Logóteta doméstico
Logóteta doméstico (em grego: λογοθέτης τῶν οἰκειακῶν; romaniz.: logothetēs tōn oikeiakōn), originalmente mestre doméstico ou mestre da residência (em grego: ὁ ἐπὶ τῶν οἰκειακῶν; romaniz.: epi tōn oikeiakōn; "a cargo dos ecíacos"), foi um oficial bizantino com vários deveres. Os ecíacos (em grego: οικειακοί; romaniz.: oikeiakoi; "pertencente ao lar") foram uma classe de altos funcionários seniores da morada imperial atestados nos século IX-X. A posição do chefe da classe (mestre dos ecíacos) apareceu possivelmente no século X, baseado em evidência sigilográfica, ou pelo menos antes de cerca de 1030.[1]
Suas funções exatas são incertas: Rodolphe Guilland considerou-o o sucessor do mestre do departamento especial (epi tou eidikou) como chefe do tesouro imperial privado,[2] enquanto Nikolaos Oikonomides pensou que administrou os domínios privados do imperador. O posto foi frequentemente combinado com outras posições, e cumpriu uma série de deveres judiciais e fiscais. No período Paleólogo, tornou-se o logóteta doméstico, que exerceu principalmente deveres judiciais e diplomáticos.[1]
Segundo o Livro dos Ofícios de pseudo-Codino, compilado em meados do século XIV, o logóteta doméstico ocupou a posição 39 na hierarquia imperial, entre o pretor do povo e o grande logariasta,[3] mas deteve nenhuma função oficial.[4] Seu uniforme cortesão consistiu de um turbante (facéole) e um sobretudo chamado epilúrico.[5]
Referências
- ↑ a b Kazhdan 1991, p. 1515.
- ↑ Guilland 1971, p. 95-96.
- ↑ Verpeaux 1966, p. 138.
- ↑ Verpeaux 1966, p. 182.
- ↑ Verpeaux 1966, p. 161.
- Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Logothetes ton oikeiakon», especificamente desta versão.
Bibliografia
editar- Guilland, Rodolphe (1971). «Les Logothètes: Etudes sur l'histoire administrative de l'Empire byzantin». Revue des études byzantines. 29 (29). doi:10.3406/rebyz.1971.1441
- Kazhdan, Alexander Petrovich (1991). The Oxford Dictionary of Byzantium. Nova Iorque e Oxford: Oxford University Press. ISBN 0-19-504652-8
- Verpeaux, Jean (1966). Pseudo-Kodinos, Traité des Offices. Paris: Éditions du Centre National de la Recherche Scientifique