Luisinho das Arábias

futebolista brasileiro

Luís Alberto Duarte dos Santos, mais conhecido como Luizinho das Arábias (Petrópolis, 13 de novembro de 1957[1]Belém, 8 de maio de 1989) foi um futebolista brasileiro que atuou como atacante.[2]

Luizinho das Arábias
Informações pessoais
Nome completo Luís Alberto Duarte dos Santos
Data de nascimento 13 de novembro de 1957
Local de nascimento Petrópolis, Rio de Janeiro, Brasil
Nacionalidade brasileiro
Data da morte 8 de maio de 1989 (31 anos)
Local da morte Belém, Pará, Brasil
Altura 1,80 m
Apelido Luizinho das Arábias
Informações profissionais
Período em atividade 1977–1989 (13 anos)
Posição atacante
Clubes de juventude

Portuguesa-RJ
Clubes profissionais
Anos Clubes Jogos e gol(o)s
1977–1978
1978
1979
1980
1980
1980–1981
1981–1983
1983
1984
1984
1985
1985–1986
1986
1986
1987
1988
1988
1988
1989
Portuguesa-RJ
EC Juventude (emp.)
Flamengo
Al Nassr
Flamengo
Bangu
Campo Grande-RJ
Fortaleza (emp.)
Bangu
Botafogo
Desportiva Ferroviária
Ferroviário
XV de Jaú (emp.)
Fortaleza
Paysandu
Porto Alegre-RJ
Ferroviário
Paysandu
Remo
0000? 000(17)
00023 0000(2)
00030 0000(8)

00003 0000(1)

00060 000(48)
00020 000(33)

00012 0000(2)

Recebeu o apelido do repórter Washington Rodrigues, o "Apolinho", que ao recepcioná-lo, ao vivo para a rádio, identificou o atacante como "Luizinho, o da Arábia".[2]

O atleta marcou 165 gols na carreira, entre o dia 17 de abril de 1977, defendendo a Portuguesa do Rio, e o dia 24 de abril de 1989, defendendo o Remo.

Carreira

editar

Tinha apenas 13 anos, quando foi convidado para ir treinar nas equipes infantis da Portuguesa do Rio.[3] Iniciou sua carreira no profissional da Portuguesa[4] em 1977.[3] Pelo clube, marcou onze gols no Campeonato Carioca de 1978.[5]

Ainda em 1978, esteve no Juventude por três meses para disputar o Campeonato Brasileiro.[3][5]

Após se destacar, foi contratado pelo Flamengo em 1979 por 1,5 milhão.[5] Foi Campeão Carioca duas vezes naquele ano, marcando seis gols no Campeonato.[6]

No dia 6 de abril de 1979, em partida entre Flamengo e Atlético Mineiro em prol dos atingidos pelas fortes chuvas que caíram sobre Minas Gerais, substituiu Pelé, que atuava pelo time carioca, e marcou um dos gols da goleada por 5 a 1.[3]

Saiu do Flamengo para o Al Nassr, clube da Arábia Saudita, onde jogou jogou seis meses e foi campeão saudita em 1980[2], marcando o gol do titulo nacional frente ao maior rival Al-Hilal, que contava com Roberto Rivellino[3].

Ao final do contrato, Luizinho estava de volta ao Flamengo.[3] Em pouco mais de um ano com a camisa rubro negra, atuou em 33 jogos e marcou nove gols.

Em 1980, Castor de Andrade contratou-o para o Bangu.[3] Teve boas atuações no clube, onde ficou até 1981, quando foi contratado pelo Campo Grande-RJ.[3]

No Campeonato Carioca de 1981, marcou 17 gols pelo Campo Grande.[7] Em 1982, conquistou a Taça de Prata com o clube[2][8][7][9] e foi o artilheiro da competição, com 10 gols.[10]

Em 1983, foi emprestado ao Fortaleza[4], onde foi artilheiro do Campeonato Cearense com 33 gols[2][11], dois deles marcados na final contra o Ferroviário[1][12][13].[14]

Em 1984, atuou pelo Botafogo, onde marcou dois gols.

Em 1985, chegou ao Ferroviário[15], onde marcou 24 gols no estadual, do qual foi o artilheiro[2][16][11].

Em 1986, atuou pelo XV de Jaú por empréstimo.[17] Voltou ao Ferroviário[18] e foi vice-artilheiro do Estadual com 18 gols[13]. Após o Estadual, voltou a defender pela última vez a camisa do Fortaleza no Campeonato Brasileiro de 1986.[13]

Jogou em 1986 e 1988[19] no Paysandu[12] e ganhou o Campeonato Paraense em 1987[2][20].

