Luzula forsteri
Luzula forsteri (Sm.) DC. (1806) é uma planta herbácea da família das juncáceas. A espécie tem distribuição natural no sudoeste da Europa, Norte de África e Médio Oriente, sendo comum no sub-bosque das florestas xerofíticas das regiões rochosas de solos pobres da Península Ibérica.[1][2]
Luzula forsteri | |||||||||||||||
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Classificação científica | |||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||
Luzula forsteri (Sm.) DC. (1806) |
Descrição
editarL. forsteri é uma planta herbácea cespitosa que se mantém perene através de rizomas. O caule é erecto, de 15–40 cm de altura.[1]
As folhas são lineares, planas, lustrosas, com longos cílios brancos nos seus bordos, com até 3,5 (-5) mm de largura.
As flores são solitárias, dispostas em panículas muito laxas, com 6 peças periânticas de coloração castanha, relativamente escura, de 3,5–5 mm de comprimento, agudas, com margens que terminan em estruturas delgadas e translúcidas (escariosas). Floresce na primavera e princípios do verão.[1]
O fruto é uma cápsula globosa que contém três sementes.[1]
Ocorre em habitats xerofíticos, com destaque para os azinhais e montados, pinhais e bosques de Quercus pyrenaica do sudoeste da Europa.
A etimologia do nome genérico Luzula que deriva da palavra italiana luciola, que significa "brilhar", uma referência às folhas lustrosas típicas deste género. O epíteto específico forsteri é uma homenagem ao botânico Georg Forster.
Sinonímia
editarLuzula forsteri (Sm.) DC., Syn. Pl. Fl. Gal.: 150 (1806). Canárias, Norte de África, Europa até ao Irão.
- Juncus forsteri Sm., Fl. Brit. 3: 1395 (1804).
- Luciola forsteri (Sm.) Sm., Engl. Fl. 2: 179 (1824).
- Nemorinia forsteri (Sm.) Fourr., Ann. Soc. Linn. Lyon, n.s., 17: 172 (1869).
- Juncoides forsteri (Sm.) Kuntze, Revis. Gen. Pl. 2: 724 (1891).
- Luzula vernalis subsp. forsteri (Sm.) Bonnier & Layens, Tabl. Syn. Pl. Vasc. France: 322 (1894).
- Luzula gesneri Bubani, Fl. Pyren. 4: 170 (1901), nom. superfl.
- Pterodes forsteri (Sm.) Börner, Fl. Deut. Volk.: 722 (1912).
subsp. caspica Novikov, Novosti Sist. Vyssh. Rast. 27: 18 (1990). Turquia a norte do Irão.
- Luzula caspica Rupr. ex Bordz., Izv. Kievsk. Bot. Sada 7: 5 (1928), nom. inval.
- Luzula forsteri var. latifolia Bordz., Izv. Kievsk. Bot. Sada 7: 5 (1928).
subsp. forsteri Canárias, Norte de África, Europa até ao Cáucaso
- Luzula callosa Raf., Autik. Bot.: 193 (1840).
- Luzula decolor Webb & Berthel., Hist. Nat. Iles Canaries 2(3): 350 (1848).
subsp. rhizomata (Ebinger) Z.Kaplan, Preslia 73: 60 (2001) Europa até ao norte do Irão.
- Luzula forsteri var. rhizomata Ebinger, Mem. New York Bot. Gard. 10(5): 289 (1964).[3]
Notas
- ↑ a b c d M. Luceño Garcés (1998). Ávila:Caja de Ávila, ed. Flores de Gredos. [S.l.: s.n.] ISBN 84-930203-0-3
- ↑ «Luzula forsteri (Sm.) DC.». USDA. PLANTS Profile. Consultado em 5 de abril de 2013
- ↑ «Luzula forsteri». Royal Botanic Gardens, Kew: World Checklist of Selected Plant Families. Consultado em 27 de março de 2010
Referências
editar- Aichele, D., Golte-Bechtle, M.: Was blüht denn da: Wildwachsende Blütenpflanzen Mitteleuropas. Kosmos Naturführer (1997)
- Brankačk, Jurij: Wobrazowy słownik hornjoserbskich rostlinskich mjenow na CD ROM. Rěčny centrum WITAJ, wudaće za serbske šule. Budyšin 2005.
- Kubát, K. (Hlavní editor): Klíč ke květeně České republiky. Academia, Praha (2002)
- Lajnert, Jan: Rostlinske mjena. Serbske. Němske. Łaćanske. Rjadowane po přirodnym systemje. Volk und Wissen Volkseigener Verlag Berlin (1954)
- Rězak, Filip: Němsko-serbski wšowědny słownik hornjołužiskeje rěče. Donnerhak, Budyšin (1920)