Veado-mateiro-pequeno

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O veado-mateiro-pequeno (nome científico: Mazama bororo) também conhecido por veado-bororó-de-são-paulo ou veado-vermelho é uma pequena espécie de cervídeo, endêmico do Brasil, do gênero Mazama.[2][3] Ocorre exclusivamente na ecorregião das florestas da Serra do Mar, mas as únicas populações selvagens são conhecidas ocorrem na Serra de Paranapiacaba, no Parque Estadual Intervales.[4][5] Provavelmente a espécie ocorria desde o leste de Santa Catarina até o sul de São Paulo e ainda ocorre em outras unidades de conservação, como o Parque Estadual Carlos Botelho e o Parque Estadual de Jacupiranga.[4][3]

Como ler uma infocaixa de taxonomiaVeado-mateiro-pequeno

Estado de conservação
Espécie em perigo crítico
Em perigo crítico (IUCN 3.1) [1]
Classificação científica
Reino: Animal
Filo: Cordados
Classe: Mamíferos
Ordem: Artiodáctilos
Família: Cervídeos
Subfamília: Capreolíneos
Gênero: Mazama
Espécie: M. bororo
Nome binomial
Mazama bororo
Duarte, 1996
Distribuição geográfica
Distribuição geográfica do veado-mateiro-pequeno.   Presente   Possivelmente presente
Distribuição geográfica do veado-mateiro-pequeno.
  Presente   Possivelmente presente
Sinónimos
  • Mazama intermedia Duarte & Jorge, 1998
  • Mazama americana Rossi, 2000

Seu porte é muito semelhante ao do veado-mão-curta (M. nana), mas a coloração lembra o veado-mateiro (M. americana), que é maior. Se assemelha a um híbrido entre essas duas espécies, mas difere principalmente por conta do cariótipo.[6] Pesa cerca de 25 kg e mede até 50 cm na altura da cernelha.[4] Muito pouco se sabe a cerca da biologia da espécie e a maior parte das informações provém de relatos imprecisos de moradores das regiões em que habita.[7] Aparentemente, é um animal solitário e crepuscular, como o veado-mateiro (M. americana) e se alimenta principalmente de frutos.[7]

A IUCN considera a espécie como "vulnerável", mas ela não consta na lista do IBAMA.[1] Apesar disso, consta na lista de espécies ameaçadas do estado de São Paulo como "vulnerável" e no Paraná, como "deficiente de dados".[8] Estima-se que a população não ultrapasse 5 500 animais.[8] Além da fragmentação e perda do habitat, a espécie é ameaçada principalmente pela caça indiscriminada e pela coleta ilegal do palmito-juçara (Euterpe edulis), que geralmente está associada à caça também.[8]

Referências

  1. a b Duarte, J.M.B (2008). Mazama bororo (em inglês). IUCN 2013. Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN. 2013. Página visitada em 24 de janeiro de 2014..
  2. Grubb, P. (2005). Wilson, D.E.; Reeder, D.M. (eds.), ed. Mammal Species of the World 3 ed. Baltimore: Johns Hopkins University Press. pp. 637–722. ISBN 978-0-8018-8221-0. OCLC 62265494 
  3. a b Duarte, J.M.; et al. (2012). «Avaliação do risco de extinção do Veado-mateiro-pequeno Mazama bororo Duarte, 1996, no Brasil». Biodiversidade Brasileira. 3: 42-49 
  4. a b c Vogliotti, A.; Duarte, J.M.B. (2010). «Small Red Brocket Deer Mazama bororo (Duarte 1996)». In: Duarte, J.M.B.; González, S. Neotropical Cervidology: Biology and Medicine of Latin American Deer. Jaboticabal, Brasil: FUNEP. pp. 172–176. ISBN 978-85-7805-046-7 
  5. Vogliotti, A., and J. M. B. Duarte (2009). «Discovery of the first wild population of the small red brocket deer Mazama bororo (Artiodactyla: Cervidae)». Mastozool. Beotrop. 16 (2): 499-503  
  6. Duarte, J. M. B., and W. Jorge. (2003). «Morphologic and cytogenetic description of the small red brocket (Mazama bororo Duarte, 1996) in Brazil». Mammalia. 67 (3): 403-410. doi:10.1515/mamm.2003.67.3.403 
  7. a b Vogliotti, A. (2004). História natural de Mazama bororo (Artiodactyla; Cervidae) através da etnozoologia, monitoramento fotográfico e rádio-telemetria (Tese de Dissertação de Mestrado). Piracicaba, São Paulo: Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo 
  8. a b c Duarte, J.M.B.; Piovezan, U.; Zanetti, E.S.; Ramos, H.G.C. (2012). «Espécies de Cervídeos Brasileiros com Preocupações de Conservação». In: Duarte, J.M.B.; Reis, M.L. Plano de Ação Nacional para a Conservação dos Cervídeos Ameaçados de Extinção (PDF). Brasília: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. pp. 27–77. Consultado em 2 de fevereiro de 2014. Arquivado do original (PDF) em 26 de agosto de 2016 

Bibliografia recomendada

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