Iniciou 1988 pelo Porto Alegre-RJ.[21] No mesmo ano, teve uma nova passagem pelo Ferroviário, quando disputou somente o 1º turno do estadual.[13]

Em 1989, foi para o Remo.[12] Lá, anotou quatro gols na campanha do título paraense de 1989, porém na metade do primeiro turno veio a falecer.[12]

Na época em que defendia o Fortaleza. começou a sentir dores no peito, meses antes de morrer.[1]

No ano seguinte, atuava pelo Remo e, em seu último jogo, não esteve bem na partida contra o Tiradentes pelo Campeonato Paraense[22]. O atacante teria se queixado de falta de disposição física, sentindo as pernas pesadas. No dia seguinte, sofreu um infarto fulminante em seu apartamento e ficou dois dias sem aparecer no clube.[1][22] Só então a porta do local onde residia foi arrombada e constatou-se o óbito.[1][23]

Em 2013, foi homenageado no livro "Sai o Rei, entra Luizinho - Biografia do ex-jogador de futebol Luizinho das Arábias".[24][11]

Títulos

editar
Flamengo
Al Nassr
Campo Grande-RJ
Fortaleza
Paysandu

Artilharia

editar

Referências

  1. a b c d e «Luizinho das Arábias - Que fim levou?». Terceiro Tempo. Consultado em 8 de abril de 2024 
  2. a b c d e f g «Notícias». Museu do Futebol. Consultado em 8 de abril de 2024 
  3. a b c d e f g h «O homem que substituiu Pelé: Luizinho, um artilheiro das Arábias -». blogdopaulinho.com.br. Consultado em 9 de abril de 2024 
  4. a b Migueres, Marcelo; Unzelte, Celso Dario (2004). Grandes clubes brasileiros. [S.l.]: Viana & Mosley 
  5. a b c Abril, Editora (12 de janeiro de 1979). Placar Magazine. [S.l.]: Editora Abril 
  6. «Flamengo estreia no Carioca nesta quarta-feira. Relembre as conquistas rubro-negras de forma invicta - Flamengo». www.flamengo.com.br. 24 de janeiro de 2022. Consultado em 9 de abril de 2024 
  7. a b «Hoje tem gol do Luisim: A campanha do Campo Grande campeão da Taça de Prata de 1982 | Última Divisão». 20 de janeiro de 2020. Consultado em 8 de abril de 2024 
  8. Abril, Editora (14 de janeiro de 1983). Placar Magazine. [S.l.]: Editora Abril 
  9. Pedrosa, Danillo. «O projeto ambicioso para levar o Campo Grande de volta à elite do futebol nacional | Esporte | O Dia». odia.ig.com.br. Consultado em 9 de abril de 2024 
  10. lance. «Da Taça de Prata à Série C carioca: Campo Grande renasce das cinzas». Terra. Consultado em 9 de abril de 2024 
  11. a b c «Luizinho das Arábias entra em campo | Coluna Bola Cultural | O POVO». www20.opovo.com.br. Consultado em 9 de abril de 2024 
  12. a b c d Online, DOL-Diário (8 de maio de 2020). «Tragédia envolvendo atacante do Remo completa 31 anos nesta sexta». DOL - Diário Online. Consultado em 8 de abril de 2024 
  13. a b c d «ÓTIMO DOCUMENTÁRIO SOBRE O ÍDOLO LUIZINHO DAS ARÁBIAS». ALMANAQUE DO FERRÃO. 29 de maio de 2022. Consultado em 9 de abril de 2024 
  14. a b Abril, Editora (30 de dezembro de 1983). Placar Magazine. [S.l.]: Editora Abril 
  15. Abril, Editora (27 de setembro de 1985). Placar Magazine. [S.l.]: Editora Abril 
  16. a b Guedes, Maria Helena (21 de março de 2017). As Grandes Ferrovias !. [S.l.]: Clube de Autores 
  17. Abril, Editora (21 de abril de 1986). Placar Magazine. [S.l.]: Editora Abril 
  18. Abril, Editora (16 de junho de 1986). Placar Magazine. [S.l.]: Editora Abril 
  19. Abril, Editora (24 de junho de 1988). Placar Magazine. [S.l.]: Editora Abril 
  20. a b Abril, Editora (7 de setembro de 1987). Placar Magazine. [S.l.]: Editora Abril 
  21. Abril, Editora (29 de janeiro de 1988). Placar Magazine. [S.l.]: Editora Abril 
  22. a b Abril, Editora (12 de maio de 1989). Placar Magazine. [S.l.]: Editora Abril 
  23. Online, DOL-Diário (9 de maio de 2015). «Em 89, futebol perdia Luizinho das Arábias». DOL - Diário Online. Consultado em 9 de abril de 2024 
  24. «Notícias». Museu do Futebol. Consultado em 8 de abril de 2024 
  25. Assaf, Clóvis Martins e Roberto (7 de dezembro de 2023). História dos Campeonatos Cariocas de Futebol 1906-2023. [S.l.]: Mauad Editora Ltda 
  26. Assaf, Roberto (1997). Campeonato carioca: 96 anos de história, 1902-1997. [S.l.]: Irradiação Cultural