Lucía Pinochet
Inés Lucía Pinochet Hiriart, mais conhecida como Lúcia Pinochet (Santiago, 14 de dezembro de 1943) é uma política chilena. Ela é a primogênita do ex-militar e ex-presidente chileno Augusto Pinochet e desempenhou um papel ativo no governo de seu pai. Foi concejala pela comuna de Vitacura durante o período de 2008 a 2012.
Lucía Pinochet | |
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Nascimento | 14 de dezembro de 1943 Santiago |
Cidadania | Chile |
Progenitores | |
Cônjuge | Roberto Thieme |
Irmão(ã)(s) | Augusto Pinochet Hiriart |
Alma mater |
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Ocupação | política, professora |
Movimento estético | chilean nationalism, Pinochetismo |
Vida pública
editarDurante o regime militar liderado por seu pai, fundou e dirigiu várias instituições: foi fundadora e presidente — entre 1977 e 1982 — da Corporación de Estudios Nacionales; criou a Fundación Nacional de la Cultura, da qual é presidente desde 1982; e fundou o Instituto Profesional de Estudios Superiores "Luis Galdames", que dirigiu entre 1985 e 1992. Entre 1995 e 1998 foi membro do Diretório da Fundación Augusto Pinochet.[1]
Acusada de fraude fiscal, viajou para os Estados Unidos em janeiro de 2006, onde pediu asilo político[2] , mas foi deportada para a Argentina, o último país onde esteve. No funeral de seu pai, no mesmo ano, fez um discurso em nome da família Pinochet-Hiriart, onde justificou o golpe de Estado de 11 de setembro de 1973 afirmando que Augusto Pinochet havia acendido "a chama da liberdade" em seu país após o governo de Salvador Allende.[3]
Em 13 de setembro de 2007, Lucía Pinochet anunciou a sua intenção de lançar sua candidatura independente a deputada pelo distrito 23 (Las Condes, Vitacura, Lo Barnechea) em Santiago. No entanto, foi presa em outubro do mesmo ano pelo caso Riggs, juntamente com sua mãe e quatro irmãos, além de outras dezessete pessoas (incluindo dois generais, um de seus ex-advogados e sua ex-secretária). Eles foram acusados de malversação de fundos, uso de passaportes falsos e de ter transferido ilegalmente US$ 27 milhões (£ 13,2 milhões) para bancos estrangeiros durante o regime de Pinochet.[4][5]
Pinochet foi eleita concejal de Vitacura, distrito do setor nordeste de Santiago, nas eleições municipais de 2008, onde recebeu cerca de 16% dos votos, terminando em segundo lugar.[6] Seu mandato expirou em 6 de dezembro de 2012.
Ligações externas
editarBibliografia
editar- CONSTABLE, Pamela & VALENZUELA, Arturo. A nation of enemies. Chile under Pinochet. New York: Norton&Company, 1991.
- FREDRIGO, Fabiana. Ditadura e resistência no Chile: da democracia desejada à transição possível (1973-1989). Franca: Unesp-Franca, 1998.
- GARRETÓN, Manuel Antonio. Incomplete democracy. Political democratization in Chile and Latin America. Chapel Hill: University of North Carolina Press, 2003.
- HOUTZAGER, Peter P. & KURTZ, Marcus J. “The Institutional Roots of Popular Mobilization: State Transformation and Rural Politics in Brazil and Chile, 1960-1995”. Comparative Studies in Society and History, vol.42, n.2, 2000, pp.394-424.
- KURTZ, Markus. “Chile's Neo-Liberal Revolution: Incremental Decisions and Structural Transformation, 1973-89”, Journal of Latin American Studies, vol.31, n.2, 1999, pp. 399-427.
- LEAR, John & Collins, Joseph. “Working in Chile's Free Market”. Latin American Perspectives, vol.22, n.1, 1995, pp.10-29.
Referências
- ↑ «Inés Lucía Pinochet Hiriart» (PDF). vitacura.cl. Consultado em 24 de junho de 2017. Arquivado do original (PDF) em 21 de novembro de 2011
- ↑ «Lucía Pinochet Hiriart pide asilo político en Estados Unidos». La Tercera. 26 de janeiro de 2006[ligação inativa]
- ↑ «La hija de Pinochet reivindicó el golpe de 1973». La Nación. 12 de dezembro de 2006
- ↑ «Pinochet family arrested in Chile» (em inglês). BBC. 4 de outubro de 2007
- ↑ «Cobertura Especial: Detienen a familia y principales colaboradores de Pinochet». La Tercera. 4 de outubro de 2007. Consultado em 24 de junho de 2017. Arquivado do original em 11 de outubro de 2007
- ↑ «Lucía Pinochet fue electa concejal de Vitacura con segunda mayoría». EMOL. 27 de outubro de 2008