Darius Milhaud

compositor francês
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Darius Milhaud (Marselha, 4 de setembro de 1892Genebra, 22 de junho de 1974) foi um compositor e professor francês, um dos mais prolíficos do século XX. Sua obra é conhecida por conciliar o uso da politonalidade (múltiplas tonalidades ao mesmo tempo) e do jazz. Fez parte do influente Grupo dos Seis.

Darius Milhaud
Darius Milhaud
Nascimento 4 de setembro de 1892
Marselha
Morte 22 de junho de 1974 (81 anos)
Genebra
Sepultamento Cemitério Saint-Pierre
Cidadania França
Cônjuge Madeleine Milhaud
Filho(a)(s) Daniel Milhaud
Alma mater
Ocupação maestro, autobiógrafo, musicólogo, professor de música, músico de jazz, crítico de música, compositor, pianista, professor, compositor de bandas sonoras
Distinções
  • Cavaleiro da Legião de Honra (1933)
  • Oficial da Legião de Honra (1947)
  • Comandante da Legião de Honra (1958)
  • Commander of the order of Nichan Iftikhar
  • Honorary Member of the International Society for Contemporary Music
Empregador(a) Conservatório Nacional Superior de Música e Dança de Paris, Mills College
Obras destacadas Le Bœuf sur le toit, Symphony No. 4, Symphony No. 1, Pacem in terris, L'Orestie d'Eschyle
Movimento estético música clássica
Instrumento piano
Religião Judaísmo
Assinatura

Biografia

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Milhaud nasceu na comuna francesa de Marselha, membro de uma família judaica. Estudou no Conservatório de Paris, onde conheceu seus colegas de composição Arthur Honegger e Germaine Tailleferre. Teve aulas de composição com Charles Widor e harmonia e contraponto com André Gédalge. Também estudou, de forma independente, com Vincent d'Indy. Ainda jovem, trabalhou como voluntário no Brasil, durante o período em que o poeta Paul Claudel era embaixador no país. Essa época marcou muito sua vida, refletindo-se em obras como a suíte de dança Saudades do Brasil ou a famosa peça Scaramouche. De 1917 a 1919 viveu no Rio de Janeiro como adido da Embaixada da França.

Em viagem aos Estados Unidos em 1922 ouviu pela primeira vez o jazz "autêntico" nas ruas do bairro de Harlem em Nova Iorque. A partir do ano seguinte passou a compor com influência do jazz, tendo completado La Création du monde ("A Criação do mundo"), um balé em seis cenas contínuas, com movimentos naquele estilo.[1]

Devido à Segunda Guerra Mundial, mudou-se para os Estados Unidos em 1940, só podendo retornar à França após sua libertação. Durante esses anos, lecionou no Mills College de Oakland, Califórnia.

Entre 1947 e 1971 alternou períodos de docência em Mills e no Conservatório de Paris até que, devido a sua saúde já debilitada que o mantinha preso a uma cadeira de rodas, acabou se aposentando. Morreu em Genebra, Suíça, aos 81 anos de idade.

Assim como seus contemporâneos Paul Hindemith, Bohuslav Martinů e Heitor Villa-Lobos, compunha muito rapidamente e de forma natural. Suas obras mais conhecidas são os balés Le Bœuf sur le toit e La Création du monde, a peça Scaramouche (em diferentes versões), e a suíte de dança Saudades do Brasil. Sua autobiografia é intitulada Notes sans musique ("Notas sem música"), mais tarde Ma vie heureuse ("Minha vida feliz").

Principais estudantes

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Lecionando no Mills College e no Conservatório de Paris, Darius Milhaud teve como alunos, entre outros:

As obras a seguir apresentadas representam apenas uma pequena fração de tudo o que Milhaud compôs: Sua lista de opera chega ao número 443. Também é importante ressaltar que Milhaud costumava fazer várias versões da mesma peça, como Scaramouche, que pode ser para saxofone e orquestra, saxofone e piano, dois pianos, clarinete e orquestra, etc.

  • La brebis égarée (1923)
  • Les malheurs d'Orphée (1926)
  • Le pauvre matelot (1927)
  • Christophe Colomb (1928)
  • Maximilien (1932)
  • L'opéra du gueux (1937)
  • Médée (1939), com texto de Madeleine Milhaud, sua prima e esposa
  • Bolivar (1943), com texto de Madeleine Milhaud
  • David (1955)
  • Fiesta (1958)
  • La mère coupable (1966), com texto de Madeleine Milhaud de Beaumarchais
  • Saint-Louis, roi de France (1972)
  • L'Homme et son désir, op. 48, para quatro cantores (sem texto) e madeiras, percussão e cordas solistas
  • Le Bœuf sur le toit, op. 58 (1919)
  • La Création du monde, op. 81, para pequena orquestra (1923)
  • Doze sinfonias
  • Seis pequenas sinfonias
  • Suíte sinfônica Nº 2 – Protee, op. 57 (1919)
  • Serenade en trois parties, op. 62 (1920–1921)
  • Saudades do Brasil, op. 67b (1920–21, arranjo da versão para piano)
  • Suite provençale, op. 152b (1937)
  • Piano
    • Cinq Études pour piano et orchestre, op. 63 (1920)
    • 5 concertos para piano e orquestra (1933–1955)
    • Le Carneval d'Aix, op. 83b, fantasia para piano e orquestra (1926)
  • Cordas
    • 3 concertos para violino e orquestra
    • 2 concertos para viola e orquestra
    • 2 concertos para violoncelo e orquestra
  • Scaramouche, para saxofone e orquestra (1937), para clarinete e orquestra (1939)
    • I. Vif
    • II. Modéré
    • III. Brazileira
  • Concerto pour batterie et petit orchestre (concerto para percussão e pequena orquestra), op. 109
  • Concertino d'hiver, op. 327, para trombone e orquestra de cordas (1953)
  • Duo Concertant pour Clarinette et Piano (1956)
  • Concerto pour Clarinette et orchestre
  • Cordas
    • Le Printemps, para violino e pequena orquestra
    • Première Sonate, para viola e piano
    • 18 quartetos de cordas (os de número 14 e 15 podem ser executados tanto separadamente quanto em conjunto, como um octeto de cordas)
    • 3 études sur des thèmes du Comtat Venaissin (1973)
    • Homage a Igor Stravinsky
  • Madeiras
    • Suite française, op. 248 (1944)
      • 1. Normandie
      • 2. Bretagne
      • 3. Île de France
      • 4. Alsace-Lorraine
      • 5. Provence
    • West Point Suite, op. 313 (1954)
    • Deux Marches, op. 260 (1946)
    • Introduction et Marche funèbre
    • La Cheminée du Roi René (quinteto de madeiras)
  • Printemps, (1915–1920)
  • Le bœuf sur le toit, para dois pianos (1919)
  • Saudades do Brasil, op. 67 (1920)
  • Scaramouche, para dois pianos (1941)
  • La muse menagere
  • 2 sonatas
  • Sonatina
  • Les Songes, para dois pianos
  • Machines agricoles, op. 56, para um cantor e sete instrumentos, com textos retirados de um catálogo de máquinas agrícolas (1919)
  • Catalogue des fleurs, op. 60, para um cantor e sete instrumentos (1920)
  • Chateau du feu, op. 337, cantata em memória dos judeus mortos pela Alemanha Nazi

Referências

  1. Milhaud – La création du monde Arquivado em 1 de setembro de 2006, no Wayback Machine.: Pomona College, Department of Music, 1999.

Ligações externas

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