Associação Desportiva Jaraguá

(Redirecionado de Malwee Futsal)

A Associação Desportiva Jaraguá, ou simplesmente Jaraguá Futsal, é um clube de futsal brasileiro da cidade de Jaraguá do Sul, Santa Catarina. Fundado em 15 de fevereiro de 1992, está entre as principais equipes da modalidade no Brasil.

Jaraguá Futsal
Futsal
Associação Desportiva Jaraguá
Nome Associação Desportiva Jaraguá
Alcunhas Locomotiva Amarela
Mascote Raposa
Adepto Jaraguaense
Aurinegro
Principal rival Joinville
Carlos Barbosa
Informações
Cidade Jaraguá do Sul, Santa Catarina
Competição Liga Nacional de Futsal
Copa do Brasil
Supercopa do Brasil
Copa Sul
Campeonato Catarinense
Fundação 15 de fevereiro de 1992 (32 anos)
Pavilhão Arena Jaraguá
(capacidade: 8.500 pessoas)
Presidente Wandair José Garcia
Treinador Xande Melo
Material Sport+
Equipamentos
Cores do Time
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Principal
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Alternativo
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Terciário
Página oficial

O clube se destacou nacionalmente após se associar à Malwee, uma das maiores empresas do ramo têxtil do país, formando a histórica parceria que, de 2001 a 2010, proporcionou alto nível de estrutura e grandes contratações. Desde então, se tornou uma potência do esporte: a equipe ostenta 12 títulos catarinenses, 4 Superligas, 7 Taças Brasil, 6 Libertadores e 5 Ligas Nacionais, entre muitos outros títulos.

Nos últimos anos, o Jaraguá se reestruturou com o retorno de grandes nomes de sua história e reafirmou sua posição de destaque no futsal brasileiro ao vencer o pentacampeonato da Liga Nacional, em 2024. Atualmente, divide o posto de maior campeão nacional e continental com a equipe de Carlos Barbosa.

História

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O Jaraguá Futsal começou sua trajetória no final dos anos 90, com o apoio da rede de supermercados Breithaupt, conquistando o bicampeonato catarinense em 1999 e 2000. A partir de 2001, com o patrocínio da Malwee, o clube passou a se destacar no cenário nacional e iniciou uma era de ouro no futsal brasileiro[1].

Entre 2002 e 2006, o Jaraguá dominou o futsal catarinense ao vencer cinco títulos estaduais consecutivos. Em 2005, alcançou um marco importante ao conquistar sua primeira Liga Nacional de Futsal, competição de maior prestígio no Brasil[2]. Nesse mesmo período, o time venceu seis edições consecutivas da Taça Brasil de Futsal, de 2003 a 2008, além do hexacampeonato seguido da Copa Libertadores da modalidade, entre 2004 e 2009.

O ano de 2007 marcou a inauguração da Arena Jaraguá, uma das mais modernas do país, com capacidade para 8.500 pessoas. No mesmo ano, o Jaraguá venceu a Liga pela segunda vez, superando o rival Joinville. Já em 2008, conquistou novamente o título ao derrotar a Ulbra e, em 2010, sagrou-se tetracampeão nacional, vencendo o Copagril na final[3].

A lista de ídolos se tornou cada vez mais extensa durante a década de sucesso esportivo absoluto. Entre eles, destacam-se: Falcão, para muitos o maior jogador de futsal da história e que desfilou seu auge pelo aurinegro, Lenísio, Chico, Leco e Tiago. Até hoje, os cinco possuem seus rostos estampados em faixas estendidas pela torcida. Na área técnica, Fernando Ferreti foi o responsável por comandar a equipe jaraguaense na maior parte de suas grandes conquistas.

Em 2011, com o encerramento da parceria com a Malwee[4], o Jaraguá se afastou do âmbito nacional por uma temporada. Com novos patrocinadores, se manteve na disputa apenas de competições estaduais. Em 2012, retornou à Liga Nacional de Futsal. Dois anos depois, alcançou o terceiro lugar no campeonato e, na temporada seguinte, sagrou-se heptacampeão da Taça Brasil contra o Sorocaba, em casa[5].

