Luciano Barbosa da Silva, mais conhecido como Lulu da Rocinha (Rio de Janeiro, 21 de julho de 1977Rio de Janeiro, 9 de abril de 2004) foi um criminoso brasileiro do Rio de Janeiro, responsável pelo tráfico de drogas na favela da Rocinha, de 1995 a 2004. De perfil assistencialista, e querido pela comunidade, despertava menos pavor na favela, que seu sucessor Dudu da Rocinha, que era conhecido por sua crueldade.[1]

Lulu da Rocinha
Data de nascimento 21 de julho de 1977
Local de nascimento Rio de Janeiro,  Rio de Janeiro
Data de morte 9 de abril de 2004 (26 anos)
Local de morte Rio de Janeiro,  Rio de Janeiro
Nacionalidade(s) Brasil brasileira
Crime(s) tráfico de drogas, formação de quadrilha e homicídio

Família

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Lulu da Rocinha pertencia a uma notoria familia de traficantes: ele era sobrinho de Denir Leandro da Silva ("Dênis da Rocinha"), o traficante que dominou a Favela da Rocinha por mais tempo que qualquer outro traficante (ele comandou por 20 anos) e irmão mais novo do traficante Cassiano Barbosa da Silva, que comandou a Rocinha até ser morto em confronto com a Polícia Militar em 14 de Junho de 1988.[2][3]

Lulu porém acabaria traído por sua facção, o Comando Vermelho, que no dia 9 de abril de 2004, autorizou a invasão da favela por Dudu. A tentativa de invasão, deixou um rastro de mortes pela zona sul da cidade. Após dias de guerra, a polícia entrou na favela, sendo que dois dias após a ocupação da Rocinha, o traficante foi morto de forma suspeita pelo Batalhão de Operações Especiais (BOPE). Apesar dos jornais informarem no dia seguinte que houve troca de tiros entre Lulu e o BOPE, testemunhas oculares afirmam que Lulu e um amigo estavam desarmados e não houve troca de tiros. No corpo de Lulu havia marcas de facadas [4].

Legado

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Após a morte de Lulu, a quadrilha que dominava a Rocinha se dividiu, com alguns traficantes permanecendo fiéis ao Comando Vermelho e outros passando para o lado da facção Amigos dos Amigos.[5] Após um período de disputas entre os dois grupos, marcado por traições e muitas mortes de grandes chefões locais, onde permaneceu na comunidade o medo de um possível retorno do traficante Dudu, o comando da favela foi parar nas mãos do terceiro na linha sucessória de Lulu, o traficante Bem-Te-Vi.

Referências

  1. Extra (11 de abril de 2009). «Cercado pelo Bope, Lulu é morto no alto da Rocinha». Consultado em 14 de dezembro de 2011 
  2. Diario do Grande ABC (14 de abril de 2004). «Lulu, chefe do tráfico na Rocinha, é morto». Consultado em 28 de novembro de 2024 
  3. Jornal Extra (12 de novembro de 2011). «Rocinha: história do crime na favela é marcada pela disputa pelo tráfico». Consultado em 28 de novembro de 2024 
  4. Glenny, Misha (2016). O dono do morro: um homem e a batalha pelo Rio. São Paulo: Companhia das letras. 160 páginas 
  5. [1]