Marco Antônio Araújo
Marco Antônio Araújo (Belo Horizonte, 28 de agosto de 1949 – Belo Horizonte, 6 de janeiro de 1986) foi um compositor musical, violonista, guitarrista e violoncelista brasileiro. Conhecido como "Egberto Gismonti da década de 80", suas composições instrumentais mesclavam o rock progressivo com a mais pura tradição da música barroca mineira, modinhas, serestas, e Música clássica. Casado com Déa Marcia De Souza.
Marco Antônio Araújo | |
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Informação geral | |
Nome completo | Marco Antônio Araújo |
Também conhecido(a) como | Egberto Gismonti da década de 1980 |
Nascimento | 28 de agosto de 1949 |
Local de nascimento | Belo Horizonte Brasil |
Morte | 6 de janeiro de 1986 (36 anos) |
Local de morte | Belo Horizonte Brasil |
Gênero(s) | rock progressivo, música barroca mineira, Modinha, seresta, e Música clássica. |
Instrumento(s) | guitarra, Violão, Violoncello |
Período em atividade | 1980 – 1986 |
Outras ocupações | Compositor |
Gravadora(s) | Strawberry Fields (Independente) |
Carreira
editarEm 1968, integrou, como guitarrista, o grupo "Vox Populi", que mais tarde seria um dos núcleos formadores do Som Imaginário, que acompanharia o cantor e compositor Milton Nascimento. O Vox Populi era formado ainda pelo tecladista Zé Rodrix, pelo guitarristas Frederyko e pelo violonista Tavito. Em 1969, eles gravaram o compacto simples "Spassomanguim", pelo selo regional BEMOL. Atualmente este álbum é uma raridade disputada por colecionadores.[1]
Em 1970, foi morar na Inglaterra, onde foi fortemente influenciado por bandas como Beatles, Pink Floyd, Led Zeppelin, Deep Purple e Genesis. Retornou ao Brasil 1973 e foi morar no Rio de Janeiro, ingressando na Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Lá, iniciou estudos em Composição Musical com Esther Scliar (para quem dedicaria posteriormente um de seus discos), violão clássico com Léo Soares e violoncelo com Eugene Ranewsky e Jaques Morelenbaum. Foi nesta época compôs a trilha sonora para a peça Rudá dirigida pelo ator/diretor José Wilker e o balé Cantares para o grupo Corpo de Belo Horizonte.[2]
De volta a Belo Horizonte em 1977, prestou concurso para violoncelista da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, tendo sido aprovado e contratado como o seu primeiro músico. Tocou nesta orquestra até os últimos dias de sua vida.
Num curto período (1981-1985) gravou quatro discos com composições inéditas, todos muito bem aclamados pela crítica. Sua discografia é completada ainda por uma coletânea, lançada ainda em vida. Ele é creditado ainda como regente e produtor de outros dois álbuns sobre a obra do compositor barroco Lobo de Mesquita.
Morte
editarNo dia 6 de janeiro de 1986, Marco regressava a Belo Horizonte, onde iria receber, no dia seguinte, um prêmio da Revista Veja como o melhor músico instrumentista do país.[3] Teve uma hemorragia cerebral. Encontrado desacordado, a caminho do hospital sofreu uma parada respiratória que complicou ainda mais seu quadro clínico.
Na semana seguinte, viajaria para Nova York onde tinha dois shows programados.
Prêmios
editarAno | Prêmio | Categoria | Resultado | Info | Ref. |
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1986 | Revista Veja | Melhor Músico instrumentista do Brasil | Venceu | Prêmio recebido postumamente | [3] |
Honrarias
editar- Em sua homenagem, em 2003, o BDMG Cultural criou o Prêmio Marco Antônio Araújo, que consagra o melhor álbum instrumental, autoral e de produção independente do ano anterior à premiação.[4]
Discografia
editar
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Referências
- ↑ toque-music-all.com/ Vox Populi – Spassomanguim (1969)
- ↑ conexaojornalismo.com.br/ Música de Domingo: Marco Antonio Araújo, um artista sem igual
- ↑ a b beatrix.pro.br/ Bio: Marco Antonio Araújo
- ↑ bdmgcultural.mg.gov.br/ Prêmio Marco Antônio Araújo