Para coroar o longo período de reestruturação, com o apoio da torcida e de ídolos formados nos anos de glória, o Jaraguá Futsal derrotou o Praia Clube nos pênaltis e voltou a conquistar a Liga após 14 anos, em 2024. Ao vencer a final única disputada em Carlos Barbosa, o clube se igualou ao rival regional da cidade-sede e alcançou o posto de maior campeão do país, com 5 títulos, voltando a honrar suas tradições vitoriosas.

A fundação (1992-1994)

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A semente do Jaraguá Futsal foi plantada em 15 de fevereiro de 1992, com a criação da Associação Desportiva Jaraguá (ADJ). Nascia ali a iniciativa de um grupo de abnegados desportistas que vislumbrava o fortalecimento do futsal na cidade de Jaraguá do Sul, em Santa Catarina. Logo após a fundação, o clube se filiou à Federação Catarinense de Futebol de Salão, estreando em competições oficiais e contando com o apoio de empresas locais para viabilizar as primeiras participações. Em dezembro do mesmo ano, já com patrocínio da Darpe, a ADJ disputou o Campeonato Catarinense, anotando uma goleada por 8 a 1 contra o Seis de Janeiro, resultado que mostrava o potencial daquele jovem projeto.

No entanto, a consolidação ainda estava distante. Em 1993, o time reforçou o elenco, trazendo atletas experientes para buscar protagonismo no Estadual. Após uma pré-temporada com amistosos, a estreia foi vitoriosa, superando o Mafra por 5 a 3 fora de casa. Mas a realidade financeira não tardou a cobrar seu preço: ao fim de apenas dois meses de temporada, a empresa patrocinadora retirou seu apoio, inviabilizando a continuidade imediata do projeto. Muitos jogadores migraram para outros centros esportivos, enquanto a diretoria era forçada a interromper a empreitada naquele momento.

A reativação veio já em 1994, a partir da base. Com a ajuda de treinadores dedicados, entre eles o técnico Maneca — que mais tarde se tornaria uma peça-chave na formação de jovens talentos —, o clube firmou convênio com a antiga Fundação Municipal de Esportes, dando início a um trabalho de formação que visava preparar atletas da cidade desde as categorias inferiores, garantindo continuidade e, no longo prazo, solidez ao projeto.[6]

Primeiros passos (1995-2000)

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Em 1995, o futsal adulto de Jaraguá do Sul retornou às quadras após a interrupção, mas agora com um perfil totalmente diferente: o elenco era formado predominantemente por garotos revelados na base. Sob o comando de Maneca, a jovem equipe precisou superar inúmeros obstáculos, desde a falta de estrutura até a pressão de enfrentar adversários mais experientes. Ainda assim, o esforço da diretoria e a dedicação dos atletas começaram a render frutos rapidamente.

O ano de 1996 foi um marco: sem contratações de peso, o time surpreendeu todo o estado, conquistando títulos importantes, como o Estadual Sub-20 e a Divisão de Acesso, além de se destacar nos Joguinhos Abertos de Santa Catarina. Era a prova de que o trabalho de base estava no caminho certo e que a cidade abraçava o projeto, transformando o ginásio Arthur Müller em um reduto fervoroso da modalidade.

Em 1997, com a saída de jogadores mais velhos, novamente uma nova geração — desta vez nascida em 1981 e campeã do Sub-16 no ano anterior — assumiu a responsabilidade, mantendo a base do crescimento. Apesar de não obter resultados de grande expressão naquele ano, a equipe solidificou sua conexão com a torcida e criou o ambiente propício para voos mais altos. Em 1998, diante de poucos recursos, a ideia de cobrar ingressos a um real por jogo no Arthur Müller despertou o orgulho local, enchendo o ginásio e impulsionando o time em partidas acirradas contra as principais equipes do estado. Apesar das limitações, o clube alcançou as quartas de final do turno do Campeonato Catarinense, caindo diante de equipes tradicionais, mas mostrando competitividade e resiliência.

