Maragogipinho
Maragogipinho é um distrito do município de Aratuípe na região do Recôncavo Baiano.
O distrito já fez parte da Comarca de Nazaré das Farinhas que abarcava a Ilha de Itaparica, Jaguaripe, as povoações de Aratuípe, da Estiva e Maragogipinho. Localizado às margens do Rio Jaguaripe, o distrito é reconhecido por suas centenas de olarias que espalham-se pelo vilarejo. Com uma população de pouco mais de 3.000 habitantes[vago], o artesanato é a principal fonte de renda do distrito[carece de fontes].
Estima-se[segundo quem?] que quase 80% da população[quando?] esteja envolvida nesta cadeia produtiva, ocupando-se do ofício de oleiro.
A produção de cerâmicas de Maragogipinho ainda conserva as ferramentas antigas e mantém instalações bem rústicas de origem indígena. Algumas delas são construídas com paredes de bambu ou varas, e cobertas de folhas sapés. Elas estão distribuídas em diversos corredores estreitos do vilarejo. A tradição passada de geração para geração já perdura há quase 300 anos.
Esse patrimônio histórico rendeu a Maragogipinho o título de Maior centro cerâmico da América Latina. A menção honrosa foi recebida em 2004, ao disputar o Prêmio UNESCO de Artesanato para América Latina e Caribe[1].
História
editarA comunidade de Maragogipinho é marcada por uma rica importância cultural, ancestral e socioeconômica.
Um dos aspectos mais destacados dessa comunidade é a produção artesanal do barro. As olarias, tradicionais galpões construídos com materiais orgânicos, como madeira e palha de piaçava, possuem uma estrutura que lembra construções indígenas, com distribuição espacial em semicírculo ao redor da Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição, construída em 1710 e reformada em [[1930|1930[carece de fontes].]]
A cultura e as tradições presentes em Maragogipinho remontam a tempos remotos[quando?]. Acredita-se[segundo quem?] que antigas aldeias indígenas e remanescentes de quilombos se uniram nessa região em busca de melhores condições de sobrevivência[carece de fontes]. Tanto os indígenas quanto os africanos escravizados já dominavam a produção manual de cerâmica, fazendo panelas e pratos como parte de sua tradição cultural.
Em relação à cerâmica da região, há uma quantidade significativa[vago] de registros escritos, o que é incomum em comunidades artesanais[carece de fontes]. Embora não sejam abundantes, essas fontes históricas[quais?] do século XVIII já mencionavam Maragogipinho como uma comunidade ceramista consolidada e de destaque.
Essa comunidade é um verdadeiro tesouro cultural[opinião], preservando tradições antigas e transmitindo conhecimentos ancestrais de geração em geração. A produção artesanal do barro em Maragogipinho é um exemplo de como a cultura pode ser uma força motriz para o desenvolvimento econômico e social de uma comunidade[opinião].
Origem da cerâmica artesanal de Maragogipinho
editarA história da cerâmica artesanal de Maragogipinho é tão fascinante quanto as peças que são produzidas lá[opinião].
Tudo começou quando um habilidoso oleiro[quem?] decidiu explorar as águas do Rio Jaguaripe em uma pequena canoa repleta de objetos em cerâmica[quando?]. Para sua surpresa, ele conseguiu vender todos os produtos que carregava, despertando assim o potencial dessa comunidade para a produção de belíssimas peças[carece de fontes].
Desde então, Maragogipinho se tornou um verdadeiro berço da cerâmica artesanal, sendo responsável por abastecer a secular Feira de Caxixis na cidade de Nazaré. Essa feira, que ocorre anualmente a partir da Quinta-Feira Santa, é considerada uma das maiores exposições de cerâmica popular a céu aberto em toda a América Latina, cuja origem já ultrapassa os trezentos anos de existência.
Nessa feira, é possível encontrar uma variedade de peças, todas produzidas pelos ceramistas de Maragogipinho. Desde vasos delicados até esculturas imponentes[opinião], cada item carrega consigo a herança cultural e a tradição dessa comunidade.
A cerâmica de Maragogipinho é muito mais do que um simples objeto decorativo[opinião]. Ela representa a história, a criatividade e a habilidade de um povo que, ao longo dos séculos, aprimorou suas técnicas e transformou a argila em verdadeiras obras de arte[opinião].
Referências
Bibliografia
editar- Simões, Iaçanã Costa. S593 A cerâmica tradicional de Maragogipinho. / Iaçanã Costa Simões - Salvador, 2016. 179 f.; il.
- Lopes, Marcio Rodrigo Caetano de Azevedo. A comunidade de Maragogipinho: Tradição, trabalho e desafios. Disponível em: https://revistas.unila.edu.br/espirales/article/download/2211/2422/9359.