Maria Tomaselli
Maria Tomaselli Cirne Lima (Innsbruck, 1941) é uma pintora e gravadora austro-brasileira.[1]
Maria Tomaselli | |
---|---|
Nascimento | 1941 Innsbruck |
Cidadania | Brasil |
Ocupação | pintora |
Estudou filosofia na terra natal. Veio para o Brasil em 1965, estabelecendo-se em Porto Alegre.[1][2] Estudou pintura com Iberê Camargo, escultura com Xico Stockinger e gravura com Eduardo Sued, Danúbio Gonçalves e Anna Letycia Quadros.
Artista socialmente engajada, Maria Tomaselli incorpora questões filosóficas ao seu trabalho, questiona a arte e procura promover o intercâmbio de experiências e reflexões com outros artistas. Atuava também como cronista e colaboradora de cultura do Segundo Caderno do jornal Zero Hora até 2006.
Em 1978, participou da 1ª Bienal Latino-americana de São Paulo, na Fundação Bienal.[3]
Participou de inúmeras exposições, coletivas e individuais, no Brasil, na Europa e América Latina. Em 1999, participou da II Bienal do Mercosul, em Porto Alegre, como artista convidada.
É casada com Carlos Roberto Velho Cirne Lima.
Possui doutorado em Filosofia realizado na Áustria.[4]
Em 2015, lançou o romance Kai, que conta histórias sobre a vida da autora, Maria Tomaselli e seu marido, Carlos Cirne Lima.[5][6][7] Em 2019, ela lançou o livro Ela se Chama Azelene[8] que explora temas como desigualdade social e sistema carcerário, demonstrando perplexidade frente a um contexto social desigual.[7]
Em 2019, O cineasta Henrique de Freitas Lima realizou uma série de documentários que tinha como objetivo resgatar vida e obra de artistas gaúchos. O terceiro episódio foi dedicado a Maria Tomaselli.[9][10]
Oca-Maloca
editarEntre 1988 e 1989, ela montou a instalação Oca-Maloca que atualmente pertence ao acervo do museu de Brasília.[4]
Trata-se de uma instalação realizada com João Melquíades. (Pedreiro com habilidades de carpintaria que auxiliou a artista na realização da Oca-Maloca, considerado por ela seu co-autor)
Segundo Fernanda Werneck Côrtes,a realização da instalação foi iniciada em 1988, a partir da utilização de pedaços de madeira retirados de casas que estavam sendo demolidas à época, o que confere cores variadas ao exterior da obra. Com uma área de aproximadamente 10m², a instalação teve então o seu interior preenchido por trabalhos de diversos artistas.[11]
Em 2010, foi realizado o projeto Restauro - O Retorno da Oca Maloca, no qual a artista restaurou e remontou a obra que discute a arte em si, o fazer coletivo e a estética urbana. Inicialmente será exposta em Brasília, depois em São Paulo e no Rio de Janeiro, apresentando as habitações, que nas palavras da própria artista, são o abrigo do corpo e do espírito. Ao final, a obra será devolvida ao MAB restaurada.[12]
Referências
- ↑ a b Especial Personagens de POA - Maria Tomaselli, consultado em 17 de dezembro de 2021
- ↑ Rosa, Renato (2000). Dicionário de artes plásticas no Rio Grande do Sul. Decio Presser 2. ed. rev. e ampliada ed. Porto Alegre, RS: Editora da Universidade, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. OCLC 46605458
- ↑ «1ª Bienal Latino-Americana de São Paulo (1978) - Catálogo by Bienal São Paulo - Issuu». issuu.com (em inglês). Consultado em 17 de dezembro de 2021
- ↑ a b Especial Personagens de POA - Maria Tomaselli, consultado em 17 de dezembro de 2021
- ↑ Tomaselli, Maria (2015). Kai 1a edição ed. Porto Alegre, RS: Escritos. OCLC 1097249180
- ↑ disse, Marcia Tiburi (17 de maio de 2015). «Kai – Maria Tomaselli». Revista Cult. Consultado em 17 de dezembro de 2021
- ↑ a b «Maria Tomaselli aborda em romance dramas sociais do Brasil». GZH. 4 de julho de 2019. Consultado em 17 de dezembro de 2021
- ↑ Tomaselli, Maria (2019). Ela se chama Azelene. Porto Alegre, RS: Libretos. OCLC 1239730145
- ↑ Povo, Correio do. «Terceiro filme da Série Grandes Mestres homenageia Maria Tomaselli». Correio do Povo. Consultado em 17 de dezembro de 2021
- ↑ Arte, Obras de (12 de julho de 2019). «Terceiro filme da Série Grandes Mestres homenageia Maria Tomaselli | Site Obras de Arte». www.obrasdarte.com. Consultado em 17 de dezembro de 2021
- ↑ Côrtes, Fernanda Werneck (2015). «Instalações artísticas do Museu de Arte de Brasília : documentação e reapresentação (1985-2015)». Consultado em 17 de dezembro de 2021
- ↑ «Mostra "Oca Maloca" em cartaz na Caixa Cultural Sé». Catraca Livre. 31 de agosto de 2010. Consultado em 17 de dezembro de 2021