O verdadeiro salto veio em 1999, quando a gestão da ADJ se reestruturou com a chegada de novos patrocinadores e a criação de um conselho de aproximadamente 60 pessoas, entre empresários e apoiadores locais. Com investimento da empresa Breithaupt, o clube tornou-se mais profissional e, com o retorno de ídolos formados na base, conquistou seu primeiro título nos Jogos Abertos de Santa Catarina (JASC), realizado em Chapecó. Também levou, de forma histórica, o título estadual, em finais realizadas no Ginásio do SESI, totalmente lotado, marcando o início de uma era de conquistas inéditas.

Com o embalo de 1999, o ano 2000 trouxe novos desafios, incluindo a estreia em competição nacional, na Taça Brasil, no Rio de Janeiro. Ali, a equipe enfrentou gigantes como Vasco da Gama e Atlético Mineiro, duas das maiores forças do futsal brasileiro à época, testando a qualidade técnica e a maturidade do Jaraguá Futsal. Ainda que não tenha avançado às fases decisivas, o clube firmou seu nome no cenário nacional, pavimentando o caminho para as glórias que viriam nos anos seguintes. Assim, ao término dessa primeira fase, a ADJ — agora popularmente conhecida como Jaraguá Futsal — deixava de ser um simples sonho para se transformar em uma referência do futsal catarinense e brasileiro.[6]

Chegada da Malwee (2001-04)

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Com a estrutura estadual consolidada, o ano de 2001 marcou a busca por um salto nacional. A diretoria da ADJ encontrou na Malwee o grande patrocinador que mudaria o rumo do futsal jaraguaense. Por intermédio do então prefeito Irineu Pasold e do empresário Wander Weege, firmou-se a parceria que introduziria o nome da empresa têxtil à história do clube. Após a saída de Maneca do comando técnico, o clube trouxe Fernando Ferretti, um treinador que vinha da seleção da Guatemala e ainda era desconhecido no Brasil. Em paralelo, nomes consagrados começaram a surgir, com destaque para a chegada de Manoel Tobias, o então melhor jogador do mundo. Ainda em 2001, a Malwee (nome pelo qual o Jaraguá passou a competir) participou da Taça Brasil, mas não chegou à semifinal. Mesmo assim, levantou títulos como os Jogos Abertos, superando Curitibanos e Brejeiros da Madrugada, além de consolidar uma base forte com atletas locais como Xande, Chico, Paulinho Friedmann, Chiquinho, Junai, Dedezinho, Daniel Cearense, Patrick e Júlio César.

Em 2002, mantendo a base e acrescentando nomes pontuais, a Malwee venceu as principais competições do estado, incluindo Estadual, JASC, Copa Sul e Copa Santa Catarina, sempre diante de adversários fortes. No cenário nacional, porém, as dores do crescimento persistiram, com derrotas em momentos decisivos, especialmente para Minas e Carlos Barbosa. Ainda assim, a equipe seguia se fortalecendo. A temporada de 2003 marcou a saída de Manoel Tobias, que acabou substituído por uma contratação bombástica: Falcão, jovem craque que despontava no futsal nacional. Com ele, a Malwee conquistou seu primeiro título inédito da Taça Brasil, no ginásio do Parque Malwee, em uma final emocionante. A equipe também garantiu o Sul-Americano e seguiu firme em outras competições, ainda buscando o amadurecimento na Liga Nacional.

