Modelo da hélice dupla
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Modelo da hélice dupla é uma estratégia da gestão da cadeia de suprimentos criada por Charles H. Fine para auxiliar empresas a tomar decisões de forma racional levando em conta as suas competências centrais, o produto em desenvolvimento, os sistemas de engenharia e a cadeia de suprimentos.[1]
Fine é bacharel em artes, matemática e gestão (1978) pela Universidade de Duke, além de ser Master of Science em pesquisa operacional (1981) e PhD em administração de empresas (1983), ambos pela Universidade de Stanford.[2] Fine também é consultor para arquitetura e aprimoramento de gestão da cadeia logística em empresas líderes de diversos segmentos e setores do mundo inteiro, como Embraer, GE, GM, Goodyear, HP, Intel, Kodak, Motorola, 3M, NCR, Nokia, Oracle, Polaroid, Rolls-Royce, Toyota, Unilever, entre outras. Seu trabalho de pesquisa é focado na estratégia da cadeia de suprimentos e o valor da cadeia de roadmapping.[3]
Modelo
editarO modelo da hélice dupla descreve as dinâmicas instáveis das competências centrais em estruturas industriais. O modelo explica as mudanças ocorridas ao longo do tempo nas cadeias de fornecimento de indústrias, que movimenta-se em ciclo entre setores integrados verticalmente e setores desintegrados horizontalmente.[4] Em diversos setores do mercado é impossível manter, de forma estática, sua [[cadeia de valor }}]], devido às forças dinâmicas do mercado ou à própria estratégia da empresa, criando assim uma constante migração entre a verticalização e a horizontalização da cadeia.[5]. O modelo descreve estas forças e demonstra este regime de transição entre as duas arquiteturas: modular (horizontal) e integral (vertical).
A movimentação das cadeias entre horizontal e vertical é consequência da própria dinâmica da rede de suprimentos. O período de mudança corresponde à inversão da curva da hélice dupla e ocorre em momentos extremos da cadeia:
- Empresas grandes dominam toda cadeia (integração vertical).
- A cadeia é composta por inúmeras empresas inovadoras (integração horizontal).
O autor acredita que a melhor estratégia para uma empresa em mercados dinâmicos é não ficar estagnado e estável, mas em deslocar-se conforme as mudanças da rede. Portanto, o modelo de hélice dupla tornou-se uma ferramenta importante para auxiliar na tomada de decisão comprar ou fazer.[6]
As forças dinâmicas descritas no modelo de Fine incluem:
Para tornar a arquitetura mais modular:
- A entrada constante de novos competidores em segmentos específicos.
- O desafio de manter-se a frente dos competidores nos diversos segmentos técnicos e tecnológicos requeridos por um sistema integrado.
- A rigidez burocrática e organizacional desenvolvida em empresas de grande porte.
Para tornar a arquitetura mais integral:
- Avanços técnicos e tecnológicos em um subsistema que podem dar mais poder de mercado.
- O poder de mercado em um subsistema incentiva a criação de pacotes com outros subsistemas para aumentar o controle e poder.
- O poder de mercado incentiva maior integração com outros subsistemas para o desenvolvimento de soluções integradas.
Estas forças tendem a direcionar as empresas a alterarem sua cadeia e demonstra que não existe uma única solução de cadeia de valor [7].
As transições entre as arquiteturas estão diretamente associadas ao “clockspeed” do segmento do mercado[5] e podem variar de poucas décadas (como no caso do computador) até um século (por exemplo, os automóveis).
Este modelo também é utilizado para analisar a relação entre a arquitetura de produto e a cadeia de valor. O alinhamento entre estas duas arquiteturas[8] é um dos fatores que possibilitam o sucesso de empresas como Toyota e Dell e a seu desalinhamento ajuda a explicar a queda de outras como a Daimler Chrysler.
Tipos de arquitetura
editarArquitetura modular é caracterizada por componentes ou módulos que podem ser combinados devido a uma extrema padronização de interface. Isso permite a alteração de um destes componentes de forma independente, sem a necessidade de se alterar o projeto inteiro[9]. Um exemplo típico deste tipo de arquitetura é o microcomputador[10].
Arquitetura integral é um conjunto de componentes e subsistemas desenvolvidos para funcionar apenas entre si. Geralmente é concebido visando o alto desempenho e a fronteira entre os componentes não é claramente delineada[9].
Ver também
editarReferências
- ↑ https://esd.mit.edu/esd_books/whitney/pdfs/make_buy.pdf Visitado em 2015-07-01
- ↑ «FACULTY & RESEARCH». MIT Sloan Management. Consultado em 30 de junho de 2015. Arquivado do original em 13 de outubro de 2010
- ↑ «Executive Profile». Bloomberg Business. Consultado em 30 de junho de 2015
- ↑ «Visitado em 2015-07-01» (PDF)
- ↑ a b «eanh_class_notes.s3.amazonaws.com/DoubleHelix-CharlesFine.pdf» (PDF). eanh_class_notes.s3.amazonaws.com. Consultado em 3 de julho de 2015
- ↑ http://www.scielo.br/pdf/rae/v41n1/v41n1a07.pdf Visitado em 2015-07-01
- ↑ «esd.mit.edu/esd_books/whitney/pdfs/make_buy.pdf» (PDF). esd.mit.edu. Consultado em 3 de julho de 2015
- ↑ Charles H. Fine (23 de maio de 2005). «Are You Modular or Integral? Be Sure Your Supply Chain Knows» (em inglês). Strategy + Business. Consultado em 3 de julho de 2015
- ↑ a b «www.simpep.feb.unesp.br/anais/anais_13/artigos/28.pdf» (PDF). www.simpep.feb.unesp.br. Consultado em 3 de julho de 2015
- ↑ «Supply Chain design - An underrated Business Development Activity ! - remo-knops.com». Consultado em 3 de julho de 2015
Bibliografia
editar- FINE, Charles H. IS THE MAKE-BUY DECISION PROCESS A CORE COMPETENCE? Disponível em:<https://esd.mit.edu/esd_books/whitney/pdfs/make_buy.pdf> Acessado em: 2015-07-03.