Museu Vivo da Memória Candanga
O Museu Vivo da Memória Candanga ocupa as instalações do já extinto Hospital Juscelino Kubitschek de Oliveira (HJKO), o primeiro construído no novo Distrito Federal. Está situado às margens da BR-040, próximo ao Núcleo Bandeirante (antiga Cidade Livre) e à Candangolândia (antiga sede da Novacap).
Museu Vivo da Memória Candanga | |
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Tipo | museu |
Inauguração | 1991 (33 anos) |
Página oficial (Website) | |
Geografia | |
Coordenadas | |
Localização | Distrito Federal - Brasil |
O prédio
editarSendo o primeiro hospital do Distrito Federal[1], o Hospital Juscelino Kubitschek de Oliveira (HJKO) foi criado para atender a demanda crescente que havia no Distrito Federal, não só de operários acidentados nas construções, mas de partos, crianças e donas de casas que necessitavam de atendimento ambulatorial.
O conjunto do HJKO era composto por 23 edificações em madeira[2] e incluía além do hospital, casa e alojamentos para os funcionários. As construções em madeira denotavam o caráter temporário das edificações e a urgência que o "espírito de Brasília" exigia, neste caso, o tempo de construção foi de apenas dois meses, e dessa forma, o HJKO pode ser inaugurado em 6 de julho de 1957[2].
Histórico
editarO Decreto nº 9.036/1985[3] do Governo do Distrito Federal que instituiu o tombamento do conjunto do Hospital JUSCELINO KUBITSCHEK DE OLIVEIRA - HJKO, também permitiu, em 1986, o início do processo de restauro do conjunto das edificações: "sete das oito casas da alameda originalmente utilizadas como residência de médicos, quatro dos sete galpões de alojamento e de serviços, e a edificação que abrigava o atendimento hospitalar e ambulatorial"[1], o objetivo dessa mobilização já era a implementação do Museu Vivo da Memória Candanga e das Oficinas do Saber Fazer.
Desta forma, em 26 de abril de 1990 o Museu Vivo da Memória Candanga (MVMC) foi inaugurado, já contando com a exposição permanente Poeira Lona e Concreto que conta a trajetória ocorrida para transferência da Capital para Brasília, desde que a ideia surgiu na Nova República até sua inauguração em 1960. O Acervo era composto por peças do cotidiano dos pioneiros candangos que habitaram a região do entorno do HJKO, peças do antigo hospital, além de fotografias e também móveis do antigo Brasília Palace Hotel.[4]
Em novembro de 2015 o Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), tombou os Remanescentes do Conjunto Hospitalar Juscelino Kubitschek de Oliveira[5], promovendo a dupla esfera de proteção ao espaço do museu.
Museu na atualidade
editarAtualmente, boa parte das instalações precisam ser reformadas, devido a ação do tempo e do clima do cerrado, que alterna entre períodos de seca e ventos com chuva intensa e calor, o que acelera o processo de decomposição da madeira, sem contar a ação dos insetos comedores de madeira como brocas e cupins. Hoje, além da exposição "Poeira, Lona e Concreto", onde conta sobre os principais idealizadores, engenheiros e arquitetos da idealização de Brasília, a exposição também mostra um pouco sobre a Cidade Livre e a vinda dos Candangos à Brasília. O museu também dispõe de uma maquete do Plano Piloto de Brasília com a última atualização em março de 2006. O espaço possui em seu acervo a coleção do fotógrafo Mário Fontenelle, a coleção de esculturas do Seu Pedro chamado “O Cerrado de Pau de Pedro”, a exposição de fotografias intitulada “Candangos Pioneiros” e contém também a mais recente exposição chamada “A Importância da Mulher na Construção da Nova Capital”, além disso também possui salas para exposições temporárias, auditório, biblioteca e reserva técnica.[6]
O museu pode ser visitado gratuitamente de segunda-feira à sábado das 9h às 17h, porém as salas de oficinas são abertas e fechadas, portanto existe a possibilidade de, ao se visitar o local, não se encontrar algumas destas salas abertas para visitação. Segundo o informativo disposto no interior do museu, as salas são abertas e fechadas pelos vigilantes no horário de 9h00 à 12h00 e de 14h00 às 17h00 de acordo com a ordem do subsecretário de cultura. A divulgação de suas exposições e eventos é realizada por meio das redes sociais do museu no Instagram (@museuvivodamemoriacadanga) e no Facebook (https://www.facebook.com/museuvivodamemoriacandanga), e também por meio dos eu endereço eletrônico na internet (https://www.cultura.df.gov.br/museu-vivo-da-memoria-candanga). A sua ampla área verde é muito utilizada por fotógrafos para realização de ensaios de noivos, gestantes e aniversariantes.
Em 2022, o referido museu foi visitado por um grupo de estudantes da Universidade de Brasília que realizaram uma série de reflexões sobre como a História dos candangos é contada por meio das exposições presentes no local, sendo este um dos desdobramentos das discussões e trabalhos realizados durante a disciplina de Introdução ao Estudo da História no 2º/2022 [7][8]
Referências
- ↑ a b «Museu Vivo da Memória Candanga». Consultado em 25 de julho de 2020
- ↑ a b DORNAS, Maria Luiza (2007). Museu Vivo da Memória Candanga. Brasília: Charbel. p. 7. 40 páginas
- ↑ «Decreto 9036 de 13/11/1985». www.sinj.df.gov.br. Consultado em 25 de julho de 2020
- ↑ CAVALCANTE, Silvio (Coord.). Museu Vivo da Memória Candanga (Catálogo sobre o MVMC). Brasília: [s.n.]
- ↑ «Página - IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional». portal.iphan.gov.br. Consultado em 25 de julho de 2020
- ↑ «Museu Vivo da Memória Candanga». Consultado em 24 de julho de 2020
- ↑ Frank, Paulo (7 de fevereiro de 2023). «O ESQUECIMENTO DA MEMÓRIA CANDANGA E O ESQUECIMENTO FÍSICO DO MUSEU VIVO DA MEMÓRIA CANDANGA». Medium (em inglês). Consultado em 7 de fevereiro de 2023
- ↑ Frank, Paulo (7 de fevereiro de 2023). «Museu Vivo da Memória Candanga: apagamento histórico e a nostalgia reparadora da construção de…». Medium (em inglês). Consultado em 7 de fevereiro de 2023
7.