Massacre dos professores de Lviv
O massacre dos professores de Lviv[a] foi uma execução organizada de aproximadamente 45 professores de diversas instituições de ensino superior de Lviv, juntamente com suas famílias. O massacre ocorreu em julho de 1941, quando a cidade estava ocupada pela Alemanha nazista durante a Segunda Guerra Mundial. O extermínio organizado da população civil foi uma continuação da AB-Aktion (Operação Especial de Pacificação) na Polônia, iniciada em 1940.
História
editarDepois do início da Operação Barbarossa, em junho de 1941, Lviv foi capturada em 30 de junho. Junto com a Wehrmacht, pequenas unidades Abwehr entraram na cidade.
Durante a ocupação nazista quase todos os 120 000 judeus habitantes da cidade foram mortos. Destes sobraram no final da guerra apenas 200 a 800.
Membros de outros grupos étnicos também sofreram. A fim de controlar a população, cidadãos proeminentes e intelectuais foram transportados para conhecidos locais de execução, tal como a prisão da Gestapo na rua Pełczyńska, a prisão Brygidki, a antiga prisão militar de Zamarstyniv e os campos nos arredores da cidade: o subúrbio de Winniky, as colinas Kortumówky hills e o cemitério judaico. Muitos dos mortos eram políticos proeminentes, artistas, esportistas, cientistas e religiosos.
Em 2 de julho de 1941 muitas das ações de terror iniciais foram interrompidas, porém as execuções individuais planejadas continuaram. Aproximadamente as 3 horas da madrugada o professor Kazimierz Bartel foi preso em uma operações de um dos Einsatzgruppen operando na área.
Durante a noite de 3 a 4 de julho diversos professores e suas famílias foram presos. A lista foi preparada por seus estudantes ucranianos.[3] Ao amanhecer de 4 de julho um dos professores e a maior partes de seus empregados domésticos foram libertados enquanto o resto do grupo foi levado às colinas Wulka ou assassinados a tiros no pátio do edifício Bursa Abrahamowiczów. As vítimas foram cremadas no local, mas alguns dias depois do massacre os corpos foram exumados e transportados pela Wehrmacht para local ignorado.
Metodologia do crime
editarQuatro diferentes métodos foram usados pelas tropas alemãs. As vítimas foram espancadas até a morte, mortas com uma baioneta, um martelo ou a tiros.
Os professores foram mortos a tiros, embora seja bem provável que alguns deles tenham sido queimados vivos.[4]
Notas
Referências
- ↑ Anuário Católico 1977, p. 1669.
- ↑ Fernandes 1941, p. 63.
- ↑ IPN - Oddziałowa Komisja w Rzeszowie, "Śledztwo w sprawie zabójstwa profesorów polskich wyższych uczelni, członków ich rodzin oraz współmieszkańców, we Lwowie w lipcu 1941 roku, podjęte na nowo z umorzenia w dniu 25 lutego 2003 roku. sygn. S 5/03/Zn.", [1] Arquivado em 12 de setembro de 2010, no Wayback Machine.
- ↑ «Krakowscy i wrocławscy akademicy na wzgórzach wuleckich we Lwowie, Alma Mater nr 33/2001». Arquivado do original em 8 de julho de 2009
Bibliografia
editar- Anuário Católico do Brasil. Rio de Janeiro: Vozes. 1977
- Fernandes, Ivo Xavier (1941). Topónimos e gentílicos Vol. I. Lisboa: Editôra Educação Nacional
- Albert, Zygmunt (1989). Kaźń profesorów lwowskich - lipiec 1941 - collection of documents. [S.l.]: Wrocław, University of Wrocław Press. ISBN 8322903510
- Lanckorońska, Karolina (2001). Wspomnienia wojenne. [S.l.]: Kraków, Znak. ISBN 8324000771
- Sterkowicz, Stanisław (1974). Tadeusz Boy-Żeleński; lekarz, pisarz, społecznik. [S.l.]: Warsaw, PZWL
- Szewalski, Robert (1993). Politechnika Lwowska 1844-1945. [S.l.]: Wrocław, Wrocław University of Technology Press. ISBN 8370850588
- Ярослав Грицак (Yaroslav Hrytsak) (1996). Формування модерної української нації XIX-XX ст. (Formation of the Modern Ukrainian Nation in the late 19th–20th centuries). Kiev: Генеза (Heneza). ISBN 966-504-150-9 Available online. Section 5.4 Between two totalitarianisms. The question of collaboration: an attempt at analysis
Ligações externas
editar- «Murder of Lwow professors» (em inglês)
- «report of an ongoing investigation by IPN» (em polaco)
- «Zygmunt Albert - Mord Profesorów Lwowskich w lipcu 1941 roku» (em polaco)