Carl Nicholas Reeves
Carl Nicholas Reeves (28 de setembro de 1956) é um egiptólogo, pesquisador e professor universitário britânico.
Carl Nicholas Reeves | |
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Nascimento | 28 de setembro de 1956 (68 anos) Reino Unido |
Nacionalidade | britânico |
Alma mater | University College London |
Instituições | Eton College |
Campo(s) | Arqueologia e egiptologia |
Tese | Studies in the archaeology of the Valley of the Kings : with particular reference to tomb robbery and the caching of the royal mummies (1984)[1] |
É formado em história pela University College London e doutor em egiptologia pela Universidade de Durham. Defende a teoria de que a tumba do faraó Tutancâmon teria sido construída, inicialmente, para a rainha Nefertiti.[2]
Biografia
editarNicholas nasceu em 1956. É filho único do fotógrafo Arthur Raymond Reeves e Elizabeth Reeves. Começou seus estudos em 1975 na University College London, formando-se em 1978 com bacharelado em História Antiga. Ele se mudou para realizar pesquisas na Universidade de Durham e obteve seu doutorado (com uma pesquisa de tumbas saqueadas no Vale dos Reis) em Egiptologia no ano de 1984.[2][3]
Ele é atualmente: curador do Departamento Egípcio e de Arte Clássica no The Myers Museum, no Eton College; diretor de coleções no The Denys Eyre Bower Bequest; e diretor do Valley of the Kings Foundation. Ele é também membro honorário do Museu Oriental da Universidade de Durham.[2] Reeves também é membro da Society of Antiquaries, em Londres, e diretor do Amarna Royal Tombs Project. Ele já trabalhou no Departamento de Antiguidades Egípcias do Museu Britânico e como consultor para o Freud Museum, em Londres.[3]
Controvérsias
editarEm 2002, Reeves foi suspenso das escavações no Egito sob acusação de participar em contrabando de antiguidades. Entretanto, em audiência com o Conselho Supremo de Antiguidades em 7 de agosto de 2005, seu nome foi oficialmente livrado de qualquer delito depois de 3 anos de investigação.[2][4]
Em 2006, quando a descoberta da tumba KV63 pela equipe de Otto Schaden, da Universidade de Memphis, tornou-se mundialmente conhecida, Nicholas Reeves reclamou que a sua equipe "tinha localizado primeiro a tumba durante uma concessão para nossa escavação em 2000 (...) e os norte-americanos pegaram copias dos dados de nosso radar em meados de 2005 tão logo nós soubemos de suas falhas na tumba.[5]". Reeves afirmou que sua equipe não pôde escavar a tumba naquela época porque "tais instalações são muito raras e preservam potencialmente um único dado. Nossa estratégia não era descobrir logo a tumba mas fazer um trabalho sistemático.[6]". Ele disse isso referindo-se a escombros de uma barraca de descanso de construtores de tumbas que havia sobre a tumba. O objetivo de Reeves era estudar primeiro esses escombros, retirar o máximo de informações e só depois partir para a escavação da tumba.[7]
Nova tumba
editarEm 28 de julho de 2006, Reeves publicou em seu website detalhes da investigação do radar de outra possível tumba no Vale dos Reis. Reeves acredita que a KV63 é apenas um sinal apontando a descoberta de uma outra tumba muito mais significante e lembra que a uma das maiores descobertas feita no vale, a KV62, foi realizada após a descoberta de uma tumba menor, a KV54, quando ninguém mais acreditava que poderiam existir outras tumbas no vale. Seus objetivos com essa publicação são três: evitar que aconteça de novo o que ocorreu com a descoberta da KV63, isto é, deixar claro que ele e sua equipe já estão investigando a tumba; impedir que alguma outra escavação próxima a esta possível tumba a comprometa; e fazer com que as futuras escavações sejam mais cuidadosas para conservar o máximo de informação, diferentemente da qualidade aceita hoje em dia no Vale.[2]
Publicações
editarAlgumas das mais famosas publicações de Reeves são:
- Valley of the Kings: The Decline of a Royal Necropolis
- The Complete Tutankhamun
- Howard Carter: Before Tutankhamun, com John H. Taylor
- The Complete Valley of the Kings, em co-autoria Richard H. Wilkinson
- Ancient Egypt: The Great Discoveries
- Akhenaten: Egypt's False Prophet
- Into the Mummy's Tomb: The real-life discovery of Tutankhamun's Treasures, livro infantil em co-autoria
Referências
- ↑ Carl Nicholas Reeves (ed.). «Studies in the archaeology of the Valley of the Kings : with particular reference to tomb robbery and the caching of the royal mummies» (PDF). Universidade de Durham. Consultado em 28 de novembro de 2019
- ↑ a b c d e Archaeological Institute of America (ed.). «Another New Tomb in the Valley of the Kings?». Archaeology Magazine. Consultado em 28 de novembro de 2019
- ↑ a b Rana Gohar (ed.). «Interview with Nicholas Reeves: Anarchaeologist 'on brink' of solving mystery ofQueen Nefertiti's burial» (PDF). Factum Arte. Consultado em 28 de novembro de 2019
- ↑ Alanna Martinez (ed.). «Zahi Hawass, Antiquities Expert and Reality Star, Says Nefertiti Isn't There». The Observer. Consultado em 28 de novembro de 2019
- ↑ No original: his team had "first located the tomb during the course of a ground-penetrating survey of our concession in 2000...the Americans were handed copies of our radar data in mid-2005 as soon as we heard of their stumbling upon it."
- ↑ No original: "such facilities are exceedingly rare and potentially preserve unique data. Our strategy was not to cherry-pick but to work systematically."
- ↑ Sarah Cascone (ed.). «Egypt Debunks the 'Discovery of the Century': There Are No Hidden Rooms in King Tut's Tomb». ArtNet. Consultado em 28 de novembro de 2019