Massacre de Xangai de 1927
O Massacre de Xangai de 1927, também conhecido como o Incidente de 12 de abril, foi um expurgo em grande escala dos comunistas, em Xangai, ordenada pelo Generalíssimo Chiang Kai-shek, em 12 de abril de 1927, durante a Expedição do Norte contra os senhores da guerra.
O Massacre de Xangai foi um dos principais eventos de 1927, que assinou a ruptura entre o Kuomintang e o Partido Comunista Chinês, e marcou o início da Guerra Civil Chinesa. Este ataque contra os seus aliados comunistas, da facção do Kuomintang liderada por Chiang Kai-shek, destinou-se a expurgar os elementos de esquerda do partido e evitar o domínio pelos comunistas na República da China.[1]
Em chinês, o incidente é chamado de "a purificação do Partido" (清党) pelo Kuomintang (KMT), enquanto o Partido Comunista da China (PCC) se refere a ele como o "Massacre de Xangai de 1927",[2] "golpe anti-revolucionário de 12 de abril" (四一二反革命政变) ou "Tragédia de 12 de abril" (四一二惨案). Muitos membros comunistas proeminentes do Kuomintang foram presos ou executados por Chiang em uma tentativa de destruir a influência do PCC. Ao longo de várias semanas após o incidente de 12 de abril em Xangai, ocorreram prisões e execuções de comunistas proeminentes, distribuídos por áreas da China controladas por Chiang e seus aliados, incluindo o co-fundador do Partido Comunista Chinês, Li Dazhao, em Pequim. Depois de derrotar as insurreições comunistas nas cidades, o Kuomintang tornou-se unificado sob a liderança de Chiang, e passou a derrotar as facções dos senhores da guerra e se tornar dominante na China. Os comunistas se retiraram para coletividades rurais, construindo uma força no meio rural para a próxima fase da guerra civil chinesa.
Referências
- ↑ Patricia Stranahan, Underground: The Shanghai Communist Party and the Politics of Survival, 1927-1937, Rowman & Littlefield Publishers, 1998
- ↑ Zhao, Suisheng. [2004] (2004). A Nation-state by Construction: Dynamics of Modern Chinese Nationalism. Stanford University Press. ISBN 0804750017.
Fontes
editar- Smith, Stephen Anthony (2000). A road is made: Communism in Shanghai, 1920-1927. [S.l.]: University of Hawaii Press. ISBN 9780824823146
- Chan, F. Gilbert; Thomas H. Etzold (1976). China in the 1920s: nationalism and revolution. [S.l.]: New Viewpoints. ISBN 9780531055892
- Wilbur, Clarence Martin; Julie Lien-ying How (1989). Missionaries of revolution: Soviet advisers and Nationalist China, 1920-1927. [S.l.]: Harvard University Press. ISBN 9780674576520
- Perry, Elizabeth J. (1995). Shanghai on strike: The politics of chinese labor. [S.l.]: Stanford University Press. ISBN 9780804724913
- Harrison, James P. (1972). The long march to power: a history of the Chinese Communist Party, 1921-72. [S.l.]: Praeger Publishers
- Wilbur, Clarence Martin (1983). The nationalist revolution in China, 1923-1928. [S.l.]: Cambridge University Press. ISBN 9780521318648
- Zhang, Guotao (1972). The rise of the Chinese Communist Party: 1928-1938. [S.l.]: University Press of Kansas
- Isaacs, Harold (1961). Tragedy of the Chinese Revolution. [S.l.]: Stanford University Press. ISBN 08-04704-16-3
Bibliografia
editar- Kampen, Thomas (2000). Mao Zedong, Zhou Enlai and the Evolution of the Chinese Communist Leadership. [S.l.]: Nordic Institute of Asian Studies. p. 142 pages. ISBN 87-87062-76-3
- Malraux, André (1933). Man's Fate (La Condition Humaine). [S.l.]: H. Smith and R. Haas. p. 360 pages. ISBN 0-6797-2574-1 (This fictional account of the Shanghai purge by André Malraux won the 1933 Prix Goncourt in literature)
- Meisner, Maurice J. Mao Zedong: A Political and Intellectual Portrait. Cambridge, UK: Polity Press. 2007. ISBN:0-7456-3106-1
- Stranahan, Patricia (1998). Underground: The Shanghai Communist Party and the Politics of Survival, 1927-1937. [S.l.]: Rowman & Littlefield Publishers. p. 304 pages. ISBN 0-8476-8723-6