidelis Domitiana |
Criação | 82 d.C. até o século IV |
Mascote | Minerva |
História | |
Guerras/batalhas | Campanha germânica de Domiciano (83–85) Guerras Dácias de Trajano (105–106) Guerra romano-parta de 161-166 Guerras marcomanas (166–180) Campanha contra os caúcos (173) Defesa de Lugduno (198–211) Vexillationes da Legio I participaram de muitas outras campanhas. |
Logística | |
Efetivo | Variado ao longo dos séculos |
Comando | |
Comandantes notáveis |
Adriano Marco Aurélio Lúcio Vero Dídio Juliano |
Sede | |
Guarnições | Bona, Germânia Inferior (82–século IV) |
História
editarA I Minervia foi criada por Domiciano em 82 para integrar a sua campanha contra a tribo germânica dos catos. Após este conflito a legião foi aquartelada na cidade de Bona, que seria a sua base principal nos séculos seguintes. Em 89, a I Minervia colaborou na supressão de uma revolta do governador da Germânia Superior e, como agradecimento Domiciano, concedeu-lhe o cognome de "Pia Fidelis Domitiana" ("Leal e fiel a Domiciano").
Entre 101 e 106, a I Minervia participou nas Guerras Dácias de Trajano. Seu comandante durante este conflito foi o futuro imperador Adriano e o mérito das suas ações concedeu à legião a honra de figurar na Coluna de Trajano, o monumento erigido para comemorar os acontecimentos, um privilégio concedido a apenas quatro legiões. Após a pacificação da Dácia, a I Minervia regressou ao acampamento de Bona e, juntamente com a XXX Ulpia Victrix, estacionada em Castra Vetera (moderna Xanten, na Alemanha), participou em diversas atividades de construção civil ao longo das décadas seguintes.
A I Minervia esteve sempre associada aos exércitos do Reno, mas, apesar disso, a legião (ou suas vexillationes) participou em operações noutros pontos do Império, como a Guerra romano-parta de 161-166, sob a liderança de Lúcio Vero, as Guerras marcomanas (166–180), na época de Marco Aurélio, a campanha contra os caúcos (173), na Gália Belga, comandada pelo governador Dídio Juliano e a defesa de Lugduno (moderna Lyon, na França) entre 198 e 211, a capital da Gália Lugdunense.
Durante a crise do terceiro século, a I Minervia teve um papel político relevante ao apoiar a ascensão ao poder de diversos imperadores e facções distintas, inclusive Sétimo Severo, Heliogábalo, Alexandre Severo e os governantes do Império Gálico, que existiu entre 260 e 274. Em 353, Bona foi conquistada pelos francos e a I Minerva desaparece das fontes. Não há, no entanto, referências à sua destruição neste conflito.
Ligações externas
editar- «Legio I Minervia» (em inglês). Livius.org
- «Legio I Minervia Pia Fidelis» (em italiano). Legio I Minervia Pia Fidelis