Melanchroia chephise

espécie de inseto

Melanchroia chephise é uma mariposa, ou traça, diurna[6] e neotropical da família Geometridae, citada numa ampla distribuição geográfica que vai dos Estados Unidos, no Holoártico (em Utah, Arizona, Oklahoma, Arkansas, Kansas e Illinois, mas atingindo sua maior abundância ao longo das planícies costeiras do Texas e da Flórida),[5] ao México e América Central (incluindo Antilhas, na Jamaica) até o norte da Argentina;[3] classificada por Caspar Stoll sob a denominação Phalaena chephise, em 1782, na página 182 da obra Uitlandsche Kapellen, volume 4; sendo a espécie-tipo do seu gênero (Melanchroia), classificado por Jacob Hübner em 1819; o seu holótipo coletado no Suriname.[2][3]

Como ler uma infocaixa de taxonomiaMelanchroia chephise
Ilustração de M. chephise proveniente de sua descrição original por Caspar Stoll, na obra Uitlandsche Kapellen, volume 4 (1782).
Ilustração de M. chephise proveniente de sua descrição original por Caspar Stoll, na obra Uitlandsche Kapellen, volume 4 (1782).
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Ordem: Lepidoptera
Superfamília: Geometroidea
Família: Geometridae
Subfamília: Ennominae
Género: Melanchroia
Hübner, 1819[1]
Espécie: M. chephise
Nome binomial
Melanchroia chephise
(Stoll, 1782)[2][3]
Lagarta mede-palmos[4] de M. chephise em área de Mata Atlântica, no Brasil.
Distribuição geográfica
A mariposa, ou traça, M. chephise é encontrada em grande parte da região neotropical (em amarelo), mas também no sul da região neártica (em púrpura), no mapa da América.[3][5]
A mariposa, ou traça, M. chephise é encontrada em grande parte da região neotropical (em amarelo), mas também no sul da região neártica (em púrpura), no mapa da América.[3][5]
Sinónimos
Phalaena chephise Stoll, 1782
Phalaena coruaria Fabricius, 1787
Melanchroia expositata Walker, 1862
Melanchroia fumosa Grote, 1867
(GBIF)[2]
Melanochroia chephise (sic)[5]

Descrição

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Segundo Stoll, ela possui "um azul escuro cintilante, puxando um pouco de roxo", sobre o fundo preto e uniforme em ambos os lados (superior e inferior) de suas asas;[7] em alguns casos apresentando tênue lúnula (mancha que lembra o aspecto que a Lua assume quando está passando das fases nova para quarto crescente, ou cheia para quarto minguante), branca e voltada para o corpo do inseto, acompanhando o traçado de uma nervura interna e curva em cada asa anterior; porém, em todos os seus indivíduos, sempre com as extremidades alares anteriores de coloração branca;[8] podendo ainda ser confundida com outras espécies miméticas, como Calodesma quadrimaculata (Erebidae: Arctiinae),[9] encontrada em sua região de ocorrência; ambas com pequenas áreas vermelho-alaranjadas, bem visíveis onde se localizam as suas cabeças.

Planta-alimento

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As suas lagartas, chamadas mede-palmos assim como outras de sua família (Geometridae), com seu típico padrão de flexão e extensão ao caminhar, sendo malhadas de manchas esverdeadas sobre um fundo negro e empupando no solo,[4][5][10] se alimentam de plantas dos gêneros Amaranthus (Amaranthus tricolor; família Amaranthaceae), Casimiroa (Casimiroa edulis; família Rutaceae),[5] mas principalmente espécies da família Phyllanthaceae dos gêneros Breynia (Breynia disticha)[11] ou Phyllanthus (Phyllanthus acidus,[12] Phyllanthus acuminatus,[13] Phyllanthus niruri[14] e Phyllanthus angustifolius), podendo também ser encontradas em plantas do gênero Euphorbia (Euphorbia marginata; família Euphorbiaceae).[5] São encontradas no cerrado[15] e em habitats antrópicos, como florestas fragmentadas;[16] os seus indivíduos adultos avistados polinizando flores.[8]

