Moacyr Padilha
Moacyr Meirelles Padilha (Rio de Janeiro, 31 de outubro de 1923 — Rio de Janeiro, 13 de fevereiro de 1972) foi um jornalista brasileiro, destacando-se por ter sido diretor de Jornalismo do jornal O Globo.[2]
Moacyr Padilha | |
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Nome completo | Moacyr Meirelles Padilha |
Nascimento | 31 de outubro de 1923 Rio de Janeiro |
Nacionalidade | brasileiro |
Morte | 13 de fevereiro de 1972 (48 anos) Rio de Janeiro |
Ocupação | jornalista |
Cônjuge | Maria Teresa Bicalho Oswald[1] |
Biografia
editarMoacyr Padilha nasceu no bairro carioca de São Cristóvão, bairro da Zona Norte do Rio de Janeiro. Tendo vivido a sua infância na cidade serrana de Petrópolis, interior do estado do Rio de Janeiro. Filho de Raimundo Padilha, economista e político brasileiro, que foi governador do antigo estado do Rio de Janeiro.[2][1]
Fez o curso ginasial no Colégio São Vicente de Paulo, em Petrópolis, cidade para a qual sua família se mudou. Em 1942 foi aprovado pela Escola Preparatória de Cadetes do Exército, de São Paulo. Em 1943 entra para a Escola Militar do Realengo, no Rio de Janeiro.[2][1]
Quando estava no terceiro ano do curso de Artilharia, Padilha transferiu-se para a então recém-criada escola de cadetes, a Academia Militar de Agulhas Negras (Aman), em Resende, onde sua turma foi a primeira a receber as espadas; todavia, três meses antes de se formar, surpreendentemente Padilha e cinco colegas se desligaram da Academia, por não concordarem com inovações que faziam desaparecer algumas das tradições do estabelecimento militar. Padilha desiste da carreira militar.[2][1]
Posteriormente, em 1945, obtém a terceira colocação no vestibular da Escola de Engenharia do Recife, em Pernambuco. Em 1946 pede transferência para o Rio de Janeiro. A pouco mais de um ano de sua formatura em engenharia, concluiu que essa não era a sua área profissional e abandonou o curso.[2][1]
Moacyr Padilha, desde então, passa a investir na carreira jornalística, iniciando-se profissionalmente nesta área através jornal integralista Vanguarda, por convite de seu diretor, Álvaro Penafiel. No Vanguarda escrevia sobre assuntos literários. Quando este jornal foi vendido, Padilha abandonou temporariamente o jornalismo para trabalhar numa empresa de outro ramo. No período, ainda estudaria Letras Clássicas na antiga Universidade do Rio de Janeiro, atual Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).[2][1]
Retorna ao jornalismo em 1956, quando assume o cargo de redator-chefe do Jornal do Commercio, da cidade do Rio de Janeiro, onde ficaria por cerca de dez anos - os últimos quatro, como diretor.[2][1]
Em 1966 transfere-se para o jornal O Globo, onde inicialmente passou a escrever os editoriais do periódico. Posteriormente, Roberto Marinho - proprietário da publicação - faz de Moacyr Padilha o diretor de Jornalismo, onde este introduz diversas modificações no jornal. Ficaria no jornal O Globo até falecer precocemente aos 48 anos.[2][1]
Quando era chanceler o embaixador Vasco Leitão da Cunha, Moacyr foi delegado do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU).[2] Era torcedor do Fluminense Football Club, do Rio de Janeiro.[1]
Faleceu no Hospital Santa Teresa, em 13 de fevereiro de 1972. Admirador da cidade de Petrópolis, ali seria sepultado no cemitério municipal.[1][3]
Homenagens póstumas
editarDiversas escolas e centros de ensino receberam o nome de Moacyr Padilha como patrono.
Em Niterói há a Rua Jornalista Moacir Padilha, que faz importante ligação da Zona Sul ao Centro da cidade.
Entre os municípios de Piraí e Mendes existe a Estrada Jornalista Moacir Meirelles Padilha, rodovia estadual RJ-133 com cerca de 13 quilômetros, que estabelece a ligação entre as localidades de Rosa Machado, Boa Esperança, Martins Costa e Engenheiro Morsing.
Na cidade de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, há a Avenida Jornalista Moacir Padilha, no bairro Jardim Primavera.
Referências
- ↑ a b c d e f g h i j «Cerimônia por alma de Moacyr Padilha no sábado» 21001 ed. Niterói: jornal O Fluminense, disponível na Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional. 17 de fevereiro de 1972. p. 3. Consultado em 13 de junho de 2022
- ↑ a b c d e f g h i «Moacyr Padilha: Ex-diretor de Jornalismo do GLOBO». A História do jornal O Globo desde a sua fundação: Perfis e depoimentos. Consultado em 13 de junho de 2022
- ↑ Mário Valle (17 de fevereiro de 1972). «Moacyr Padilha: Liberdade responsável» 15452 ed. Rio de Janeiro: jornal O Jornal, disponível na Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional. p. 2. Consultado em 13 de junho de 2022