Martha Wollstein
Martha Wollstein (Nova York, 21 de novembro de 1868 – 30 de setembro de 1939) foi uma médica, patologista e pesquisadora norte-americana.
Martha Wollstein | |
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Nascimento | 21 de novembro de 1868 Nova York, Estados Unidos |
Morte | 30 de setembro de 1939 (70 anos) Nova York, Estados Unidos |
Residência | Estados Unidos |
Nacionalidade | norte-americana |
Alma mater | Universidade Cornell |
Instituições | |
Campo(s) | Patologia |
É considerada a primeira patologista pediátrica dos Estados Unidos e a primeira mulher eleita para a American Association of Immunologists, em 1918.[1]
Biografia
editarWollstein nasceu na cidade de Nova York, em 1939, no seio de uma família alemã de origem judaica. Sua família sempre a encorajaram a estudar e assim ela se formou em medicina, em 1889, pelo Woman’s Medical College of the New York Infirmary, que seria incorporado à Universidade Cornell em 1909. Trabalhou no hospital infantil e em 1891 foi indicada para o cargo de patologista, uma posição que nenhuma mulher exerceu antes. Assim ela podia cuidar de pacientes, fazer pesquisa e autópsias.[1][2]
Estudou com Mary Corinna Putnam Jacobi, com quem publicaria seu primeiro artigo, em 1902, sobre um miossarcoma em um útero. Após se formar, em 1890, Wollstein passou a estudar diarreia infantil, malária, tuberculose e febre tifoide.[2] Em 1904, ela foi convidada por Simon Flexner para trabalhar como pesquisadora assistente na Universidade Rockefeller, sem deixar seu trabalho no hospital infantil. Na universidade, ela teve a oportunidade de estudar a poliomielite, pneumonia e ajudou a desenvolver um soro contra a meningite.[1][3]
Em 1903, Wollstein isolou o bacilo de Shiga, que apenas três anos antes ela havia demonstrado causar disenteria em alguns de seus pacientes. Na revista da Journal of the American Medical Association, em 1918, Wollstein fez uma importante contribuição para o estudo da caxumba, ao indicar que a doença era viral o estudar o contágio em gatos. Entretanto, ela não fez nenhuma reivindicação especial por sua pesquisa, e outros receberam crédito na década de 1930 por identificar o vírus e transmitir de humanos para macacos.[1][4]
De 1921 a 1935, ano de sua aposentadoria, Wollstein continuou trabalhando com várias doenças infantis no hospital, além de estudar a leucemia. Trabalhou também na Universidade de Columbia. Em 1930, foi eleita para a Sociedade Americana de Pediatria, a primeira mulher membro da história. Ao longo da carreira, publicou cerca de 80 artigos científicos.[4][3]
Wollstein era conhecida por ser uma mulher tímida, bastante quieta e às vezes difícil de trabalhar, porém era uma pesquisadora por excelência, que colaborou com vários pesquisadores de sua área.[4]
Últimos anos
editarDepois de se aposentar, Wollstein se mudou para Grand Rapids, no Michigan.[1] Ao ficar doente, retornou a Nova Iorque, onde ela morreu em 30 de setembro de 1939, aos 70 anos, no Hospital Monte Sinai.[1][5]
Referências
- ↑ a b c d e f Joy Dorothy Harvey e Marilyn Bailey Ogilvie (ed.). «Wollstein, Martha (1868–1939)». The Biographical Dictionary of Women in Science. Consultado em 14 de julho de 2022
- ↑ a b Jennifer Tebbe-Grossman (ed.). «Martha Wollstein 1868 – 1939». Jewish Women: A Comprehensive Historical Encyclopedia Archive. Consultado em 14 de julho de 2022
- ↑ a b «Martha Wollstein, American physician». Britannica Online Encyclopedia. Consultado em 14 de julho de 2022
- ↑ a b c John Emrich and Charles Richter (ed.). «Hidden Figures of AAI: Five Women Pioneers in Immunology». American Association of Immunologists. Consultado em 14 de julho de 2022
- ↑ R. M. (1 de dezembro de 1939). «MARTHA WOLLSTEIN, M.D. 1868-1939». Archives of Pediatrics & Adolescent Medicine. 58 (6). 1301 páginas. doi:10.1001/archpedi.1939.01990110165016
Ligações externas
editar- Entrada no Jewish Women's Archive.