Em 2004, o elenco foi mantido quase integralmente, com adições como Valdin e Marcão. O ano começou com o bicampeonato da Taça Brasil em Goiânia, num duelo eletrizante contra Carlos Barbosa (11 a 9). Em seguida, vieram o primeiro título Sul-Americano, na Argentina, batendo rivais como Boca Juniors, e o bicampeonato da Libertadores. A equipe ainda celebrou conquistas no JASC e no Estadual, fortalecendo sua hegemonia regional. Porém, após receber a premiação de melhor do mundo na Suíça, Falcão deixou o time para tentar carreira no futebol de campo, marcando o fim de um ciclo de quatro anos de ascensão constante.[6]

Anos de dominância (2005-07)

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A temporada de 2005 começou com uma meta clara: conquistar a tão almejada Liga Nacional. Após anos acumulando títulos estaduais, regionais e continentais, a equipe da Malwee desejava o troféu que consolidaria sua condição de potência nacional. Foi nesse contexto que ocorreu um fato marcante: o retorno de Falcão ao futsal. Após deixar o São Paulo, o craque voltou a vestir a camisa jaraguaense disposto a compensar o tempo fora das quadras. Somado ao comando técnico de Fernando Ferretti e ao elenco que já mesclava experiência e juventude, esse retorno elevou a competitividade da equipe a um nível inédito.

O resultado foi espetacular: em 2005, a Malwee disputou 13 competições e conquistou 10 títulos, incluindo o grande objetivo da Liga Nacional, além de Sul-Americano, Libertadores, Taça Brasil, Estadual e JASC, firmando-se como referência mundial do futsal. O time exibia regularidade, técnica, força coletiva e o protagonismo de Falcão, que chegou a marcar 25 gols em seu retorno após uma atuação épica contra o Atlântico. O ano arrebatador, portanto, não só trouxe a taça que faltava, mas consolidou a imagem da Malwee como a grande força do futsal brasileiro.

A partir daí, em 2006 e 2007, o clube manteve sua hegemonia. Em 2006, vieram o tetra da Taça Brasil, novas conquistas continentais e o fortalecimento do elenco com nomes como Donny, Aladinho, Dimas, Jonas, Dão e o jovem Augusto. Mesmo com tropeços diante do Intervíu no Intercontinental, o domínio no cenário brasileiro e sul-americano persistiu. Já em 2007, a inauguração da moderna Arena Jaraguá levou a atmosfera do futsal local a um patamar ainda mais alto: com média de 4.500 pessoas por jogo, a equipe seguiu empilhando taças, como o pentacampeonato da Taça Brasil e o tricampeonato da Liga Nacional, selando um período de supremacia absoluta e transformando Jaraguá do Sul na “capital do futsal”.[6]

Fim da "Era Malwee" (2008-10)

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A partir de 2008, a ausência de seus principais jogadores, constantemente convocados pela Seleção Brasileira, prejudicou a preparação do time. Na Superliga, a Malwee caiu na semifinal, e no Intercontinental perdeu de forma acachapante novamente para o Intervíu (6 a 1 na Espanha). Mesmo assim, o elenco se recuperou na Libertadores, goleando o Deportivo Táchira e mantendo-se campeão. Na Liga Nacional, após muito equilíbrio, garantiu o tricampeonato consecutivo em uma campanha que exigiu superação, sobretudo com suspensões de atletas-chave após confusões em jogos no sul de Santa Catarina.

Em 2009, algumas peças foram dispensadas, mas o time seguiu forte. Conquistou o hexa da Taça Brasil (num formato diferente, superando Joinville na semi e São José na final), manteve a supremacia no Estadual e faturou o quinto título da Libertadores. Com o retorno de Xoxo e a chegada de Cabreúva, a Malwee seguiu mostrando força, embora já sentisse desgastes em disputas nacionais. Ao final da temporada, ficaram frustrações com eliminações, mas ainda assim o saldo de conquistas era notável.

