Museu Bi Moreira

Museu regional de Lavras localizado na UFLA

Museu Bi Moreira é um museu de cunho histórico localizado no campus histórico da Universidade Federal de Lavras.

Museu Bi Moreira
Informações gerais
Tipo História
Inauguração 9 de setembro de 1983 (41 anos)
Curador Patrícia Muniz Mendes
Website Museu Bi Moreira
Geografia
País  Brasil
Cidade Lavras, Minas Gerais
Coordenadas 21° 13′ 57,3101″ S, 44° 59′ 37,0401″ O
Museu Bi Moreira está localizado em: Brasil
Museu Bi Moreira
Geolocalização no mapa: Brasil
Mapa
Localização em mapa dinâmico

Fundado oficialmente em 9 de setembro de 1983, o Museu Bi Moreira tem a missão de ampliar o acesso da sociedade ao patrimônio cultural, por meio da pesquisa de acervo, comunicação e história do município de Lavras (MG) e da UFLA. Salvaguarda coleções históricas, etnográficas, arqueológicas, de ciência e tecnologia com cerca de cinco mil artefatos. Esses testemunhos, vinculados à história do município de Lavras e da UFLA, são elos entre o presente e o passado. Ressalta-se que o prédio Álvaro Botelho, no qual o Museu está abrigado, é protegido como patrimônio cultural municipal e integra o campus histórico da UFLA, importante conjunto arquitetônico de valor patrimonial e cultural[1].

História

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O museu idealizado por Sílvio do Amaral Moreira (1912-1994), apelidado "Bi Moreira", originalmente se chamava Museu de Lavras. Começou a ganhar forma a partir de 1949, muito incentivado pela Sociedade dos Amigos de Lavras (SAL) a qual ele era um dos fundadores. O museu originalmente estava abrigado numa das salas da dita sociedade, instalada em elegante edifício localizado na Rua Cincinato de Pádua, propriedade de Maria Pádua Pereira[2]. Em 1954 a SAL e o museu se mudaram para uma das salas da Câmara Municipal, e posteriormente o acervo histórico seria levado para o prédio central da chácara Dr. Jorge, do Instituto Presbiteriano Gammon. Ainda nos anos 1960, quando a Igreja do Rosário estava abandonada e em ruínas, Bi Moreira foi um dos grandes defensores da preservação do monumento, onde tinha esperanças de instalar seu museu numa das alas do templo. Este projeto acabou não se realizando[3].

Nos anos 1970 o museu ganharia novo fôlego ao ser transferido para o prédio Álvaro Botelho, na Escola Superior de Agricultura de Lavras (ESAL, hoje UFLA), a partir de iniciativa do diretor Alysson Paulinelli. No início o museu ocupava somente algumas salas do prédio, mas com a mudança da sede administrativa da ESAL para o campus novo, o Museu de Lavras passou a ocupar todo o casarão onde se encontra até hoje[4].

O acervo histórico continuava a crescer, num catálogo de milhares de peças das mais variadas, como instrumentos de tortura de escravos, materiais usados durante as duas Guerras Mundiais além de arquivos fotográficos e de documentos em geral. Celma Alvim registra que este feito muito se deve aos esforços solitários e pacientes do museólogo, que também recebia valorosos auxílios de amigos e entusiastas. Bi Moreira sempre rechaçou a ideia de vender alguma peça, mesmo quando o assédio dos colecionadores era grande e suas economias pessoais, escassas.

Em 1983, como parte das comemorações dos 75 anos da ESAL, com muita justiça o museu passa a se chamar Museu Bi Moreira[5]. No final de 2011 o museu foi temporariamente fechado ao público para a elaboração de um novo plano museológico. Desde 2014 o Museu Bi Moreira encontra-se parcialmente aberto com exposições temporárias[6][7].

Referências

  1. «Museu Bi Moreira (MBM).». Pró-Reitoria de Extensão e Cultura. Consultado em 7 jun. 2017 
  2. Vilela, Marcio Salviano (2007). A Formação Histórica dos Campos de Sant'Ana das Lavras do Funil. Lavras: Indi. 450 páginas 
  3. Németh-Torres, Geovani (2020). «História da preservação do patrimônio cultural de Lavras (1940-1984)». Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural de Lavras. Revista do Patrimônio Cultural de Lavras. 1 (1): 208-228. Consultado em 30 mar. 2021 
  4. Delphim, Ângelo Alberto de Moura (2020). «Entrevista: Ângelo Alberto de Moura Delphim». Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural de Lavras. Revista do Patrimônio Cultural de Lavras. 1 (1): 401-406. Consultado em 30 mar. 2021 
  5. Németh-Torres, Geovani (2011). A Atenas Mineira: Capítulos Histórico-Culturais de Lavras. Col: Lavrensiana. 2. Lavras: Geovani Németh-Torres. 34 páginas. ISBN 978-85-911368-1-0 
  6. «Museu Bi Moreira reabre parcialmente com mostra no próximo mês de maio; Instituição aguarda.». Lavras 24 Horas. 30 abr. 2014. Consultado em 15 ago. 2015 
  7. Németh-Torres, Geovani (2020). «Ligeiro comentário sobre os museus e arquivos lavrenses». Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural de Lavras. Revista do Patrimônio Cultural de Lavras. 1 (1): 229-237. Consultado em 30 mar. 2021