Messier 29

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Messier 29 (NGC 6913) é um aglomerado estelar aberto localizado na constelação de Cygnus. Foi descoberto em 1764 por Charles Messier.

Messier 29
Messier 29
Messier 29, projeto 2MASS
Descoberto por Charles Messier
Data 1764
Dados observacionais (J2000)
Constelação Cygnus
Asc. reta 20h 23m 56s[1]
Declinação +38° 31′ 24,00″[1]
Distância 4 000 anos-luz (2 150 parsecs)
Magnit. apar. 7,1
Dimensões 7'
Características físicas
Idade estimada 7 milhões de anos
Outras denominações NGC 6913[1]
Messier 29

A sua distância não é totalmente clara, variando de 4 000 a 7 000 anos-luz. Isto é devido à grande quantidade de meio interestelar existente, o que dificulta o cálculo da distância. Sua magnitude aparente é igual a 7,1, sendo impossível observá-lo a olho nu, mesmo sob excelentes condições de visualização.

Descoberta e visualização

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O aglomerado aberto foi descoberto originalmente pelo astrônomo francês Charles Messier, que o catalogou em 29 de julho de 1764.[2]

Pode ser visto em binóculos e é melhor visto em pequenos telescópios amadores (telescópios maiores não conseguem focar o aglomerado como um todo). Suas estrelas mais brilhantes formam um quadrilátero e outras três, mais a norte, formam um triângulo.[2]

Características

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Messier 29, José Carlos Castro

É um aglomerado aberto difuso, situado em uma região da Via-Láctea lotada de estrelas, próximo a Gamma Cygni e a uma distância de 7 200 anos-luz em relação à Terra, segundo John Mallas, Evered Kreimer, Robert Burnham, Jr. e Robert Julius Trumpler, ou 4 000 anos-luz, segundo Kenneth Glyn Jones e o Sky Catalogue 2000.0. George Kepple e Glen Sannner estimam a distância em 6 000 anos-luz. Essa incerteza deve-se a falta de conhecimento sobre a natureza da absorção da luz proveniente do aglomerado.[2]

Em 1954, William Albert Hiltner, do observatório Yerkes, percebeu a polarização da luz que provém do aglomerado, indicando que a luz havia sido polarizada pela matéria interestelar, que é cerca de 1 000 vezes mais densa do que a média em torno do aglomerado. Se o objeto estivesse livre da matéria interestelar, estima-se que o aglomerado seria 3 graus de magnitude mais brilhante. No mesmo ano, William H. Harris observou obscurações irregulares das estrelas do aglomerado, indicando a possível passagem dessas nuvens pelo aglomerado.[2]

De acordo com o Sky Catalogue 2000.0, Messier 29 está incluído no sistema Cygnus OB1 e está se aproximando radialmente da Terra a uma velocidade de 28 km/s. Sua idade é estimada em 10 milhões de anos, analisado através da classe espectral de suas cinco estrelas mais quentes, pertencentes à classe B0. Sua magnitude aparente é 8,59 e sua magnitude absoluta é -8,2, ou seja, 160 000 vezes a luminosidade solar. Sua extensão linear é aproximadamente 11 anos-luz.[2]

Pertence à classe III,p,n, segundo segundo a classificação de aglomerados abertos de Robert Julius Trumpler, onde a classe I refere-se aos aglomerados mais densos e a classe IV aos menos densos; a classe 1 aos aglomerados com pouca diferença de brilho entre seus componentes e a classe 3 aos que tem grande diferença de brilho; e a classe p aos aglomerados pobres em estrelas, m para aglomerados com a quantidade de estrelas dentro da média e r para os ricos em estrelas. Contudo, pertence à classe II,3,m, de acordo com Woldemar Götz, I,2,m,n segundo Kepple e Sannner. Segundo o Sky Catalogue 2000.0, o aglomerado contém 50 estrelas, embora historiamente Antonín Bečvář tenha contado apenas 20.[2]

Galeria

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Referências

  1. a b c «SIMBAD Astronomical Database». Results for Messier 29 
  2. a b c d e f Hartmut Frommert e Christine Kronberg (21 de agosto de 2007). «Messier Object 29» (em inglês). SEDS. Consultado em 28 de maio de 2012 
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