O ano de 2010 trouxe um clima de despedida. Mesmo após reforços — como Índio, Basílio, Bruno Souza e Jonathan — e o tetra da Superliga em Betim, a notícia do fim do patrocínio Malwee, prevista para dezembro, pairava no ar. Ainda assim, o time seguiu competitivo, eliminando Joinville nas quartas de final da Liga, passando por Carlos Barbosa na semifinal e superando a Copagril na decisão, garantindo o tetracampeonato nacional. Três dias após o triunfo, anunciou-se o fim da "Era Malwee". Jogadores e torcida se despediram com uma volta olímpica na Arena, exibindo os 47 troféus conquistados em uma década mágica. Emocionado, Falcão elogiou a seriedade do projeto e o impacto no futsal brasileiro. Assim, o final de 2010 marcou o encerramento de um dos períodos mais vitoriosos da história do futsal mundial, deixando Jaraguá do Sul eternamente gravada no mapa da modalidade.[6]

O recomeço (2011-14)

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Após o fim do patrocínio em 2010, o futsal de Jaraguá do Sul buscou alternativas para retornar às atividades no adulto. Em 2011, a diretoria, agora sem o aporte milionário de outrora, apostou em uma reconstrução a partir da base local. Contou com a experiência de Augustinho Ferrari, envolvido no desenvolvimento de jovens talentos do Colégio Evangélico Jaraguá, e promoveu garotos nascidos entre 1989 e 1995. A decisão era clara: iniciar um novo ciclo, com nomes formados na cidade e na região. Com o passar do ano, reforços pontuais como Dian Luka, Xoxo e Erick ajudaram o time a disputar torneios estaduais, levando o título dos JASC. O grupo, repleto de jovens, chegou perto do Estadual, perdendo a decisão para o Concórdia na prorrogação.

Em 2012, já mais estabelecido, o clube voltou à Liga Nacional, ainda com patrocínios mais modestos. Manteve a base jovem, trouxe Jonas e William de volta e, sob o comando técnico de Renato Vieira — depois substituído por Banana —, chegou às quartas de final da Liga, sendo eliminado por Carlos Barbosa. No Estadual, outra campanha sólida, mas com derrota na final, novamente para o Joinville. Na temporada de 2013, com o técnico Sergio Lacerda, o time cresceu e avançou ao mata-mata, porém caiu novamente nas quartas, dessa vez diante do Corinthians.

A virada veio em 2014, com reforços como Baranha, Caio e Diego Menezes. O Jaraguá retornou à decisão do Catarinense diante de um ginásio lotado, recuperou o título estadual sobre o rival Joinville e fez uma campanha brilhante na Liga Nacional, liderando a primeira fase com apenas uma derrota. Após eliminar o JEC nas quartas com uma goleada histórica por 4 a 0, parou na semifinal contra o emergente time de Sorocaba, que contava com atuações inspiradas do goleiro Tiago. Embora não tenha ficado com a taça nacional, voltar a uma semifinal de Liga após quatro anos foi um sinal de evolução. Mesmo sem títulos nacionais neste período, o projeto encontrava novos rumos e a cidade voltava a abraçar a equipe.[6]

Volta aos trilhos (2015-19)

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Em meio às dificuldades financeiras, o fim de 2014 trouxe incertezas. A CSM, principal patrocinadora, reduziu verbas, e o futuro no adulto parecia ameaçado. Contudo, a paixão local pelo futsal e a disposição do empresário Wander Weege ajudaram a reerguer o projeto em 2015. Com a manutenção da base e alguns reforços, o Jaraguá conquistou, em março, o seu sétimo título da Taça Brasil derrotando o Sorocaba, em plena Arena Jaraguá. Esse retorno às conquistas reacendeu o entusiasmo da torcida. Em dezembro, o time encerrou um jejum de taças ainda maior ao ganhar o nono Estadual, goleando o rival Joinville na Arena lotada.

Essas façanhas criaram expectativas para 2016, ano em que o Jaraguá conquistou a Supercopa (vencendo Carlos Barbosa nos pênaltis após empate em 2 a 2) e garantiu vaga na Libertadores, disputada no Paraguai. O clube chegou à final continental, ficando com o vice-campeonato ao perder por 4 a 2 para o Cerro Porteño. Contudo, problemas administrativos e financeiros minaram o ambiente. Sem receber salários, jogadores e comissão técnica ameaçaram não entrar em quadra, e a crise levou a uma campanha aquém do esperado na Liga e no Catarinense.

