Macrofamília
Na linguística histórica, uma macrofamília, também chamada de superfamília ou filo, é uma proposta de relação genética que agrupa famílias linguísticas (também isoladas) em uma classificação de maior escala.[1][2] No entanto, Campbell[3] considera este termo supérfluo, preferindo “família linguística” para aquelas classificações para as quais há consenso e “relação genética distante” para aquelas para as quais não há, ou ainda não há, consenso, seja por falta de documentação ou estudos das línguas constituintes, ou a uma profundidade de tempo estimada que muitos linguistas consideram ser demasiado grande para reconstrução.
Mais raramente, o termo também pode ser aplicado a uma família linguística excepcionalmente antiga, grande e diversificada, tal qual a afro-asiática.[4]
Exemplos de macrofamílias propostas variam de relativamente recentes,[1][5] como as línguas leste-asiáticas, macro-jê, macro-waikurúan, macro-maia, macro-siouan, penutianas, na-dene e congo-saarianas (níger-saarianas) até os mais antigos como o áustrico, o dene-caucasiano, o eurasiático, o nostrático ou o uralo-altaico.
Ver também
editarReferências
editar- ↑ a b Campbell, Lyle and Mixco, Mauricio J. (2007), A Glossary of Historical Linguistics, University of Utah Press/Edinburgh University Press.
- ↑ Matthews, P.H. (2007), Oxford Concise Dictionary of Linguistics, Oxford University Press.
- ↑ Campbell, Lyle (2004), Historical Linguistics: An Introduction, Edinburgh University Press.
- ↑ Diakonoff, Igor M. (1996), "Some reflections on the Afrasian linguistic macrofamily." Journal of Near Eastern Studies 55, 293–294.
- ↑ Trask, R.L. (2000), The Dictionary of Historical and Comparative Linguistics, Edinburgh University Press.