Referências

  1. «Melanchroia Hübner, 1819». SiBBr - Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira. 1 páginas. Consultado em 29 de dezembro de 2024 
  2. a b c «Melanchroia chephise (Stoll, 1782)» (em inglês). GBIF. 1 páginas. Consultado em 29 de dezembro de 2024 
  3. a b c d Savela, Markku. «Melanchroia chephise (Stoll, 1782)» (em inglês). Lepidoptera and some other life forms. 1 páginas. Consultado em 29 de dezembro de 2024 
  4. a b RAFAEL, José Albertino; MELO, Gabriel Augusto Rodrigues de; CARVALHO, Claudio José Barros de; CASARI, Sônia Aparecida; CONSTANTINO, Reginaldo (2024). Insetos do Brasil: Diversidade e Taxonomia (PDF). 2ª Edição Revisada e Ampliada. Manaus: INPA (Wayback Machine). p. 741. 880 páginas. ISBN 978-65-5633-046-4. Consultado em 29 de dezembro de 2024. As larvas locomovem-se de maneira bastante peculiar e são popularmente conhecidas como mede-palmos. 
  5. a b c d e f «Species Melanchroia chephise - White-tipped Black - Hodges#6616» (em inglês). BugGuide.Net. 1 páginas. Consultado em 29 de dezembro de 2024 
  6. Crash, Cesar (28 de maio de 2015). «Mariposa Melanchroia em São Paulo». Insetologia. 1 páginas. Consultado em 29 de dezembro de 2024. Movimentando-se durante o dia e muito inquieta. 
  7. Stoll, Caspar (1782). «Uitlandsche Kapellen, Vol. 4» (em francês). Internet Archive. p. 182. Consultado em 29 de dezembro de 2024 
  8. a b Hisi, Fernanda (1 de fevereiro de 2016). «Melanchroia chephise». Flickr. 1 páginas. Consultado em 29 de dezembro de 2024 
  9. Crash, Cesar (18 de novembro de 2014). «Ciclo de Mariposa Calodesma no Rio de Janeiro». Insetologia. 1 páginas. Consultado em 29 de dezembro de 2024 
  10. Hernández, Jorge (15 de maio de 2016). «Oruga Melanchroia cephise_MG_3668a» (em espanhol). Flickr. 1 páginas. Consultado em 29 de dezembro de 2024 
  11. «Breynia disticha» (em inglês). HOSTS (myspecies.info). 1 páginas. Consultado em 29 de dezembro de 2024 
  12. «Phyllanthus acidus» (em inglês). HOSTS (myspecies.info). 1 páginas. Consultado em 29 de dezembro de 2024 
  13. «Phyllanthus acuminatus» (em inglês). HOSTS (myspecies.info). 1 páginas. Consultado em 29 de dezembro de 2024 
  14. «Phyllanthus niruri» (em inglês). HOSTS (myspecies.info). 1 páginas. Consultado em 29 de dezembro de 2024 
  15. Inácio, Gabriel da Costa; Osório, Matheus Francisco; Pereira, Maria de Fátima (julho–dezembro de 2019). «Lepidopterofauna do Centro Universitário do Cerrado Patrocínio – UNICERP/MG» (PDF). Revista Educação, Saúde & Meio Ambiente; volume 2; ano 3; número 6 (UNICERP – Centro Universitário do Cerrado Patrocínio). pp. 38–40. Consultado em 29 de dezembro de 2024 
  16. Andrade, Dirlene Aparecida de; Teixeira, Isabel Ribeiro do Valle (dezembro de 2017). «Diversidade de Lepidoptera em um fragmento florestal em Muzambinho, Minas Gerais». Ciência Florestal 27(4) (ResearchGate). p. 1232. Consultado em 29 de dezembro de 2024 

Ligações externas

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