Mamãe Passou Açúcar em Mim
Mamãe Passou Açúcar em Mim é uma canção composta pelo compositor brasileiro Carlos Imperial e lançada pelo cantor brasileiro Wilson Simonal no seu segundo single daquele ano, em maio de 1966[1]. Esta música, juntamente com "Carango" e "Meu Limão, meu Limoeiro", fez de 1966 o ano da virada em direção ao sucesso na carreira do cantor carioca.[1] A partir do lançamento deste single Simonal entraria numa espiral de sucesso, alavancada pela estréia do programa do cantor na TV Record, Show em Si... Monal, e pela formação da banda que acompanharia Simonal pelos próximos cinco anos, o Som Três.[1]
"Mamãe Passou Açúcar em Mim" | |||||||
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Single de Wilson Simonal do álbum Vou Deixar Cair... | |||||||
Lado A | Mamãe Passou Açúcar em Mim | ||||||
Lado B | Tá por Fora | ||||||
Lançamento | maio de 1966[1] | ||||||
Formato(s) | 33 e 1/3 RPM | ||||||
Gravação | abril de 1966[1] | ||||||
Gênero(s) | Iê-iê-iê, samba | ||||||
Duração | 1:35 | ||||||
Gravadora(s) | Odeon | ||||||
Composição | Carlos Imperial | ||||||
Produção | Carlos Imperial | ||||||
Cronologia de singles de Wilson Simonal | |||||||
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A música foi regravada pelo ator e cantor Tiago Abravanel para ser o tema de abertura da série de televisão da Rede Globo, Louco por Elas.[2]
Antecedentes e Gravação
editarSimonal havia começado na música sob a tutela de Carlos Imperial, que promovia diversos artistas e conjuntos musicais, no início dos anos 60, tendo, inclusive, morado na casa de um desses artistas jovens que Imperial promovia chamado Eduardo Araújo.[1] Simonal acabou ficando amigo de Araújo e, como Imperial e ele eram muito próximos, o cantor carioca foi chamado para dar sugestões quando o mineiro estava gravando o que viria a ser o seu grande sucesso, a canção "O Bom".[1] Simonal sugeriu que fosse gravado um pot-pourri de músicas tradicionais no lado B, mas utilizando-se de metais latinizados - no estilo de Herb Alpert - juntamente com guitarras de iê-iê-iê, contrastando com apenas as guitarras do The Fevers, que acompanharam Araújo no lado A.[1]
O cantor carioca gostou tanto do resultado que resolveu chamar a banda de rock para acompanhá-lo em uma sessão de gravação. A música escolhida foi uma composição de Carlos Imperial em parceria não creditada com Eduardo Araújo[1] e os arranjos ficaram por conta do maestro Edmundo Peruzzi. Edmundo era um maestro com quem Imperial havia se associado em meados da década de 60 para criar arranjos e reger uma orquestra de 13 músicos chamada de Banda Jovem, dando mais corpo ao som das bandas de iê-iê-iê da época. Ele havia criado o arranjo do single "O Bom" de Araújo e, por isso, foi trazido também para as sessões de gravação.[1]
Nas mesmas sessões, Simonal e Chico Feitosa aproveitaram para compor um pequeno número que foi utilizado no Lado B do single, "Tá por Fora".[1]
Formato e Faixas
editarDisco de Vinil de 33 e 1/3 RPM | ||||||||||
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N.º | Título | Compositor(es) | Duração | |||||||
1. | "Mamãe Passou Açúcar em Mim" | Carlos Imperial | 1:35 | |||||||
2. | "Tá por Fora" | Wilson Simonal - Chico Feitosa | 1:58 |
Impacto
editarO single teve uma boa execução nas rádios e recepção pelo público, marcando uma mudança no som de Simonal que, até então, cantava músicas mais próximas à Bossa Nova e à então nascente MPB, sendo o primeiro single de Simonal a aparecer entre os mais vendidos segundo o IBOPE, entrando em quarto lugar na parada, logo acima de Day Tripper dos Beatles.[1] No final do ano, a música foi incluída na trilha sonora do primeiro filme dos Trapalhões, na época ainda formado apenas por Dedé e Didi, Na Onda do Iê-iê-iê, contando o filme, inclusive, com uma pequena performance de Simonal cantando a música.[1]
Este acabaria sendo o último lançamento de Simonal antes da formação daquela banda que o acompanharia pelos próximos cinco anos, o Som Três. O trio foi formado para acompanhar Simonal no seu programa televisivo na TV Record, o Show em Si... Monal, e era composto por César Camargo Mariano no piano, que passaria a ser o arranjador de todos os discos e músicas de Simonal, Sabá no baixo e Toninho na bateria. Assim, marca também o início da trajetória de sucesso do cantor, já que a proposta do grupo seria de, utilizando-se dos sons existentes na época (Bossa Nova, MPB, Canção de protesto, iê-iê-iê e o soul americano) fundi-los em um som novo e único que fosse mais comunicativo (como o iê-iê-iê), dançante (como o soul americano) e, ainda assim, mantivesse qualidade sonora (como a bossa nova) sem dispensar eventuais mensagens políticas (como a canção de protesto), o que seria chamado de pilantragem.[1]