Marcos Teixeira de Mendonça

Marcos Teixeira de Mendonça (Lamego, 1578 - Salvador, 8 de outubro de 1624) foi um bispo português, o quinto bispo de São Salvador da Bahia de Todos os Santos, além de líder da resistência contra a invasão holandesa de Salvador.

Marcos Teixeira de Mendonça
Bispo da Igreja Católica
Bispo de São Salvador da Bahia de Todos os Santos
Atividade eclesiástica
Diocese Diocese de São Salvador da Bahia de Todos os Santos
Nomeação 25 de outubro de 1621
Entrada solene 8 de dezembro de 1622
Predecessor Constantino Barradas
Sucessor Miguel Pereira
Mandato 1622-1624
Ordenação e nomeação
Nomeação episcopal 25 de outubro de 1621
Ordenação episcopal 1622
Brasão episcopal
Dados pessoais
Nascimento Lamego
1578
Morte Salvador
8 de outubro de 1624 (46 anos)
Nacionalidade português
Sepultado Capela da Conceição de Itabagipe
dados em catholic-hierarchy.org
Bispos
Categoria:Hierarquia católica
Projeto Catolicismo

Biografia

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Era de família nobre e clérigo do hábito de São Pedro. Doutorou-se em Teologia pela Universidade de Coimbra. Em 1592, foi Deputado do Santo Ofício. De 1608 a 1611, ensinou na Universidade de Coimbra. Entre 1611 e 1617, foi cônego doutoral da Sé de Évora.[1] e depois, tornou-se inquisidor-mor daquela cidade[1]

Em 25 de outubro de 1621, foi nomeado bispo de São Salvador da Bahia de Todos os Santos, tendo seu nome confirmado pela Santa Sé em 1622 e viajaria para Salvador por força de carta régia de 19 de março de 1622[2]. Chegando à nova diocese, foi feito também inquisidor.

Resistência aos neerlandeses

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 Ver artigo principal: Invasões holandesas no Brasil

Em 1624, Salvador fora invadida pelas tropas de Jacob Willekens em nome da Companhia Holandesa das Índias Ocidentais. Foi escolhido num ínterim popular que o capitão-mór seria o bispo, que aceitou o cargo "para o bem da igreja e o serviço da pátria".

Em um de seus primeiros atos, enviou um grupo de varões para tentar a libertação de Mendonça, que estava em um dos navios do inimigo.[3]

O então governador-geral, Dom Diogo de Mendonça Furtado, decide por ficar e lutar contra os holandeses.[4], mesmo com estes em número superior. Já o bispo entende que seria melhor organizar a resistência fora da cidade, antes que fosse totalmente tomada[4][5] e retira-se para o Arraial do Rio Vermelho, na região conhecida como Rio Vermelho[5]

Confiou o comando a Lourenço Cavalcanti e Antônio Cardoso de Barros. Organizou vários batalhões, e enquanto os soldados lutavam fisicamente, ele se prestava com orações.[3]

Depois de quatro meses em suas atividades para defender a Bahia das invasões, morreu, e encarregou Francisco de Moura Rolim, auxiliado por Manuel de Sousa de Sá e Feliciano Coelho de organizar a resistência.[3]

Referências

  1. a b «Carreira da Índia» 
  2. «Universidade Católica Portuguesa - Centro Regional das Beiras» 
  3. a b c ELEMENTOS DE HISTORIA DO BRASIL Para uso dos gymnasios, por F. T. D. Livraria Paulo de Azevedo & C. p. 138
  4. a b Cesar de Lima, Mons. Maurilio (2004). Breve história da Igreja no Brasil. livro de 1919. São Paulo: Edições Loyola. p. 53. 200 páginas. ISBN 9788515029181. Consultado em 24 de fevereiro de 2011 
  5. a b Pablo Antonio Iglesias Magalhães. «Equus Rusus - A Igreja Católica e as Guerras Neerlandesas na Bahia (1624 – 1654)» (PDF). UFBA. Consultado em 24 de fevereiro de 2011 [ligação inativa]

Bibliografia

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Ligações externas

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Precedido por
Constantino Barradas
 
Bispo de
São Salvador da Bahia de Todos os Santos

1622 - 1624
Sucedido por
Miguel Pereira