Manuel José Ramires Fernandes
Manuel José Ramires Fernandes (Lisboa, 10 de Dezembro de 1942 - Fevereiro de 2003) foi um advogado, professor e político português. Foi um Governador Civil de Faro entre 17 de Abril de 1975 e 22 de Outubro de 1975.[1]
Manuel José Ramires Fernandes | |
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Governador Civil de Faro | |
Período | 17 de Abril de 1975 22 de Outubro de 1975 |
Antecessor(a) | Luís Filipe Nascimento Madeira |
Sucessor(a) | Júlio Filipe de Almeida Carrapato |
Deputado da Assembleia da República | |
Deputado da Assembleia Municipal de Faro | |
Dados pessoais | |
Nascimento | 10 de dezembro de 1942 Lisboa |
Morte | fevereiro de 2003 (60 anos) |
Nacionalidade | Portugal |
Alma mater | Universidade de Sevilha |
Ocupação | Professor e advogado |
Biografia
editarNascimento e formação
editarManuel José Ramires Fernandes nasceu na cidade de Lisboa, em 10 de Dezembro de 1942.[2] Durante a sua juventude, viajou com os pais pelo Alentejo e por Goa.[2]
Frequentou a Universidade Clássica de Lisboa, onde concluiu a licenciatura em 1968.[2] Cumpriu posteriormente o curso de pós-graduação em Direito Administrativo e Administração Pública no Instituto Superior de Tecnologia Empresarial, e doutorou-se na Universidade de Sevilha.[2]
Carreira profissional e política
editarDepois do seu casamento, Manuel José Ramires Fernandes trabalhou como professor na Escola Comercial e Industrial da Guarda, embora não tenha continuado a sua carreira devido a ter sido chamado para o serviço militar.[2] Esteve no exército durante três anos como miliciano, tendo sido enviado para Macau como oficial de infantaria.[2] Iniciou a sua carreira na advocacia ainda em Macau.[2] Após o final do serviço militar, regressou a Portugal, onde se estabeleceu como advogado em Faro, carreira que seguiu até ao seu falecimento.[2] Entre 1990 e 1992, foi um dos vogais do Conselho Geral da Ordem dos Advogados.[3]
Fez parte da direcção do Cineclube Universitário de Lisboa, sócio fundador e presidente da direcção do Círculo Teixeira Gomes, e presidente da Associação Musical do Algarve.[2] Foi um dos membros fundadores da Associação para o Aprofundamento da Cidadania.[2] Também escreveu sobre teatro para o Jornal de Letras, Artes e Ideias.[2] Foi um dos impulsionadores da Orquestra do Algarve, onde exerceu como presidente da direcção dos Amigos da Orquestra.[2] Escreveu o livro A Problemática da Regionalização, publicado pela editora Almedina em 1996.[2] Em 1997 apresentou a sua tese A Região Algarve face ao Referendo, durante o IX Congresso do Algarve.[2] Em Agosto de 1998, foi um dos participantes no movimento Movimento Sim pela Regionalização - sim ao Algarve, durante o Referendo sobre a regionalização em Portugal, que se realizou nesse ano.[4]
Exerceu como deputado na Assembleia da República e na Assembleia Municipal de Faro[2], e em 1975 foi Governador Civil do Algarve.[5]
Falecimento e família
editarEm 10 de Fevereiro de 2003, sofreu um acidente de viação, onde a sua esposa teve morte imediata, enquanto que Manuel José Ramires morreu dos ferimentos cerca de duas semanas depois.[2]
Homenagens
editarApós o seu falecimento, foi homenageado na obra Manuel José Ramires Fernandes: cidadão do Algarve, editada pela Associação de Municípios do Algarve em Junho de 2003.[2]
Referências
- ↑ Lista completa de Governadores Civis (1835-2008)[ligação inativa]
- ↑ a b c d e f g h i j k l m n o p q MARREIROS, 2015:294-296
- ↑ «Triénio 1990-1992». Ordem dos Advogados. Consultado em 29 de Dezembro de 2018
- ↑ «Campanha pelo sim acelera no Algarve». Avante. 27 de Agosto de 1998. Consultado em 29 de Dezembro de 2018
- ↑ «Lista Governadores Civis» (PDF). Centro de Investigação e Estudos de Sociologia. p. 4. Consultado em 29 de Dezembro de 2018
Bibliografia
editar- MARREIROS, Glória Maria (2015). Algarvios pelo coração, algarvios por nascimento. Lisboa: Edições Colibri. 432 páginas. ISBN 978-989-689-519-8