Em 2017, a diretoria passou por mudanças, com Marcio Hafemann assumindo a presidência e, ao lado dele, Francis Fachini, da Fakini Malhas, investindo no time. Ajustes financeiros e esportivos deram novos rumos, e em 2019 a equipe, comandada por Lucas Chioro, voltou a figurar entre as melhores da Liga Nacional, alcançando novamente a semifinal. Embora não tenha conseguido o título, o clube mostrava resiliência e capacidade de se adaptar, mesmo sem a pujança de outrora.[6]

Retorno do campeão (2020-24)

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Após um período de altos e baixos, o Jaraguá Futsal iniciou a década de 2020 em busca de uma gestão mais sólida e profissional. O clube apostou no equilíbrio entre tradição e renovação, trazendo ídolos de outrora, mesclando-os a nomes emergentes do futsal nacional. A volta de personagens marcantes da era Malwee, como Xande Melo (agora técnico) e Junai (superintendente), somou-se à permanência de referências recentes como Leco, Eka e o goleiro Tiago. Com esses pilares, a equipe retomou o caminho das conquistas, voltando a erguer o troféu do Estadual em 2022, encerrando um jejum de seis anos sem títulos. A vibração da torcida na Arena Jaraguá comprovava que o espírito vencedor continuava vivo.

Em 2023, o clube manteve o foco em fortalecer o elenco e a estrutura. Com uma base experiente e reforços pontuais, o Jaraguá seguiu competitivo no cenário catarinense e nacional. Embora não tenha alcançado grandes glórias naquele ano, o trabalho de bastidores, a manutenção do grupo e o aprimoramento do planejamento prepararam o terreno para um feito histórico no ano seguinte.

O ano de 2024 entrou para a história do futsal. Depois de 14 anos sem conquistar a Liga Nacional, o Jaraguá voltou ao topo em uma campanha inesquecível. Terceiro colocado na fase classificatória, o time encarou gigantes no mata-mata, superando Corinthians, ACBF e Pato — todos campeões da Liga em edições recentes. Na grande final contra o Praia Clube, a emoção atingiu níveis altíssimos no Centro Sérgio Luiz Guerra, em Carlos Barbosa. Após um empate eletrizante por 2 a 2 no tempo normal e 1 a 1 na prorrogação, a decisão foi para os pênaltis.

Nenén Ribeiro, Eka, Bruninho, Marcênio e Pedrinho obtiveram um aproveitamento perfeito nas primeiras cinco cobranças. O Praia também converteu suas cinco primeiras tentativas. Na sexta batida, Yan marcou para o Jaraguá, enquanto Rabisco parou nas mãos do goleiro Nicolas, herói da noite. O placar de 6 a 5 nos pênaltis garantiu o pentacampeonato da Liga ao Jaraguá, que se igualou a Carlos Barbosa como o maior campeão do país. A torcida, que viajou mais de 500 quilômetros para assistir à final única no Rio Grande do Sul, explodiu em alegria, relembrando o sentimento épico dos títulos de 2005, 2007, 2008 e 2010[7].

A conquista de 2024 coroou uma trajetória de renascimento e perseverança, consolidando o Jaraguá novamente no topo do futsal brasileiro. Agora, com a 30ª edição da LNF se aproximando em 2025, o Jaraguá entrará como o time a ser batido, defendendo seu título. A história, repleta de muitos altos e alguns baixos, mostra que a vontade de vencer e a conexão entre clube, cidade e torcida segue intocável, mantendo Jaraguá do Sul como um dos grandes polos do futsal mundial.[6]

