Macrauchenia
A macrauquênia (Macrauchenia patachonica) foi a última espécie de animais da ordem dos litopternos, que existiu apenas na América do Sul. Viveu de 7.000.000 a.C. a cerca de 18.000 a.C.
Macrauchenia | |||||||||||||
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Estado de conservação | |||||||||||||
Pré-histórica | |||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||
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Distribuição geográfica | |||||||||||||
Espécies | |||||||||||||
Macrauchenia patagnica Macrauchenia boliviensis |
A primeira descoberta de um fóssil desta espécie, na Patagônia Argentina, foi de autoria de Charles Darwin, durante sua histórica viagem a bordo do HMS Beagle em 1834. Darwin repassou o fóssil ao paleontólogo britânico Richard Owen,[1] que descreveu a espécie. Posteriormente foram encontrado ossos de macrauquênia no Brasil, Bolívia, Paraguai, Chile e Uruguai.
Eram herbívoros do tamanho de um camelo, com cabeça pequena, pés com três dedos (como os rinocerontes) e narinas entre os olhos, provavelmente ligadas a uma tromba, como a das antas, do tamanho de uma bota. Suas pernas dianteiras eram mais longas que as traseiras, como as das girafas, o que não é típico de animais muito velozes. Porém, também eram resistentes a tensões resultantes de mudanças de direção, o que indica que tinha boa esquiva e era capaz de escapar de predadores poderosos, mas menos ágeis, como o Smilodon. Também era, provavelmente, um bom nadador e ocupava um nicho ecológico similar ao das girafas, apesar do seu pescoço não ser tão longo. Pode ter evoluído de animais do gênero Promacrauchenia, que, para alguns autores, é considerado sinônimo de Macrauchenia.
Uma espécie relacionada, Macrauchenia boliviensis viveu na Bolívia durante o Plioceno.
Em 2017, pesquisadores da Universidade de Potsdam, na Alemanha, e do Museu Americano de História Natural, nos Estados Unidos, conseguiram pela primeira vez recuperar o DNA de uma macrauquênia descoberta em uma cova no sul do Chile. Utilizando uma técnica que possibilitou completar os segmentos genéticos danificados pelo passar do tempo, reconstruindo quase 80% do genoma mitocondrial da espécie, o estudo concluiu que os parentes atuais mais próximos das macrauquênias seriam os perissodáctilos, dos quais sua linhagem teria se separado há 66 milhões de anos.[2]
Referências
- ↑ Zero Hora (27 de junho de 2017). «Animal 'mais estranho já descoberto' de Darwin encontra uma família». Consultado em 28 de junho de 2017
- ↑ UOL (27 de junho de 2017). «Animal que desconcertou Darwin encontra lugar na "árvore da vida"». Consultado em 28 de junho de 2017