Neera Tanden
Neera Tanden nascida em 10 de setembro de 1970) é uma consultora política americana e ex-oficial do governo dos Estados Unidos. Ela é a presidente do Center for American Progress, onde atuou em diferentes funções desde 2003.
Neera Tanden | |
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Neera Tanden | |
Dados pessoais | |
Nascimento | 10 de setembro de 1970 (54 anos) Bedford, Massachusetts Estados Unidos |
Nacionalidade | norte-americana |
Alma mater | Universidade da Califórnia (BA) Yale Law School (JD) |
Cônjuge | Ben Edwards (c. 1999) |
Filhos(as) | 2 |
Partido | Democrata |
Tanden trabalhou em várias campanhas presidenciais democratas, incluindo as de Michael Dukakis em 1988, Bill Clinton em 1992 e Barack Obama em 2008. Tanden aconselhou Hillary Clinton sobre a campanha das primárias de 2016 e a campanha para as eleições gerais de 2016. Ela também foi uma funcionária sênior da campanha. Durante a administração Obama, Tanden ajudou a redigir a Lei de Cuidados Acessíveis .
A 30 de novembro de 2020, o presidente eleito Joe Biden anunciou que nomearia Tanden como a próximo diretora do Escritório de Gestão e Orçamento, sendo este sujeito à aprovação do Senado.[1] Sua candidatura a posição foi retirada, contudo, em 2 de março, devido a um conturbado processo de confirmação do Senado, onde os democratas acabaram não tendo votos o suficiente para confirma-la.[2]
Infância e Juventude
editarNeera Tanden nasceu em 1970[3] em Bedford, Massachusetts, de pais imigrantes da Índia.[4] Ela tem um irmão, Raj. Os seus pais divorciaram-se quando ela tinha cinco anos.[5]
Tanden recebeu um diploma de Bacharel em Artes pela University of California, Los Angeles, em 1992 e formou-se na Yale Law School com um Juris Doctor em 1996.
Como caloura na Universidade da Califórnia, em Los Angeles, Tanden conheceu seu futuro marido, o artista Benjamin Edwards.[4]
Carreira
editarTrabalho com os Clintons
editarTanden é considerada uma pessoa leal aos Clinton e amiga pessoal de Hillary Clinton.[6][7] Ela trabalhou na campanha do presidente Bill Clinton em novas políticas de energia e reforma da saúde, como diretora adjunta da política interna da Casa Branca de Clinton, e como consultora de política interna no escritório da primeira dama dos Estados Unidos.[8]
Em 1999 e 2000, Tanden foi vice-gerente de campanha e diretora de política de Hillary Clinton durante a sua campanha para senadora de Nova York. Após a eleição, Tanden serviu como diretora legislativo da senadora Clinton de 2003 a 2005.
Tanden foi a diretora de política de Hillary Clinton para a sua candidatura à indicação democrata de 2008 à presidência.[9] O New York Times relatou que Tanden socou o editor do site ThinkProgress e futuro gerente da campanha presidencial Bernie Sanders 2020 , Faiz Shakir, por perguntar a Clinton sobre o seu voto na Guerra do Iraque, que foi impopular entre muitos eleitores democratas.[6]
Tanden foi também uma conselheira não remunerada da campanha de indicação de Clinton nas primárias de 2016. Depois que Hillary Clinton garantiu a indicação democrata para presidente em 2016, Tanden foi nomeada para a equipe de transição.[10] Tanden foi considerado uma candidata a um cargo importante na Casa Branca, caso Clinton tivesse ganhado a presidência.[6]
Campanha para as eleições de 2008 - Obama
editarDepois de Barack Obama ser indicado como candidato democrata à presidência, Tanden foi uma dos primeiras, e também uma das poucas, ex-membros da campanha de Clinton a juntar-se à sua equipe.[11] Ela foi diretora da política doméstica da sua campanha eleitoral.[12]
Administração Obama
editarTanden serviu no governo Obama como conselheira sênior da secretária Kathleen Sebelius do Departamento de Saúde e Serviços Humanos. Ela ajudou a redigir a legislação de saúde do governo, incluindo trabalhos específicos para a opção pública proposta, mas posteriormente retirada.[13] Ela também negociou com o Congresso e as partes interessadas em várias disposições do projeto de lei. Ela foi descrita como uma das "arquitetas-chave" do Affordable Care Act.[14]