Títulos

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HONRARIAS
Competição Títulos Temporadas
  Melhor Clube de Futsal do Mundo 2 2008 e 2010[nota 1]
CONTINENTAIS
Competição Títulos Temporadas
  Copa Libertadores de Futsal 6 2004, 2005, 2006, 2007, 2008 e 2009
NACIONAIS
Competição Títulos Temporadas
  Liga Nacional de Futsal 5 2005, 2007, 2008, 2010 e 2024
  Taça Brasil de Futsal 7 2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2008 e 2015
  Superliga de Futsal 4 2005, 2006, 2009 e 2010
  Supercopa de Futsal 1 2016
REGIONAIS
Competição Títulos Temporadas
  Liga Sul de Futsal 1 2023
ESTADUAIS
Competição Títulos Temporadas
  Campeonato Catarinense 12 1999, 2000, 2002, 2003, 2004, 2005, 2006, 2008, 2015, 2021, 2022 e 2024
  Copa Santa Catarina 2 2002 e 2006
  Recopa Santa Catarina 1 2022
  Jogos Abertos de Santa Catarina 8 1999, 2001, 2002, 2003, 2007, 2010, 2011 e 2022

Outras conquistas

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  • Campeonato Sul-Americano de Clubes (Zona Sul): 2004, 2005, 2006, 2007, 2008, 2009 e 2011
  • Copa Fiat: 2001
  • Copa Umbro Internacional de Futsal: 2002
  • Copa Cascavel: 2003
  • Copa Sul: 2005 e 2008
  • Copa Renault Liberté: 2009
  • Copa Internacional de Futsal Blumenau: 2011 e 2013
  • Copa Ferromax: 2013 e 2014
  • Copa Três Coroas de Futsal: 2019

Campanhas de destaque

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[6][8]

Elenco atual

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Elenco atual do Jaraguá Futsal[9]
N.º Pos. Nome N.º Pos. Nome N.º Pos. Nome
22 G   Nicolas 88 A   Marcênio 11 A   William
31 G   Valenga 7 A   Bruninho 90 A   Santiago
26 G   João Bertoldo 5 A   Pedrinho 47 A   Rafinha
92 G   Anderson 9 A   Yan 14 P   Eka
8 F   Leco 30 A   Gui Uesler 13 P   Douglas Cappa
28 F   Nenen Ribeiro 3 A   Felipe 6 P   Galiotto
32 F   Ruan Alflen 10 A   Jamur
55 F   Luiz Guilherme 23 A   Thierry

Técnico:   Xande Melo

[10]

Referências

  1. Pavin, Lucas (23 de março de 2021). «Histórico: há 20 anos, Jaraguá do Sul fazia seu primeiro jogo na Liga Nacional de Futsal». Avante! Esportes. Consultado em 18 de dezembro de 2024 
  2. «De virada, time de Falcão conquista o título da Liga Futsal 2005». UOL. 11 de setembro de 2005. Consultado em 18 de dezembro de 2024 
  3. «Malwee é tetracampeão da Liga Nacional de Futsal». Diário da Jaraguá. 25 de novembro de 2010. Consultado em 18 de dezembro de 2024 
  4. «Malwee anuncia fim de patrocínio vitorioso com o Jaraguá». Terra. 26 de novembro de 2010. Consultado em 18 de dezembro de 2024 
  5. «Jaraguá vence Sorocaba, conquista a Taça Brasil e encerra jejum de 5 anos». ge.globo. 28 de março de 2015. Consultado em 18 de dezembro de 2024 
  6. a b c d e f g h i O Correio do Povo (maio de 2022). «Conheça nossa história». Jaraguá Futsal. Consultado em 18 de dezembro de 2024 
  7. Fontoura, João Paulo (15 de dezembro de 2024). «Jaraguá é o grande campeão da LNF 2024». LNF Oficial. Consultado em 18 de dezembro de 2024 
  8. «Títulos ao detalhe». oGol. 2024. Consultado em 18 de dezembro de 2024 
  9. «Jaraguá - LNF». LNF Oficial. 2024. Consultado em 18 de dezembro de 2024 
  10. «Jaraguá - LNF». LNF Oficial. 2024. Consultado em 18 de dezembro de 2024 

Notas

  1. Condecoração outorgada em 2008 e 2010 pela Futsal Planet com chancela da FIFA.
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