O Mary Rose é o único sobrevivente dos navios de guerra Tudor do século XVI, e encontra-se em exposição no Portsmouth Historic Dockyard, depois de 437 anos no fundo do Solent. Descoberto em 1965 por Alexander McKee, foi trazido à superfície em 1982.

Mary Rose

Representação no Anthony Roll; exceto pelas aberturas dos canhões, esta é uma ilustração de forma geral fiel de como o navio era na década de 1540
 Inglaterra
Operador Marinha Tudor
Batimento de quilha 29 de janeiro de 1510
Lançamento julho de 1511
Comissionamento 1512
Estado Navio-museu
Destino Afundado na Batalha do Solent
em 19 de julho de 1545
Características gerais
Tipo de navio Carraca
Tonelagem 510 t
Propulsão 4 mastros
Armamento 78 a 91 canhões
Tripulação 200 marinheiros
185 soldados
30 artilheiros

Histórico

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Construído entre 1509 e 1511, foi um dos primeiros navios desenhados de origem para disparem artilharia pelos costados (bordadas). Mas o Mary Rose marca também o abandono da construção naval em casco trincado, e a adopção do tabuado liso, mais adequado à instalação das portinholas que garantiam a estanquicidade do casco.[1]

O Mary Rose foi alvo de duas grandes reformas, uma em Portsmouth em 1527-28, e outra no Tâmisa por volta de 1536; suspeita-se que durante esta última foram adicionadas 700 t ao navio.

Após uma longa e bem-sucedida carreira, o Mary Rose afundou-se acidentalmente durante um recontro com a frota francesa em 1545.

Depois de uma redescoberta acidental, em 1836, em que foi recuperada parte do seu armamento, o navio voltaria a desaparecer durante cerca de 140 anos. Até que voltou a ser localizado, em 1979, dando origem a uma das maiores operações de arqueologia marinha da história.

Em 1982, a parte do casco (cerca de 40%) que sobreviveu ao naufrágio e ao desgaste dos elementos foi devolvida à superfície, juntamente com mais de 19 mil artefactos. O casco encontra-se hoje em exibição na doca histórica de Portsmouth, onde tinha sido construído, permitindo aos visitantes uma visão incomparável de um dos primeiros verdadeiros navios de guerra do mundo e o último, entre os que foram construídos durante a dinastia Tudor, a chegar até aos dias de hoje.

Os objetos recuperados, bem como os restos mortais da tripulação que foram recuperados, estão à guarda do Museu Mary Rose, aberto em 2013, na mesma cidade

Referências

  1. Richard Barker, Brad Loewen and Christopher Dobbs, "Hull Design of the Mary Rose" in Marsden (2009), p. 36.

Ligações externas

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