Opiniões políticas
editarTanden foi descrita pelo The Washington Post como uma "progressista", pelo Business Insider como uma "centrista", e pela Vox como "um dos membros mais liberais da Clintonland".[15] Ela é considerada uma leal e confidente de Bill e Hillary Clinton.[16] Ela é conhecida pela sua presença franca e direta no Twitter, onde criticou legisladores tanto de esquerda quanto de direita.[17]
Honras
editar- 2012: Tanden foi nomeada uma das 25 "Mulheres Mais Influentes de Washington" pelo National Journal.[18]
- 2014: Elle nomeou Tanden uma das dez mulheres mais poderosas de Washington, DC.[19][20]
Referências
- ↑ Linskey, Annie; Stein, Jeff. «Biden hires all-female senior communications team, names Neera Tanden director of OMB». Washington Post (em inglês). ISSN 0190-8286. Consultado em 28 de dezembro de 2020
- ↑ Mattingly, Phil; Kate, Sullivan. «White House pulls Tanden nomination». CNN. Consultado em 2 de março de 2021
- ↑ Shehan, Constance L. (30 de abril de 2018). Gender Roles in American Life: A Documentary History of Political, Social, and Economic Changes [2 volumes] (em inglês). [S.l.]: ABC-CLIO
- ↑ a b Wadler, Joyce (4 de outubro de 2000). «PUBLIC LIVES; The Wonk, er, Woman Behind Mrs. Clinton (Published 2000)». The New York Times (em inglês). ISSN 0362-4331. Consultado em 28 de dezembro de 2020
- ↑ «Biden's pick to head OMB brings experience, Twitter enemies». The Independent (em inglês). 6 de dezembro de 2020. Consultado em 28 de dezembro de 2020
- ↑ a b c Williamson, Elizabeth; Vogel, Kenneth P. (16 de abril de 2019). «The Rematch: Bernie Sanders vs. a Clinton Loyalist (Published 2019)». The New York Times (em inglês). ISSN 0362-4331. Consultado em 29 de dezembro de 2020
- ↑ Zengerle, Jason. «Don't Mess With Neera Tanden, Hillary Clinton's Self-Appointed Secretary of Defense, on Twitter». GQ (em inglês). Consultado em 29 de dezembro de 2020
- ↑ «Neera Tanden». Center for American Progress (em inglês). Consultado em 29 de dezembro de 2020
- ↑ «The New Republic: The GOP's New Diversity». NPR.org (em inglês). Consultado em 29 de dezembro de 2020
- ↑ Flegenheimer, Matt (16 de agosto de 2016). «Hillary Clinton Puts White House Transition Team in Place (Published 2016)». The New York Times (em inglês). ISSN 0362-4331. Consultado em 29 de dezembro de 2020
- ↑ Horowitz, Jason (19 de maio de 2013). «Four key Hillary Clinton staffers from 2008 unlikely to sign on for 2016 bid». Washington Post (em inglês). ISSN 0190-8286. Consultado em 29 de dezembro de 2020
- ↑ «Neera Tanden». IPPR (em inglês). 15 de junho de 2017. Consultado em 29 de dezembro de 2020
- ↑ «Daschle: Public Option 'Taken Off The Table' In July Due To 'Understanding People Had With Hospitals'» (em inglês). Consultado em 29 de dezembro de 2020
- ↑ Berman, Russell (16 de agosto de 2016). «The Clinton Transition Team Takes Shape». The Atlantic (em inglês). Consultado em 29 de dezembro de 2020
- ↑ Yglesias, Matthew (21 de maio de 2016). «Bruenighazi: how a feisty Bernie blogger's firing explains Democratic politics in 2016». Vox (em inglês). Consultado em 29 de dezembro de 2020
- ↑ Thrush, Glenn. «Meet Hillary Clinton's anger translator». POLITICO (em inglês). Consultado em 29 de dezembro de 2020
- ↑ CNN, Gregory Krieg and Ryan Nobles. «Progressives are picking their fights with Biden. Neera Tanden's nomination likely won't be one.». CNN. Consultado em 29 de dezembro de 2020
- ↑ Journal, Doris Nhan, National (13 de julho de 2012). «Looking at Washington's Influential Women Through a Lens of Diversity». The Atlantic (em inglês). Consultado em 28 de dezembro de 2020
- ↑ Kopan, Tal. «Elle: D.C.'s 10 most powerful women». POLITICO (em inglês). Consultado em 28 de dezembro de 2020
- ↑ Watters, Susan; Watters, Susan (26 de março de 2014). «Gucci and Elle Honor Women in Washington Power List». WWD (em inglês). Consultado em 28 de dezembro de 2020