Múcio Scevola Lopes Teixeira (Porto Alegre, 13 de setembro de 1857Rio de Janeiro, 8 de agosto de 1926), conhecido pelo pseudônimo "Barão Ergonte", foi um escritor, jornalista, diplomata e poeta brasileiro.

Múcio Teixeira
Múcio Teixeira
Nascimento Múcio Scevola Lopes Teixeira
13 de setembro de 1857
Porto Alegre
Morte 8 de agosto de 1926
Rio de Janeiro
Cidadania Brasil
Ocupação jornalista, escritor, poeta

Biografia

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Filho de Manuel Lopes Teixeira e Maria José Sampaio Teixeira, foi aluno do Colégio Gomes, em Porto Alegre, e um dos fundadores da Sociedade Partenon Literário[1] e da Sociedade Ensaios Literários.[2] Colaborou com o jornal literário Álbum do Domingo.[3]

Era cônsul do Brasil na Venezuela em 1889, quando da Proclamação da República. Em 1896 mudou-se para a Bahia, onde tornou-se amigo da família de Castro Alves. Maçom, em 1898 fundou a Grande Oriente do Rio Grande do Sul, junto com Luís Afonso de Azambuja e João Pereira Maciel Sobrinho, separando a maçonaria rio-grandense da maçonaria do Rio de Janeiro.[4]

Em 1899 passou a residir no Rio de Janeiro com a esposa e seus seis filhos (entre eles, Múcio Teixeira Júnior que, em 1913, foi morar em Campo Grande, onde foi proprietário do Ateneu Rui Barbosa, tradicional colégio da época).

Em 1901 teceu severas críticas, no Jornal do Brasil, às recém lançadas Poesias Completas de Machado de Assis.

Ao saber da morte de Vitor Hugo, organizou uma obra em sua homenagem, a Hugonianas, coleção de alguns de seus poemas traduzidos para a língua portuguesa.

Nos seus últimos anos, dedicando-se ao ocultismo, escreveu sob o pseudônimo Barão Ergonte. É patrono de uma das cadeiras da Academia Rio-Grandense de Letras e da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras. Foi um dos autores mais prolíficos de seu tempo, escrevendo mais de setenta obras, entre ensaios, romances, dramas e biografias.

Algumas obras

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  • Vozes trêmulas (1873)
  • Violetas (1875)
  • Sombras e Clarões (1877)
  • Flôr de um dia (1878)
  • O Inferno Político (1879)
  • Cérebro e Coração (1879)
  • Novos Ideaes (1880)
  • A Virtude no Crime (1881)
  • Memorias (1881)
  • A Canôa da Escravidão (1882)
  • O Tribuno-Rei (1882)
  • Prismas e vibrações (1882)
  • Fausto e Margarida (1883)
  • Hugonianas (1885)
  • Poesias e Poemas (1888)
  • Calabar
  • Os minuanos
  • Os gaúchos
  • A urucubaca
  • Álvaro, o farrapo
  • Amar por medo
  • Brasas e cinzas
  • Campo santo
  • Cantos e contos
  • Vida e obra de Castro Alves

Referências

  1. «Artistas Gaúchos - escritores, atores, músicos, artistas do Rio Grande do Sul / RS». www.artistasgauchos.com.br. Consultado em 4 de agosto de 2021 
  2. Boeira, Luciana Fernandes. Entre História e Literatura: a formação do Panteão Rio-Grandense e os primórdios da escrita de história do Rio Grande do Sul no século XIX. Mestrado. UFRGS, 2009p. 140
  3. Ferreira, Athos Damasceno. Imprensa literária de Porto Alegre no século XIX. EdUFRGS, 1975, p. 103
  4. Múcio Scévola Lopes Teixeira; bndigital.bn.gov.br

Fontes

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  • «Jornal de Poesia» 
  • Moreira, Maria Eunice (coordenadora). Narradores do Partenon Literário. Primeiros Textos Vol. 3. Instituto Estadual do Livro, Porto Alegre, 2002.